Atenção, pais e responsáveis!
Pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos no mundo

Com a sazonalidade das doenças respiratórias, os pais devem ficar alertas com uma doença bastante comum entre as crianças e uma das principais causas de internação: a pneumonia. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pneumonia mata mais crianças do que qualquer outra doença infecciosa, tirando a vida de mais de 700.000 crianças menores de 5 anos a cada ano, ou cerca de 2.000 a cada dia em todo o mundo. Isso inclui cerca de 190.000 recém-nascidos.
O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Bianchini, destaca que todas as faixas etárias podem ser atingidas pela pneumonia, mas ela é mais frequente entre crianças menores de 6 anos de idade.
“Ao contrário da crença popular, tomar chuva, bebida gelada ou andar descalço não predispõe à pneumonia. Nós pegamos a pneumonia bacteriana de nós mesmos, com a infecção das vias aéreas inferiores, quase sempre ocorrendo por bactérias da nossa via respiratória alta (orofaringe) conseguindo atingir as vias mais baixas normalmente com um resfriado ou gripe, prejudicando os mecanismos de defesa da nossa via respiratória e predispondo a essa complicação”, explica.
Já a pneumonia viral normalmente é causada pelos mesmos vírus respiratórios do resfriado e gripe e está relacionada à evolução para essa complicação, assim como a bacteriana, com uma combinação de agressividade do agente infeccioso e resposta imune do paciente. A pneumonia fúngica é um evento bastante raro e comumente restrita a pacientes imunossuprimidos.
Segundo o especialista, os vírus respiratórios podem causar pneumonia também, conhecida por pneumonite. Em média, costumam ter evolução mais rápida e branda e não necessitam do uso de antibiótico. Mas tem como complicações principais uma possível evolução para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e uma pneumonia bacteriana secundária. Os principais vírus são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza, Metapneumovírus e Covid, mas existem outros menos comuns.
Prevenção
A pneumonia é uma doença evitável e tratável, porque diferente do vírus da gripe, ela não é transmitida facilmente. De acordo com Pedro Bianchini, a prevenção das pneumonias passam pela vacinação. “Atualmente, é disponível no SUS a vacina contra pneumococo, além das vacinas tríplice bacteriana, e contra Covid e Influenza, que tanto podem causar pneumonia viral como predispor a uma infecção bacteriana”, afirma.
O infectologista pediátrico ressalta que a vacinação é a medida mais importante, mas deve ser acompanhada por alimentação saudável, sono adequado e um acompanhamento ambulatorial frequente da criança com o pediatra.
Sintomas
Bianchini informa que os principais sintomas da pneumonia são febre, respirações mais rápidas e curtas, além de piora do estado geral da criança, diminuição do apetite e dor abdominal. “São sintomas comuns na Pediatria e que se confundem com resfriado e sibilância/bronquite. Por isso, essa distinção deve ser feita após a avaliação clínica, que pode envolver a solicitação de exames de sangue e de imagem. Por isso, em caso de sintomas, é indicado buscar o atendimento médico com urgência”, esclarece.
De acordo com o infectologista pediátrico, a necessidade da internação vai depender da avaliação do pediatra. Fatores como a gravidade clínica e idade da criança influenciam nessa decisão.
O médico alerta que as principais complicações da pneumonia bacteriana são o derrame pleural, quando há inflamação e líquido na pleura, membrana que recobre os pulmões, com necessidade de maior tempo de internação e antibioticoterapia e eventualmente da realização de drenagem. As pneumatoceles e abscessos também podem ser complicações da pneumonia bacteriana, mas são eventos raros e também implicam em uma necessidade maior de antibioticoterapia e internação hospitalar.
“A principal complicação da pneumonia viral é a sobreposição com a pneumonia bacteriana. Alguns casos de pneumonia podem evoluir com Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) ou sepse, infecção generalizada. São menos frequentes, mas podem acontecer. Por isso, é sempre importante a avaliação do quadro por um pediatra para que se diagnostique corretamente a doença e avalie a presença de complicações que podem acontecer quando não se há um diagnóstico correto e a tempo”, explica Bianchini.
Normalmente, frente a um quadro de pneumonia grave, a criança tem grande capacidade de regeneração e cicatrização, na maioria das vezes, sem sequelas significativas, o que não costuma acontecer com a população adulta, onde é comum o aparecimento de fibrose e outras sequelas nos pulmões.

Caso confirmado
Saúde do DF alerta sobre importância da vacinação contra o sarampo

A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta para a importância de a população manter atualizado o cartão de imunização contra o sarampo, uma enfermidade altamente transmissível que pode atingir crianças e adultos. A vacina tríplice viral protege ainda contra rubéola e caxumba. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é aplicar duas doses em indivíduos de 12 meses a 29 anos; uma em pessoas de 30 a 59 anos; e duas em profissionais de saúde, independentemente da idade.
Segundo secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, a imunização é o melhor caminho para criar um bloqueio contra surtos. “É fundamental manter a adesão da população à dose contra o sarampo. Essa é uma responsabilidade de todos e, com a tríplice viral, não estamos protegendo apenas a nossa saúde, mas também a de toda a comunidade. A vacinação é uma barreira eficaz e deve ser uma prioridade para todos nós”, ressalta.
Atualmente, a cobertura vacinal contra o sarampo no DF é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda em crianças menores de 2 anos. A meta é alcançar 95% na segunda aplicação.
Caso confirmado
Na segunda-feira (17), foi confirmado um caso da doença no Distrito Federal, em uma paciente do sexo feminino com histórico de viagens internacionais. A mulher não precisou ser hospitalizada, e a doença evoluiu sem complicações.
A paciente apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e as manchas vermelhas na pele surgiram em 1º de março. A confirmação ocorreu após exames laboratoriais realizados no Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen-DF) e na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz-RJ).
O último caso registrado com transmissão de sarampo no próprio DF foi em 1999. Em 2020, foram registrados 5 casos, mas os pacientes trouxeram de outro estado ou país.
A gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, orienta que toda a população mantenha o cartão de vacinação atualizado, independentemente de planos de viagem. “O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode causar complicações graves. Reforçamos a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para crianças a partir de 12 meses, além de adolescentes e adultos que ainda não receberam as doses recomendadas”, destaca.
No entanto, a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com comprometimento imunológico devido a doenças ou medicamentos e indivíduos com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores ou a componentes da vacina. A gravidez deve ser evitada por 30 dias após a aplicação do imunizante.
Secretaria em ação
Quando a paciente apresentou os primeiros sintomas de sarampo, rapidamente foram adotadas as medidas necessárias, mesmo antes da confirmação laboratorial. A SES-DF realizou a busca ativa de 278 pessoas que tiveram contato com a mulher, que já estava em isolamento domiciliar para evitar a transmissão. Foram fornecidas orientações sobre a doença, sinais de alerta, verificação do cartão de vacinação e bloqueio vacinal seletivo — estratégia que deve ser aplicada no prazo máximo de 72 horas após a exposição ao vírus para interromper a cadeia de transmissão.
Ainda na terça-feira (18), a SES-DF também emitiu comunicado para toda a rede pública e privada de saúde, explicando o ocorrido e orientando as unidades para se atentarem aos casos suspeitos. De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, apesar de o caso ser importado, ou seja, a transmissão não ter ocorrido dentro do DF, os cuidados devem ser mantidos. “O objetivo do comunicado é alertar toda a rede, tanto pública quanto privada, de que houve um caso. Não há indícios de novos registros. No entanto, é essencial que todos estejam em alerta e que a população tenha, pelo menos, uma dose da vacina”, explica.
O período para o possível surgimento de casos secundários relacionados a essa ocorrência se encerra no próximo dia 26, com monitoramento dos contatos até 1º de abril de 2025. Até o momento, esse é o único registro da doença.
Sintomas
Os sinais do sarampo incluem tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Entre três e cinco dias após o início dos sintomas, surgem manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que depois se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o aparecimento das manchas pode indicar gravidade, especialmente em crianças menores de 5 anos.Em caso de sintomas, é necessário procurar atendimento médico imediato. No DF, há 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Não existe tratamento específico para o sarampo, e os medicamentos são utilizados apenas para aliviar os sintomas. O uso de qualquer remédio sem orientação médica não é recomendado.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Pneumo 20: nova vacina amplia proteção contra doenças pneumocócicas

A vacina pneumocócica conjugada 20-valente, conhecida como Pneumo 20, recentemente lançada na rede privada de saúde, aumenta a proteção contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo). O imunizante é mais abrangente do que as versões anteriores, como a 13-valente e a 15-valente. A ampliação propicia a cobertura de maior número de sorotipos, incluindo aqueles associados a casos graves e resistentes a antibióticos.
Segundo a médica Sylvia Freire, infectologista pediátrica do Sabin Diagnóstico e Saúde, essa atualização se faz relevante considerando a mudança de perfil epidemiológico observada nos últimos anos. “A vacina foi desenvolvida em resposta a mudanças nos padrões de circulação dos diferentes sorotipos, englobando aqueles que têm emergido como potenciais causadores de doença grave”, explica.
O pneumococo é um importante agente causador de infecções como pneumonia e otite e pode ser responsável por quadros conhecidos como “doença pneumocócica invasiva”, menos frequentes, porém mais graves, incluindo meningite e bacteremia. O risco é maior em crianças menores de 5 anos e adultos com 60 anos ou mais. “A nova vacina representa mais uma ferramenta no combate às infecções graves, que podem evoluir rapidamente, especialmente em grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas”, reforça a especialista.
Diversas condições crônicas e fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolvimento de doenças pneumocócicas. Entre eles estão alcoolismo, doenças crônicas do coração, fígado e pulmões, tabagismo, diabetes mellitus, entre outros.
Além disso, condições que comprometem o sistema imunológico também elevam o risco de infecções pneumocócicas. Entre essas condições, destacam-se: insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, imunodeficiências congênitas ou adquiridas, cânceres como leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e a doença de Hodgkin, infecção pelo HIV, uso de medicamentos imunossupressores, doença falciforme e pacientes que passaram por transplante de órgãos sólidos.
Além da prevenção individual, a Pneumo 20 pode contribuir para a proteção coletiva, reduzindo a transmissão do pneumococo na comunidade. “Essa proteção indireta é útil para proteger pessoas que não podem ser vacinadas, como recém-nascidos e pacientes com contraindicação médica”, destaca a médica.
Indicação e esquema vacinal
A Pneumo 20 segue as mesmas indicações das vacinas conjugadas anteriores – crianças, idosos e portadores de condições de risco para doença pneumocócica grave. Gestantes ou pessoas com condições de saúde específicas devem consultar um médico antes de receber a vacina.
O esquema de vacinação varia conforme a faixa etária e o histórico vacinal do paciente:
Crianças menores de seis meses: a vacina pode ser administrada a partir de 6 semanas, sendo recomendadas três doses iniciais com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. (Esquema rotineiramente iniciado aos 2 meses.)
Crianças de sete a 11 meses: duas doses no primeiro ano de vida e um reforço entre 12 e 15 meses.
Crianças entre 12 e 24 meses: duas doses com intervalo de dois meses entre elas.
Crianças a partir de 24 meses: dose única.
Adultos: recomendação de dose única, em eventual condição de risco ou indicação do médico assistente.
Idosos: dose única, independente do histórico vacinal.
É importante destacar que as vacinas Pneumo 13, Pneumo 15 e Pneumo 20 são consideradas intercambiáveis, o que significa que aqueles que começaram esquema com vacinas Pneumo 13 ou Pneumo 15 podem continuar seu esquema de imunização com a vacina Pneumo 20.
Sobre o Sabin
Com 40 anos de atuação, o Grupo Sabin é referência em saúde, destaque na gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades. O Grupo Sabin nasceu em Brasília (DF), fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje conta com 7.000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas. O grupo também está presente em 14 estados e no Distrito Federal oferecendo serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente com 358 unidades distribuídas de norte a sul do país.
O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo. Além disso, contempla também serviços de atenção primária contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, pela Amparo Saúde e plataforma integradora de serviços de saúde – Rita Saúde - solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.
-
Sociedade Brasileira de Dermatologia
SBD faz alerta sobre os perigos do bronzeamento artificial
-
Autocuidado
Mês da mulher destaca a importância da radiologia para a saúde delas
-
Mais de 13 mil vagas
Inscrições para os centros olímpicos e paralímpicos do DF começam no dia 24/03
-
Papilomavírus humano
Câncer do colo do útero atinge 15 em cada 100 mulheres no Brasil
-
Auxílio mensal de R$ 150
Novos beneficiários do DF Social têm até 26/03 para abrir conta no BRB
-
Segunda, 17 de março
Semana começa com 702 oportunidades de emprego no Distrito Federal
-
Sabin Diagnóstico e Saúde
Pneumo 20: nova vacina amplia proteção contra doenças pneumocócicas
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2842 pode pagar prêmio de R$ 6,2 milhões nesta quinta-feira (20)