LIRAa
Saúde alerta para surto de dengue, zika e chikungunya
O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. O Ministério da Saúde alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país. Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
Confira a lista de municípios
“O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. Segundo o secretário, a continuidade das ações é importante para manter baixos os índices de infestação, justamente para quando chegar a época de maior proliferação. “Assim será possível manter a redução do número de casos” explicou o secretário.
Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%. No total, 21 capitais realizaram o Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), duas capitais fizeram por armadilha e 4 não enviaram informações. Apenas três capitais estão com índice satisfatório: São Paulo (SP), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE). Duas capitais estão em risco: Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC). Dezesseis capitais estão em alerta: Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Porto Velho (RO), Palmas (TO), Maceió (AL), Salvador (BA), Teresina (PI), Recife (PE), Brasília (DF), Vitória (ES), São Luis (MA), Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM) e Goiânia (GO).
As capitais Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS) não enviaram informações. Os municípios de Natal (RN) e Porto Alegre (RS) realizaram levantamento por armadilha. Os dados foram coletados no período de janeiro a 15 de março.
O Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.
Criadouros – A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.
O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro na região nordeste. Nas regiões norte, sul e centro oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.
Ações – As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus zka no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) com a criação da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) para combate ao Aedes aegypti, coordenada pelo Ministério da Saúde, que orienta e articula ações contínuas ao longo do ano com governos estaduais e municipais para combate ao vetor e monitora a situação epidemiológica e as atividades para enfrentamento do mosquito.
Para isso, o Ministério da Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, que inclui o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões em 2010 para R$ 1,94 bilhão em 2017. Para 2018, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,9 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios.
Casos – Em 2018, até 21 de abril, foram notificados 101.863 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 20% em relação ao mesmo período de 2017 (128.730). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 44%, passando de 72 em 2017 para 40 em 2018.
Em relação à chikungunya, foram registrados 29.675 casos prováveis de febre chikungunya. A redução é de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 86.568 casos. Em 2018, houve 4 óbitos confirmados laboratorialmente. Em 2017, no mesmo período, foram 83 mortes.
Também foram registrados 2.985 casos prováveis de Zika em todo país, uma redução de 70% em relação ao mesmo período de 2017 (10.286). Neste ano, foi registrado um óbito pela doença.
Atualizado em 15/11/2018 – 19:59.
Crie hábitos saudáveis
Dia Mundial do Diabetes alerta para prevenção da doença em crianças
O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e promover hábitos saudáveis para sua prevenção. O diabetes tipo 2, especialmente devido ao sedentarismo e à obesidade, tem se tornado uma preocupação entre as crianças. Já o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que não pode ser prevenida.
O diabetes na família
Conviver com o diabetes, seja tipo 1 ou tipo 2, impacta não apenas o indivíduo, mas toda a família. No caso do diabetes tipo 1, o apoio emocional e a gestão do tratamento, com monitoramento constante da glicose e administração de insulina, são fundamentais. Já o diabetes tipo 2, muitas vezes associada a hábitos diários, exige mudanças no estilo de vida de toda a família, como a adoção de uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas.
Para evitar o diabetes tipo 2, é essencial adotar hábitos saudáveis desde cedo, como:
Alimentação: priorizar alimentos naturais e evitar o excesso de açúcar.
Atividades físicas regulares: incentivar exercícios e brincadeiras ao ar livre.
Controle do peso: manter um peso corporal saudável para evitar a resistência à insulina.
Educação alimentar: ensinar as crianças a fazer escolhas alimentares saudáveis.
A obesidade infantil é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2, pois o excesso de gordura corporal dificulta o controle da glicose no sangue. Já o diabetes tipo 1 é causada por um ataque do sistema imunológico às células do pâncreas e não pode ser prevenida.
Os sintomas do diabetes tipo 1 em crianças incluem sede excessiva, micção frequente, cansaço, perda de peso inexplicada e visão turva. Caso haja suspeita, é fundamental procurar um médico.
A nutricionista Camila Mognatti, coordenadora do curso de Nutrição da Estácio Brasília, destaca: “É fundamental incentivar a educação alimentar e nutricional, além da implementação de programas que promovam o consumo de alimentos saudáveis e a redução de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar. A prática de atividades físicas regulares e a conscientização sobre os riscos da obesidade e da diabetes são ações essenciais para toda a família.”
O Dia Mundial do Diabetes é uma oportunidade para promover hábitos saudáveis e alertar para a prevenção da doença, especialmente entre as crianças. Lembre-se que, a família desempenha um papel essencial no apoio e no controle da enfermidade.
Atualizado em 14/11/2024 – 07:18.
Novembro Azul
Simples exame de sangue pode ajudar na detecção do câncer de próstata
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que aproximadamente 72 mil novos casos de câncer de próstata surjam anualmente no Brasil. Este é um dos tipos de câncer mais frequentes entre os homens, mas a boa notícia é que, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de tratamento eficaz e de um bom prognóstico aumentam significativamente.
Um dos principais métodos de rastreamento é o exame de PSA, que significa Antígeno Prostático Específico, na sigla em inglês. Essa proteína é produzida normalmente pela próstata, mas níveis elevados de PSA na corrente sanguínea podem indicar a presença de câncer no órgão. “Um resultado alterado deve ser investigado com exames complementares, já que o PSA é apenas uma das primeiras etapas no rastreamento da doença”, explica a biomédica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Nayara Borba.
Para homens com histórico familiar de câncer de próstata ou outros tumores, como também pertencentes a grupos de maior risco, como os afrodescendentes, a recomendação é iniciar os exames a partir dos 45 anos. “O diálogo com o médico é fundamental para entender a necessidade e a periodicidade do exame”, afirma Nayara Borba.
O Ministério da Saúde alerta que o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial. Quando os sintomas surgem, podem incluir dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, diminuição do jato urinário e aumento da frequência urinária. No entanto, esses sinais também podem estar relacionados a condições benignas, o que torna imprescindível a avaliação médica detalhada.
Antes de realizar o exame de PSA, os pacientes devem seguir algumas recomendações: nas 48 horas anteriores, é necessário evitar a ejaculação, exercícios físicos intensos, andar de bicicleta ou praticar equitação. Além disso, é importante que o paciente não tenha realizado ultrassom transretal nos últimos sete dias, nem biópsias da próstata nas últimas quatro semanas.
Campanha Novembro Azul
Desde 2003, a campanha Novembro Azul tem como objetivo conscientizar a população sobre a saúde do homem e informar sobre o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata, em homenagem ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado em 17 de novembro.
O movimento enfatiza que, embora o diagnóstico precoce seja a melhor forma de prevenir complicações, hábitos saudáveis, como não fumar, adotar uma alimentação equilibrada, manter o peso adequado, praticar atividades físicas regularmente e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e carnes processadas, também são fundamentais para cuidar da saúde de maneira abrangente.
Casos de câncer de próstata
Segundo estudo realizado pela The Lancet Commission, os casos de câncer de próstata devem dobrar de 1,4 milhão por ano, em 2020, para 2,9 milhões por ano até 2040, principalmente nos países de baixa e média renda.
Os números de mortes por ano causadas pelo tumor também devem aumentar em 85% ao longo de 20 anos, passando de 375 mil mortes, em 2020, para quase 700 mil mortes até 2040, de acordo com o estudo.
Atualizado em 11/11/2024 – 09:52.
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