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Luiz Paulo S. Pinto

Reposição de testosterona não causa câncer de próstata, diz médico

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Luiz Paulo S. Pinto (Presidente da Associação Brasileira de Hormonologia)
Foto/Imagem: Luiz Paulo S. Pinto (Presidente da Associação Brasileira de Hormonologia)/Divulgação


O mês de novembro é mundialmente conhecido pela campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a saúde do homem e prevenção ao câncer de próstata. E uma das principais polêmicas em relação ao tema é se há alguma relação entre o uso de testosterona e a incidência deste tipo de câncer. “Vários estudos científicos já comprovaram que a reposição hormonal de testosterona não causa câncer de próstata. Mas apesar de inúmeros trabalhos não evidenciarem relação de causalidade entre o uso de testosterona e a doença, ainda há muita desinformação na sociedade de um modo geral”, destaca o médico Luiz Paulo S. Pinto, presidente da Associação Brasileira de Hormonologia (ASBRAH).

Segundo o médico, o avanço das pesquisas científicas torna o tratamento hormonal cada vez mais seguro para a população. Ele alerta que é preciso estar atento aos sinais e fazer exames periódicos, pois assim como ocorre com as mulheres na menopausa, nos homens também há uma diminuição natural na produção de hormônios com o avanço da idade.

“Nos homens um dos principais hormônios é a testosterona que tem múltiplas funções fisiológicas e atua inclusive na regulação do metabolismo. São inúmeros os problemas que a deficiência da testosterona pode trazer à saúde do homem, entre eles a obesidade, diminuição da densidade óssea e da massa muscular, diabetes, depressão e uma série de complicações. E nestes casos, a reposição hormonal é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar o surgimento de doenças crônicas”, afirma Luiz Paulo S. Pinto.

Um estudo realizado recentemente pela Universidade de Harvard concluiu que a normalização dos níveis de testosterona reduz a incidência de infarto do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a taxa de mortalidade em geral. O estudo foi conduzido pelo médico urologista e professor de Harvard, Abraham Morgentaler, referência mundial em tratamentos com testosterona.

“À medida que novos estudos científicos vão surgindo, começamos a entender melhor como os hormônios atuam na saúde do homem como um todo. No caso do câncer de próstata, por exemplo, essa suposta relação entre a reposição de testosterona e o surgimento da doença já foi refutada por várias pesquisas. Inclusive, como é um câncer que tem o monitoramento iniciado somente a partir dos 50 anos ou, em casos com histórico familiar aos 45 anos, já é esperado que a produção hormonal esteja em queda e, por isso, fica muito difícil comprovar que exista alguma relação de fato”, explica Luiz Paulo S. Pinto.

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