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Mãe faz dívida de R$ 1 mil para comprar leite especial para filho com hidrocefalia

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Mãe de uma criança com hidrocefalia e desesperada com a suspensão do fornecimento de leite especial pela rede pública de saúde, a dona de casa Lúcia Andrade fez uma dívida de R$ 1 mil com a compra do alimento no Distrito Federal. O menino tem 11 anos e aguarda há um mês por cirurgia de gastrostomia – no procedimento, feito durante endoscopia, o médico faz um pequeno furo no estômago do paciente e coloca uma sonda para o transporte do leite. A Secretaria de Saúde disse que há falta do produto e que aguarda o fim da licitação para disponibilizá-lo aos pacientes.

Atualmente, 75 pacientes dependem do produto. Cada lata do Pediasure custa em média R$ 36 nas farmácias. O consumo indicado é de seis refeições por dia, feitas a cada três horas. Juntas, elas correspondem a um frasco.

Lúcia descobriu o problema do filho, Vitor Andrade, depois de ser internado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no dia 9 de setembro com suspeita de pneumonia. Tudo que a criança comia estava sendo desviado para o pulmão, causando a doença. O menino recebeu alta dois meses com indicação para a gastrostomia.

A mulher Lucia conta que deixou o emprego como promotora de vendas para cuidar do menino e que hoje faz artesanatos para ajudar no orçamento. “Levei ele ao hospital porque ele estava com uma febre muito alta e tinha emagrecido muito. Ele acabou sendo internado com suspeita de pneumonia. E depois descobriram que tudo que ele comia ia para o pulmão, estava desviando. Colocaram uma sonda no nariz dele para se alimentar, já que não podia comer”, disse.

A mãe da criança conta que o filho usa uma lata por dia do leite e faz sete refeições. Lucia diz que, mesmo com benefício de um salário mínimo por causa da doença, não consegue pagar as despesas do menino. A mulher afirma já não ter mais condições de comprar a fórmula nutricional.

Ela também declarou que teve que aprender sozinha como aspirar a criança, pois no hospital ninguém a ensinou a fazer. “O pessoal do hospital fica pressionando a gente para desocupar a vaga, mas eu realmente acho que não poderiam ter dado alta pra ele. O Vitor teria que fazer uma cirurgia para colocar uma sonda para se alimentar, só que me deram um papel para assinar, da alta, dizendo que o caso dele era cirúrgico, porém a secretaria não disponibilizava o equipamento. Uma outra mãe de paciente disse pra mim que comprou e falaram para eu comprar, mas custa uns R$ 1,5 mil, e eu não tenho condições.”

O hospital afirmou ao G1 que não orienta pacientes a comprarem materiais hospitalares, que paciente é monitorado por um médico e recebe toda assistência necessária. A direção da unidade de saúde diz ainda que a criança já está inserida na fila de regulação para a cirurgia e fará o procedimento assim que apresentar as condições clínicas necessárias. No laudo entregue para a mãe do paciente, médico declarou que criança apresenta grave desnutrição e necessita de sonda de gastrostomia, ainda não disponibilizada pelo sistema de saúde.

Lucia diz que se sentia pressionada para deixar a vaga no hospital. “Como ele estava muito abaixo do peso, os médicos me disseram que eu era uma mãe negligente, mas eu sempre cuidei muito bem dele. O Vitor foi entubado e teve que ser transferido para a UTI durante o processo. Algumas enfermeiras falavam que ele estava bem e que podia ir para o ambulatório, mas eu insisti com o médico que analisasse melhor o quadro dele, porque ele não estava bem.”

Segundo a pasta, a sonda necessária na operação é padronizada pela Secretaria de Saúde e disponibilizada aos pacientes que necessitam. A entidade reconhece, porém, que há falta pontual do material, Ele também tem processo de compra em aberto.

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Auxílio mensal de R$ 150

Novos beneficiários do DF Social têm até 26/03 para abrir conta no BRB

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DF Social GDF BRB
Foto/Imagem: Divulgação/Sedes

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) selecionou 2.264 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 26 deste mês.

Quem que não fizer o procedimento no prazo estabelecido terá que aguardar nova rodada de contemplação. ‌A abertura da conta social deve ser efetuada pelo aplicativo BRB Mobile.

“Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site do programa e confirmar se está entre os beneficiários”, orienta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

“Não é preciso se cadastrar ou solicitar inclusão no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] para fazer parte do DF Social; é preciso ter o Cadastro Único”, prossegue a gestora. “Os contemplados são selecionados automaticamente por esses cadastros e de acordo com critérios do programa.”

No site GDF Social, o cidadão deve acessar o “Consulta DF Social”, informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa se encontra ou não na lista de contemplados.

A concessão do benefício do DF Social ocorre mediante disponibilidade orçamentária.

As famílias que deixam de atender aos critérios saem da lista para dar lugar a novos contemplados. Mensalmente, 70 mil famílias em vulnerabilidade social no DF são beneficiadas pela iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF).

O DF Social é o programa de transferência de renda do GDF que concede o valor de R$ 150 mensais a famílias de baixa renda residentes no DF. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único.

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Segunda, 17 de março

Semana começa com 702 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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vagas de emprego
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do DF disponibilizam, nesta segunda-feira, 17 de março, 702 vagas de emprego para quem busca uma colocação no mercado. Os salários variam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, além de benefícios, com oportunidades que exigem diferentes níveis de escolaridade e experiência.

Do total de vagas, três são exclusivas para pessoas com deficiência na área de recepcionista de hospital, além de uma oportunidade de estágio para a função recepcionista atendente.

Dentre as oportunidades que não exigem escolaridade ou experiência comprovada, destacam-se as vagas para carpinteiro, com cinco postos disponíveis para atuação no Sol Nascente, com salários a partir de R$ 2.285. Também estão abertas 10 vagas para o cargo de vendedor pracista, para atuação na Asa Sul.

Além disso, há mais três vagas disponíveis para funções sem requisitos específicos. Uma delas é para empregado doméstico nos serviços gerais, com salário de R$ 1,6 mil. Outra vaga é para empregado doméstico diarista, com remuneração de R$ 170 por dia, para atuação no Sudoeste. Por fim, há uma vaga para pedreiro em Brazlândia, com salário a partir de R$ 2,2 mil.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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