Pesquisa Nexus
Maioria dos brasileiros apoia restrições ao uso de celulares nas escolas
Segundo a pesquisa realizada pela Nexus, 86% dos brasileiros apoiam as medidas que restringem o uso de celulares no ambiente escolar. De acordo com os dados, apenas 14% se opõem à limitação desses aparelhos nas escolas. O debate sobre o uso dos aparelhos em escolas tem ganhado força no Congresso Nacional, onde tramita um projeto de lei que propõe proibir o uso de celulares para crianças de até 10 anos e permitir sua utilização para fins pedagógicos apenas a partir dos 11 anos.
Aproximadamente 54% dos entrevistados apoiam uma proibição total, enquanto 32% defendem um uso restrito, permitido apenas para atividades pedagógicas e sob autorização prévia do professor. A pesquisa ouviu 2.010 pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasil. As preferências por restrições variam conforme a faixa etária. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 46% apoiam a proibição total, enquanto 43% preferem o uso restrito, somando 89% de aprovação nessa faixa etária. Já entre os brasileiros com mais de 60 anos, 58% são a favor da proibição completa.
Para Marcelo Tavares, diretor do Colégio Sigma, o apoio das famílias é importante para a implementação efetiva dessas medidas. Segundo ele, a construção de uma cultura de uso consciente de celulares passa pela conscientização dos pais e responsáveis. “A gente não vai conseguir dar passos nesse sentido se as famílias não se conscientizarem de que sim, devem aplaudir quando o celular do filho é confiscado. Elas precisam se acostumar a não falar com as crianças o tempo inteiro enquanto estão em horário escolar”, afirma.
O diretor ainda destaca que, quando o celular se torna parte da rotina doméstica, é difícil para a criança compreender a necessidade de abrir mão desse hábito dentro da escola. “É fundamental que todos trabalhem juntos para criar um ambiente de aprendizado mais focado, onde o celular deixe de ser uma distração para os alunos”, conclui.
Painel de Monitoramento das Arboviroses
Brasil registra mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.590.575 casos prováveis de dengue ao longo de 2024. Pelo menos 5.872 mortes pela doença foram confirmadas e 1.136 seguem em investigação. O coeficiente de incidência brasileiro é de 3.245 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.
O estado de São Paulo lidera o ranking em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (653,8 mil) e Santa Catarina (348,5 mil). Já em relação ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar (9.876), seguido por Minas Gerais (8.233), Paraná (5.713) e São Paulo (4.841).
Monitoramento
O Ministério da Saúde informou ter intensificado ações de vigilância e controle de arboviroses em estados onde há aumento expressivo de casos. “Depois de Mato Grosso, chegou a vez de a pasta visitar Minas Gerais, e a previsão é que o trabalho chegue ao Espírito Santo na próxima semana, estado onde doenças como febre amarela e Oropouche preocupam as autoridades sanitárias.”
Em nota, o ministério destacou que o objetivo das ações é atualizar informações epidemiológicas, revisar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com estados e municípios numa tentativa de conter a expansão das arboviroses.
“Os três estados enfrentam desafios específicos. Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo a arbovirose emergente febre do Oropouche teve aumento.”
“Minas Gerais, por sua vez, enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com necessidade de ampliar a cobertura vacinal e reforçar a vigilância em primatas não humanos, que funcionam como sentinelas da circulação viral.”
Além do levantamento epidemiológico, a previsão é que as equipes técnicas atualizem dados sobre coberturas vacinais, estoques de vacinas e insumos laboratoriais, além de revisar métodos de análise de risco e identificar áreas prioritárias para ações de prevenção e controle.
Conta de luz
Bandeira tarifaria em dezembro de 2024 será verde, diz Aneel
A bandeira tarifária para o mês de dezembro de 2024 será verde, sem cobrança extra na conta de luz. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mudança foi possível graças à “expressiva melhora das condições de geração de energia” no país.
“Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas – acionada mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos”, explica a Aneel.
Neste ano, a falta de chuva fez com que a Aneel acionasse a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em setembro e a vermelha patamar 2 em outubro. Em novembro, foi acionada a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional na conta de luz de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem custo maior, e a verde, sem custo extra.
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