Dia Internacional da Biodiversidade
Mudanças climáticas propiciam expansão de doenças, diz WWF

O aumento da temperatura e a incidência de secas, resultantes do processo de mudança climática, propiciam a expansão de doenças transmitidas por mosquitos como dengue, leishmanioses, malária e febre amarela. Para marcar o Dia Internacional da Biodiversidade, a WWF-Brasil lançou nesta terça (22) uma publicação que reúne diversos estudos que apontam impactos negativos das condições climáticas no país.
“Com o aumento da temperatura, o ambiente torna-se mais propício para a disseminação desses mosquitos. Isso aumenta a possibilidade da sua área de ocorrência se expandir para outras regiões”, disse André Nahur, coordenador de Mudanças Climáticas do WWF-Brasil.
O desmatamento também contribui para a expansão dos mosquitos, já que há perda e fragmentação de seu habitat. “Geralmente as áreas naturais são refúgio desses vetores. O ambiente natural dos mosquitos não é a cidade, geralmente são as florestas, em que eles se autorregulam”. Segundo ele, situações como o desmatamento, degradação de áreas e expansão desordenada em áreas de vegetação podem aumentar a distribuição geográfica dos mosquitos, inclusive para áreas de cidades.
“O mosquito que buscava alimentação dele na floresta, entre os animais, passam a transmitir doenças para as pessoas”.
Aedes aegypti – Um dos estudos presentes na publicação lançada hoje estima uma provável expansão do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika – para o Sul do país até 2050. Há ainda evidências da existência de uma relação entre as condições climáticas e o aumento da incidência de leishmaniose, assim como da influência da mudança do clima nos vetores da doença, que é causada por mosquito do tipo flebotomíneos.
Na Amazônia, a combinação de altas temperaturas, seca e desmatamento pode aumentar a transmissão da malária por meio de vetores secundários do mosquito do complexo Albitarsis em toda a América do Sul. Além disso, dois vetores de malária no norte da América do Sul, Anopheles darlingi e Anopheles nuneztovari, podem expandir suas áreas de sobrevivência para além dos locais onde houve destruição de seu habitat.
Áreas de proteção – A manutenção e fiscalização das áreas de proteção ambiental, sob responsabilidade do governo federal e de governos estaduais, é fundamental para garantia da biodiversidade e qualidade de vida da sociedade, defende a entidade. “Hoje as áreas protegidas, tanto na Amazônia como no Cerrado e na Mata Atlântica, são os grandes refúgios de biodiversidade e são fundamentais para manutenção dos serviços ecossistêmicos necessários para a gente prover os direitos humanos básicos, que seriam água e alimento. Essas áreas são fundamentais para garantir, por exemplo, que a água continue sendo trazida para as cidades no Brasil todo”, disse Nahur.
No entanto, o coordenador acredita que há ameaças a essas áreas de proteção. “Constantemente nós temos sofrido ataques a essas áreas protegidas. Primeiro pela questão de tentativas de redução dessas áreas ou até extinção dessas áreas por causa de interesses econômicos. Além da questão de que a maioria das áreas protegidas no Brasil precisa de uma gestão mais efetiva para garantir a sua real conservação”, disse.

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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