Fiocruz
Número de casos de coronavírus no Brasil pode ser 10 vezes maior
O pesquisador Marcelo Gomes, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e responsável pelo portal InfoGripe, afirmou à CNN, nesta quarta-feira (29), que dados indicam que o Brasil tem dez vezes mais casos do que o número registrado oficialmente. Segundo o Ministério da Saúde, até ontem eram 71.886 mil casos, o que, na avaliação dos pesquisadores da Fiocruz, aponta que são mais de 700 mil casos no país.
“Infelizmente, o que a gente tem trabalhado é da ordem de dez vezes o número de casos confirmados. Um quadro bastante preocupante”, informou o pesquisador, acrescentando que isso não se aplica ao número de mortes. “Não é uma aplicação direta do mesmo percentual, porque o índice de mortos segue uma lógica um pouco diferente, já que não há caso leve e assintomático. A questão é a rotina de teste das pessoas que morreram sem uma causa clara”, explicou.
Gomes acrescentou: “Em relação a mortes é difícil estimar a perda que a gente está tendo – porque não há um dado fechado. Sobre os casos, temos uma perda de 85% a 90%, ou seja, a cada um caso confirmado temos outros nove não identificados”.
Segundo o pesquisador, os motivos para a subnotificação têm relação com a demora de resultados e atraso na confirmação dos casos, o que impacta na avaliação do cenário geral da doença. No entanto, ele ressalta que esse “apenas um dos gargalos”.
“Outro fator, que é mais importante, são os casos leves e assintomáticos, porque a gente está testando, prioritariamente, os hospitalizados, mas tem um conjunto muito grande dos que se infectam e transmitem, mas não chegam a ser hospitalizados e esses a gente não está detectando”, esclareceu.
De acordo com o pesquisador, os novos dados sugerem que podem estar diminuído os efeitos de desaceleração alcançados pelo isolamento e, com o relaxamento da a população, a curva estaria voltando a crescer. O cientista defendeu que a quarentena seja mantida. “A gente tem que manter o isolamento, não é hora de afrouxar”, orientou.
Ele ressaltou que o isolamento social continua sendo importante para que as redes de saúde tenham capacidade de atender a todos os pacientes que, eventualmente, evoluírem para casos graves. “Se a gente não adotar o isolamento, muitas dessas infecções vão ocorrer simultaneamente, não vai ter leito nem respirador para todo mundo e a gente vai jogar no colo da classe médica ter que escolher quem vai receber leito e quem não vai, e isso é uma carga emocional que ninguém deveria ter que enfrentar”, concluiu.
Atualizado em 29/04/2020 – 10:54.
-
Expansão
Banco de Brasília (BRB) anuncia aumento de capital privado de até R$ 1 bilhão
-
R$ 3 milhões em prêmios
Primeiro sorteio do Nota Legal 2024 acontece na quinta-feira, 23 de maio
-
Até sexta-feira (24)
Quarta parcela do IPVA 2024 começa a vencer nesta segunda-feira (20)
-
Concurso 2725
Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 25 milhões nesta quinta-feira (16)
-
Blackjack, roleta...
Cassino online: conheça os jogos mais populares entre os brasileiros
-
Casa Park
Brasília recebe edição do Vinho na Vila 2024 de 24 a 26 de maio
-
Nesta quinta (16)
Dia Sem Lixo conscientiza população sobre descarte correto de resíduos
-
#VacinaDF
Veja onde se vacinar contra a gripe e outras doenças neste fim de semana