Projeto social leva música clássica para jovens do Paranoá

Existe um lugar no Paranoá onde crianças e adolescentes de 7 a 18 anos passam os dias reunidos. São 305 músicos tocando instrumentos clássicos, como flauta, violoncelo, trompete e bumbo. Eles ocupam um prédio logo na entrada da região administrativa, bem em frente ao hospital regional, e que estava sem uso até 2013. Desde então, ali se encontra a Casa da Música, sede do projeto Música e Cidadania, idealizado e coordenado pelo maestro Valdécio Fonseca.
Além de aulas individuais ou em duplas, quem participa da iniciativa tem a oportunidade de integrar a Banda Sinfônica Tocando Sonhos ou a Orquestra Infantojuvenil do Paranoá. A diferença entre elas é que a primeira tem o som mais concentrado nos instrumentos metais, como trompete, tromba e trombone. Na orquestra, se destacam os de corda: violino, viola, violoncelo e contrabaixo. As duas vão se apresentar na segunda-feira (20) no concerto em homenagem aos 55 anos de Brasília. O espetáculo será no Teatro Dulcina de Moraes, às 20 horas, com entrada gratuita.
Quem for ao local terá a chance de ver de perto talentos como o de Samuel Antônio Araújo de Jesus, de 17 anos. Ele teve o primeiro contato com a música clássica por meio do projeto no Paranoá. Chegou lá achando que aprenderia a tocar jazz e se deparou com o contrabaixo acústico (instrumento clássico). Depois de um ano de ensaio, conquistou uma vaga na Escola de Música de Brasília. “Quero fazer faculdade de música e prestar concurso para atuar em alguma orquestra; sou apaixonado pelo que faço”, diz. Não tem um dia sequer em que Samuel não ensaie: se não está na sede do projeto, está na Escola de Música ou estudando em casa com um violoncelo emprestado.
Apoio e patrocínio
A Casa da Música nasceu no Varjão em 2007. Aos poucos, o número de alunos cresceu e o espaço ficou insuficiente. Os ensaios chegaram a ocorrer ao ar livre para comportar tanta gente que queria aprender. Valdécio soube então que havia um prédio da Administração Regional do Paranoá sem uso, pediu autorização e se instalou lá. O maestro e alguns voluntários reformaram e pintaram as salas, adaptaram os ambientes com vedações acústicas e conseguiram patrocínio para comprar instrumentos — são mais de 200. “Temos tudo do que uma orquestra sinfônica precisa e algumas coisas a mais”, conta, orgulhoso.
Ninguém paga para estudar na Casa da Música e foi isso que atraiu Talía Vieira da Silva, de 16 anos. “Eu tinha vontade de aprender a tocar um instrumento, mas, sem opções gratuitas, nunca investi nessa ideia”, conta. A música clássica não era necessariamente uma opção para ela, que sonhava ser médica pediátrica. Porém, no momento em que soprou pela primeira vez uma flauta, percebeu que sua vida mudaria. Agora quer ser musicista profissional. “Estudo música pelo menos quatro horas por dia. Aprendi a ser mais disciplinada, e até as minhas atitudes fora da escola mudaram”, conta a menina, que garante ter deixado de ser tão estressada e se tornado mais sociável.
Para participar da Casa da Música, o aluno precisa passar por uma prova teórica. A apostila com o conteúdo é fornecida pelo próprio projeto, que funciona patrocinado pela Associação de Poupança e Empréstimo (Poupex) e apoiado pelo governo do Distrito Federal.
Dificuldades
Valdécio se divide nas funções de militar do Exército Brasileiro, maestro, administrador e, muitas vezes, patrocinador. As dificuldades são muitas: não há dinheiro suficiente para pagar bolsas de estudos aos alunos nem para climatizar o depósito de instrumentos. Treze professores trabalham voluntariamente ou em troca de um pagamento simbólico. O projeto também não consegue garantir transporte e lanche para as crianças e os adolescentes.
Daiana Santos de Andrade, de 17 anos, quase deixou de frequentar a Casa da Música depois de dois anos de aula porque precisava trabalhar. “Fico desesperado com isso. Não temos bolsa de estudos para oferecer e é uma pena perder talentos como o dela por falta de dinheiro”, lamenta. No caso da jovem, Valdécio conseguiu retardar a saída dela oferecendo uma função remunerada na escola. “É pouco, mas acho que vamos conseguir mantê-la.” A garota quer ficar. Toca trombone e não vê seu futuro longe da música clássica.
Concerto em homenagem aos 55 anos de Brasília
Banda Sinfônica Tocando Sonhos, com abertura da Orquestra Infantojuvenil do Paranoá
20 de abril, às 20 horas
No Teatro Dulcina de Moraes (fica no Conic, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto)
Capacidade: 400 lugares
Associação Cultural Música e Cidadania
Quadra 2, Paranoá (em frente ao Hospital Regional do Paranoá)
Telefone: 3049-5186

A partir de 11 de maio
Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.
Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.
Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:
– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h
Inscrições até 04 de maio
IGESDF abre novo processo seletivo para enfermeiros; confira os cargos

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pela gestão do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) abriu inscrições para processo seletivo de cadastro reserva em dois cargos: Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica e Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente. As oportunidades são destinadas a profissionais com formação específica e experiência comprovada na área.
Para a função de Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica, a carga horária mínima semanal é de 36 horas, com remuneração bruta de R$ 2.818,34. Entre os benefícios oferecidos estão auxílio transporte, alimentação (conforme Acordo Coletivo de Trabalho), clube de benefícios, abono semestral e folga no aniversário.
Já para a vaga de Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente, a carga horária mínima é de 40 horas semanais, e a remuneração bruta é de R$ 5.187,84. Os benefícios são os mesmos ofertados para ambas as funções.
Requisitos
Entre as exigências para Técnico em Enfermagem estão diploma reconhecido pelo MEC, registro no COREN/DF, experiência mínima de seis meses em UTI Pediátrica e Unidade de Cuidados Paliativos, além de cursos específicos para cuidados de pacientes pediátricos críticos e paliativos.
Para a vaga de Enfermeiro Administrativo, é necessário possuir diploma de Enfermagem, pós-graduação em área da saúde, registro no COREN/DF e experiência de seis meses na área assistencial e na educação em saúde. Requisitos desejáveis incluem residência na área de saúde, experiência em simulação realística e atuação em Pediatria ou Oncologia.
Inscrições
As inscrições para ambos os cargos serão realizadas no período de 28 de abril de 2025 até 04 de maio de 2025. Os interessados devem acessar os editais e realizar a inscrição no site oficial do processo seletivo do IGESDF.
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