Sociedade Brasileira de Diabetes
Pré-diabetes pode ser revertido se diagnosticado precocemente
O Brasil tem, hoje, pelo menos 20 milhões de pessoas com diabetes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Por ser uma doença silenciosa, muitos não sabem dessa condição, o que pode acarretar complicações sérias, como problemas renais e cardiovasculares, neuropatias e até cegueira. Outros, ainda, não têm diabetes, mas estão no limite, conhecido como pré-diabetes, quando é verificado o aumento da glicemia, mas não em níveis altos que diagnostiquem diabetes.
“Isso significa que a pessoa apresenta um grande risco para desenvolver o diabetes tipo 2, já que seu organismo não produz insulina em quantidade suficiente para manter a glicose dentro dos parâmetros adequados”, explica dr. Luciano Giacaglia, coordenador do Departamento de Diabetes Tipo 2 e Pré-Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Este mês, no dia 14, a entidade celebra o Dia Mundial do Diabetes, que tem como tema o bem-estar das pessoas com diabetes.
Essa condição pode ser revertida, de acordo com o especialista. “Para isso, a pessoa precisa modificar seu estilo de vida para perder peso, fazer atividade física e manter uma alimentação equilibrada.”
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes desenvolvem o diabetes tipo 2 em até 5 anos. Como não apresenta sintomas, o pré-diabetes só é diagnosticado em exames de rotina, como glicemia em jejum, hemoglobina glicada e teste de tolerância à glicose oral (também conhecido como curva glicêmica). Esses exames devem ser feitos regularmente a partir dos 35 anos, em especial entre pessoas com fatores de risco para diabetes, como sobrepeso ou obesidade e histórico familiar. “O diagnóstico precoce é muito importante para início do tratamento e reversão da condição”, diz dr. Luciano. Muitas vezes, além de mudanças no estilo de vida, o médico pode receitar medicamentos para ajudar no controle da glicemia.
O pré-diabetes geralmente não apresenta sintomas. Isso porque a glicemia ainda não está alta o suficiente para manifestar sinais clínicos e característicos do diabetes. No entanto, algumas pessoas podem apresentar algumas das complicações típicas do diabetes, como doença da retina, perda de proteína na urina, sinais de neuropatia, incluindo formigamento nas mãos e pés, e fraqueza muscular.
Os sinais e sintomas que mostram que o paciente já ultrapassou o estágio de pré-diabetes para diabetes tipo 2 são aumento da sede e da fome; micção frequente; fadiga; visão turva; dormência ou formigamento nas mãos e nos pés; feridas que não cicatrizam, infecções frequentes e perda de peso não intencional.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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