Surto no Brasil
Secretaria de Saúde confirma três casos de sarampo no DF

A Secretaria de Saúde confirmou três casos de sarampo no Distrito Federal. As informações foram apresentadas, nesta terça-feira (20), em coletiva à imprensa. Não há motivo para pânico e, segundo a secretaria, a melhor forma de prevenir a doença é a vacinação, disponível na rede pública exclusivamente para quem ainda não foi vacinado com a tríplice viral.
“É importante destacar que o DF não tem um caso autóctone, ou seja, de circulação viral aqui. Os dois primeiros tiveram contato com alguém que veio de São Paulo, já manifestando os sintomas clínicos. O terceiro foi uma jovem que viajou para São Paulo e retornou também apresentando os sintomas”, informou a enfermeira Rosa Maria Mossri, da Vigilância das Doenças Imunopreveníveis de Transmissão Hídrica e Alimentar da pasta.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, ressaltou que a Secretaria de Saúde já adotou ações para impedir a disseminação da doença. Entre elas, o alerta aos viajantes, comunicados divulgados em hotéis e a inauguração de um posto de vacinação no aeroporto. “A secretaria continuará atuando de maneira perene, rápida e eficiente no monitoramento dos dados”, pontuou o gestor.
Conformação
Os casos estavam em investigação desde 9 de agosto quando foram coletadas amostras. A confirmação foi uma decisão técnica e epidemiológica em conjunto com a equipe do Ministério da Saúde, com base nos sintomas e em resultados sorológicos preliminares.
Antes mesmo da confirmação, a Secretaria de Saúde já tomou as precauções para evitar que a doença se espalhasse. Foi feita uma busca de contatos dos casos confirmados e as medidas pertinentes foram adotadas, como a realização de vacina de bloqueio seletivo. Nessas ações, foram aplicadas aproximadamente 1,6 mil doses na população. Além disso, as pessoas suspeitas de terem sido infectadas foram colocadas em isolamento durante o período de transmissibilidade.
As amostras processadas pelo Lacen-DF também foram enviadas para laboratório de referência (Fiocruz), seguindo recomendação do Ministério da Saúde, para confirmação por meio de exames mais específicos (reação de PCR e genotipagem). Os resultados podem demorar até 60 dias para ficarem prontos.
Doença
O sarampo é uma doença viral aguda de alta transmissibilidade. É suspeito de ter a patologia todo indivíduo que apresenta febre alta acima de 38,5ºC e manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de um ou mais dos sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da idade e da situação vacinal.
A prevenção do sarampo é a vacina tríplice viral, disponível em todas a rede de saúde do Distrito Federal. Ela protege contra caxumba, sarampo e rubéola, e é aplicada aos 12 meses de vida. A tetra viral também protege (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e é aplicada aos 15 meses.
As pessoas com idade entre um ano e 29 anos, que não foram vacinadas anteriormente, ou que não têm como comprovar se foram, recebem duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas. Quem tem entre 30 a 49 anos recebe apenas uma dose. Pessoas maiores de 50 anos não precisam se vacinar, pois o Ministério da Saúde parte do pressuposto que a pessoa já teve sarampo ou contato com o vírus, por isso, criaram anticorpos.
Prioridades
Devem ser vacinadas o quanto antes as pessoas que estejam em contato direto com possíveis transmissores do vírus, como profissionais de saúde, funcionários do setor hoteleiro e do turismo em geral, trabalhadores de empresas de transportes aéreos e terrestres, entre outros.
Aqueles que irão viajar para os estados com mais casos da doença devem tomar a vacina 15 dias antes. Todos os profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber as duas doses da tríplice viral. Se a pessoa já tiver recebido as duas doses, ou uma da tríplice viral e uma da tetra viral, comprovadamente, no cartão de vacinação, não precisa tomar mais nenhuma.
Atualmente, há 19 mil doses da tríplice viral no estoque da Secretaria de Saúde do DF, fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Cobertura
A cobertura vacinal da população do Distrito Federal contra o sarampo, de janeiro a junho deste ano, chegou a 84,4%, referente a tríplice viral, e 83% da tetra viral. No ano passado inteiro, a cobertura atingiu 86,6% da tríplice e 83,3% da tetra viral.
O ressurgimento do sarampo no Brasil, em especial, em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia), fez a vigilância à doença aumentar no DF. Segundo a organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a patologia foi identificada em 14 países das Américas, entre 1º de janeiro e 27 de julho deste ano, sendo a maior proporção registrada nos Estados Unidos (1.172) e, em segundo, no Brasil (1.045).

Jovens de 15 a 19 anos
Secretaria de Saúde envia mensagens para incentivar vacinação contra HPV

Com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre adolescentes e jovens, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) iniciou, em abril, o envio de mensagens via WhatsApp para incentivar a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). A ação, que segue até 14 de junho, tem como público-alvo jovens de 15 a 19 anos e já contactou cerca de 130 mil pessoas com lembretes personalizados.
“A ampliação da vacinação para jovens de 15 a 19 anos busca alcançar quem perdeu a oportunidade na faixa etária recomendada, que é de 9 a 14 anos. Essa é uma estratégia importante para prevenir cânceres relacionados ao HPV e aumentar a cobertura vacinal”, afirma a gerente substituta da Rede de Frio da SES-DF, Karine Castro.
A estratégia faz parte da intensificação da campanha de vacinação contra o HPV e visa ampliar o acesso aos serviços de saúde, garantir a continuidade do cuidado e alinhar as ações ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). “O WhatsApp foi escolhido por ser um canal popular, de fácil acesso e já utilizado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para comunicação com a população”, explica a enfermeira da Gerência de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, Luana Rodrigues.
Entre os textos enviados, destaca-se a mensagem: “A vacina contra o HPV o(a) espera em uma UBS. O HPV é um vírus que causa lesões que podem evoluir para câncer e morte. Vamos juntos proteger quem você mais ama.” A SES-DF reforça que as mensagens não solicitam dados pessoais, sigilosos ou restritos. Além disso, é importante que os usuários respondam às mensagens, pois esse retorno contribui para que a Secretaria possa aprimorar continuamente o serviço de envio de informações.
O esquema vacinal para a faixa etária de 15 a 19 anos é de dose única. Na capital federal, o imunizante está disponível em mais de cem pontos de vacinação espalhados pelas regiões de saúde. A lista de locais pode ser conferida no site da Secretaria de Saúde.

Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF
O vírus
O HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode infectar tanto a pele quanto as mucosas oral, genital e anal de homens e mulheres. Embora a principal forma de transmissão seja por via sexual, com penetração desprotegida, o contágio também pode ocorrer pelo simples contato direto entre os órgãos genitais, mesmo sem penetração.
Em muitos casos, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas, mas pode desenvolver verrugas ou lesões que, ao longo do tempo, podem evoluir para câncer. Pessoas assintomáticas também são capazes de transmitir o vírus durante relações sexuais desprotegidas. Vale destacar que, em alguns casos, as lesões provocadas pelo HPV podem levar até 20 anos para se manifestar.
Prevenção é o melhor caminho
Estilo de vida aumenta risco de AVC entre jovens, alerta Saúde do DF

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre pessoas com menos de 45 anos têm se tornado cada vez mais frequentes, chamando a atenção de especialistas para os riscos associados ao estilo de vida moderno. A combinação de fatores como hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo – inclusive o uso de cigarros eletrônicos – e controle inadequado de doenças crônicas está diretamente ligada ao aumento desses registros, segundo a neurologista e Referência Técnica Distrital (RTD) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Letícia Rebello.
“O AVC deixou de ser uma condição exclusiva de pessoas idosas. Hoje, vemos cada vez mais jovens sendo afetados por hábitos que colocam a saúde cardiovascular em risco”, alerta.
Além disso, a neurologista destaca a importância de diferenciar os tipos de AVC. “Existem dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. De modo geral, o AVC isquêmico é prevalente, representando cerca de 85% dos casos, enquanto os hemorrágicos correspondem a aproximadamente 15%”, explica.
A médica faz ainda uma observação sobre a ocorrência em pacientes jovens. “Nos casos de AVC hemorrágico, é importante considerar a possibilidade de malformações cerebrais, como aneurismas, ou malformações arteriovenosas, que podem levar ao sangramento intracraniano. Isso precisa ser investigado, especialmente quando o paciente não apresenta fatores de risco cardiovasculares conhecidos”.
A profissional de saúde destaca ainda o impacto da poluição ambiental. “Uma publicação recente da revista The Lancet aponta que a exposição à poluição do ar está relacionada ao risco elevado de AVC em todas as faixas etárias”.
Apesar da gravidade da condição, pacientes jovens costumam ter maior potencial de recuperação, como informa Rebello. “A idade, por si só, é um fator de risco independente para um pior prognóstico no AVC. Quando excluímos outras variáveis, como histórico familiar e comorbidades, apenas o fato de o paciente ser mais jovem já indica melhor chance de recuperação”.
A reabilitação, no entanto, depende da gravidade do caso. “Pacientes que apresentam AVCs mais severos — com perda de movimento, alteração de sensibilidade e fala — são encaminhados para um plano de reabilitação direcionado, que inclui fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento por equipe de fisiatria. A boa notícia é que, entre os jovens, mesmo nos casos mais complexos, a recuperação tende a ser mais efetiva”, reforça a neurologista.

Arte: Agência Saúde-DF
Prevenção é o melhor caminho
A melhor forma de evitar o AVC — em qualquer faixa etária — é o controle dos fatores de risco cardiovasculares. “É essencial manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes e o colesterol alto, manter um peso saudável, evitar o tabagismo e praticar atividade física regular. Além disso, é importante realizar avaliação médica periódica, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares”, orienta Rebello.
A SES-DF reforça a importância do diagnóstico precoce e da procura imediata por atendimento médico ao surgimento dos primeiros sinais de AVC, como formigamento, perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou entender, perda súbita da visão e dor de cabeça intensa sem causa aparente.
Em caso de suspeita de AVC, ligue para o SAMU 192 ou vá ao hospital mais próximo.
-
Se beber, não dirija!
Maio Amarelo 2025: Detran-DF intensifica fiscalização para evitar acidentes no trânsito
-
Exame Nacional do Ensino Médio
Enem 2025: prazo para pedir isenção de taxa termina nesta sexta (2)
-
Segurança Pública
Sol Nascente vai ganhar delegacia e batalhão da Polícia Militar
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2858 pode pagar prêmio de R$ 11 milhões neste sábado (3)
-
Formalizando a união
Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025
-
#VacinaDF
Covid-19: saiba quem pode se imunizar na rede pública de saúde do Distrito Federal
-
Acumulou!
Mega-Sena 2859 pode pagar prêmio de R$ 20 milhões nesta terça-feira (6)
-
Exercício 2025
Atenção, cidadão! Maio tem vencimento de parcelas do IPVA e início do IPTU