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146 mil alunos

Quase metade dos beneficiários do Fies está com pagamento atrasado

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Um levantamento da Controladoria-Geral da União apontou que o índice de inadimplência entre os estudantes beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e que já estão em fase de quitação dos contratos, é de 47%. Os dados são referentes a 2014. De acordo com o governo federal, a maior parte dos estudantes que não pagam as dívidas do programa foi favorecida pelo antigo modelo do programa, com prazos e taxas mais rígidas para quitar os débitos.

Ao todo, havia 315 mil alunos em fase da quitação do financiamento, de acordo com a CGU. Deste total, 146 mil estão com contas em atraso, informou o Ministério da Educação.

Criado em 1999, o Fies financia até 100% do valor da mensalidade em cursos do ensino superior. O estudante começa a pagar as prestações do financiamento a partir do 19° mês após a conclusão do curso.

O programa foi ampliado em 2010, após a criação do Fundo Garantidor do Fies. Até então, o aluno era obrigado a apresentar um fiadorcomo garantia de que iria quitar a dívida.

“No que diz respeito à sustentabilidade e perenidade do Fies, nota-se haver grande
dependência do programa a fontes de custeio distintas da amortização de contratos, devido ao grande crescimento da demanda por novos financiamentos a partir do ano de 2010”, destacou o levantamento da CGU.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, o relatório leva em conta números do programa desde a criação. “Desses 146 mil contratos, 141 mil são do ‘velho’ Fies. Somente 5 mil contratos, ou seja, 3,4% são do novo Fies.”

“[O novo modelo] dá um prazo maior de carência. O estudante tem 18 meses começar a pagar dívida. Antes era no máximo seis meses. O aluno tem também um prazo maior para quitar a dívida: hoje é de três vezes a duração do curso, antes era um ano e meio”, disse o secretário-executivo.

Na prática, um estudante que cursou cinco anos de medicina teria 15 anos para pagar a dívida do Fies, em vez de 7,5 anos, de acordo com Costa. “Temos muita segurança no programa e a tendência dessa inadimplência é cair.”

Uma das medidas citadas pelo secretário é o foco do Fies em cursos que receberam conceito 5 e 4, e naqueles considerados estratégicos, como medicina e engenharia.

O estudante que se formar nesses cursos tem mais chances de conseguir vaga no mercado de trabalho – e por consequência, de pagar o financiamento, diz.

Para resolver a questão da inadimplência, o governo pretende chamar os alunos e negociar as dívidas. Em última instância, o ministério pode entrar na Justiça, acionar os fiadores (em contratos antigos) ou acionar o Fundo Garantidor do Fies (mantido pelo governo e pelas instituições privadas).

Financiamento estudantil
O programa conta atualmente com 2,2 milhões de pessoas beneficiadas. A expectativa é de que sejam abertas 311 mil vagas para estudantes neste ano. Atualmente, a taxa de juros é de 6,5% ao ano. A alíquota sofreu aumento em junho de 2015 – antes era de 3,4% ao ano.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Fies gastou R$ 13,7 bilhões em 2014. Entre fevereiro e agosto do ano passado, o governo federal publicou três medidas provisórias para abrir crédito extraordinário para o Fies, que passou a atender também a alunos de mestrado, doutorado e cursos técnicos.

O Ministério da Educação afirma que os gastos com o Fies cresceram de forma desenfreada nos últimos anos e que, a partir de 2015, os novos contratos teriam de obedecer a novos critérios, baseados na qualidade dos cursos e dos estudantes e na distribuição geográfica, para cumprirem objetivos de desenvolvimento regional e baseados no ensino de qualidade, complementando outros programas do governo, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Gabriel Luiz, G1 DF

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A partir de 11 de maio

Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

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Metrô-DF
Foto/Imagem: Tony Oliveira/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.

Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.

Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:

– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h

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Inscrições até 04 de maio

IGESDF abre novo processo seletivo para enfermeiros; confira os cargos

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Processo seletivo IGESDF
Foto/Imagem: Divulgação/IGESDF

Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pela gestão do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) abriu inscrições para processo seletivo de cadastro reserva em dois cargos: Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica e Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente. As oportunidades são destinadas a profissionais com formação específica e experiência comprovada na área.

Para a função de Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica, a carga horária mínima semanal é de 36 horas, com remuneração bruta de R$ 2.818,34. Entre os benefícios oferecidos estão auxílio transporte, alimentação (conforme Acordo Coletivo de Trabalho), clube de benefícios, abono semestral e folga no aniversário.

Já para a vaga de Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente, a carga horária mínima é de 40 horas semanais, e a remuneração bruta é de R$ 5.187,84. Os benefícios são os mesmos ofertados para ambas as funções.

Requisitos

Entre as exigências para Técnico em Enfermagem estão diploma reconhecido pelo MEC, registro no COREN/DF, experiência mínima de seis meses em UTI Pediátrica e Unidade de Cuidados Paliativos, além de cursos específicos para cuidados de pacientes pediátricos críticos e paliativos.

Para a vaga de Enfermeiro Administrativo, é necessário possuir diploma de Enfermagem, pós-graduação em área da saúde, registro no COREN/DF e experiência de seis meses na área assistencial e na educação em saúde. Requisitos desejáveis incluem residência na área de saúde, experiência em simulação realística e atuação em Pediatria ou Oncologia.

Inscrições

As inscrições para ambos os cargos serão realizadas no período de 28 de abril de 2025 até 04 de maio de 2025. Os interessados devem acessar os editais e realizar a inscrição no site oficial do processo seletivo do IGESDF.

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