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Tabagismo é a principal causa

Julho Verde alerta sobre prevenção dos tumores de cabeça e pescoço

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Câncer de cabeça e pescoço
Foto/Imagem: Freepik


O Julho Verde é uma campanha essencial que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dos tumores de cabeça e pescoço. Esta iniciativa torna-se ainda mais relevante quando analisamos números: segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, espera-se quase 120 mil novos casos desses cânceres no Brasil, incluindo os de cavidade oral, tireoide e laringe.

Os tumores de cabeça e pescoço podem se originar em diversas estruturas anatômicas, como cavidade oral (lábios, língua, assoalho da boca e palato), seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais), as três porções da faringe (atrás da cavidade nasal, na amígdala, base da língua e junto ao início do esôfago), as três porções da laringe, além das glândulas salivares e da glândula tireoide.

Sintomas e fatores de risco

De acordo com a oncologista Marília Takahashi, médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), os sintomas desse tipo de câncer variam conforme a localização e extensão do tumor, mas os mais comuns podem incluir massa na região do pescoço, ulcerações dolorosas da mucosa, feridas que não cicatrizam na cavidade oral, rouquidão, dor de garganta, dor ao deglutir, dificuldade para engolir, mau hálito, dificuldade e dores para abrir a boca e perda de peso.

O tabagismo é a principal causa dos cânceres de cabeça e pescoço, pois as substâncias cancerígenas presentes no tabaco danificam o DNA das células das mucosas oral, faringe e laringe, aumentando significativamente o risco de mutações que podem levar ao câncer. O consumo excessivo de álcool também é um fator de risco significativo, pois irrita as células da mucosa, tornando-as mais vulneráveis aos efeitos cancerígenos do tabaco. “O uso combinado de tabaco e álcool tem um efeito sinérgico”, alerta a médica.

Além disso, a infecção por HPV e pelo vírus Epstein-Barr pode causar esse tipo de câncer. “O papilomavírus humano está principalmente relacionado ao desenvolvimento de cânceres de orofaringe, que incluem as amígdalas e a base da língua, sendo o HPV-16 a cepa mais associada a esses tipos de câncer”, explica a oncologista.

Importância do diagnóstico precoce

Para reduzir o risco de câncer, é fundamental adotar medidas preventivas, como vacinar-se contra HPV, parar de fumar, evitar o consumo de álcool e adotar práticas de higiene oral. Além disso, é importante manter uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais.

Embora o prognóstico de cura seja excelente quando os tumores são detectados precocemente (80 a 90%), muitos cânceres de cabeça e pescoço são diagnosticados em estágios avançados, dificultando o tratamento. “O autoexame e as consultas regulares com médicos e dentistas desempenham papéis cruciais na prevenção e detecção precoce, facilitando a identificação de alterações que mereçam uma investigação”, afirma a oncologista. Ela destaca a importância de estar atento a feridas que não cicatrizam, nódulos, manchas brancas ou vermelhas, ou qualquer outra alteração na boca, garganta e pescoço. “A detecção precoce do câncer geralmente resulta em um prognóstico melhor e opções de tratamento mais eficazes, aumentando as chances de cura e sobrevivência”, finaliza.

Autocuidado

Mês da mulher destaca a importância da radiologia para a saúde delas

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Ao Vivo de Brasília
Mês da mulher
Foto/Imagem: Freepik

O mês de março é um período que incentiva e promove a saúde das mulheres, reforçando o compromisso com o autocuidado na prevenção e diagnóstico de doenças mais comuns entre o sexo feminino. Apesar dos cuidados diários, algumas doenças, como o câncer de mama ou de ovário, não são visíveis a olho nu. E podem se desenvolver silenciosamente, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. É nesse momento que as técnicas radiológicas se tornam grandes aliadas, possibilitando diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.

A professora Kezia Balena, coordenadora do Curso de Tecnologia em Radiologia da Estácio de Brasília, compartilha sua visão como mulher e profissional sobre a importância dos exames de imagem para a saúde feminina ao longo da vida: “Como mulher, sei que nosso corpo passa por diversas transformações ao longo dos anos, e os exames de imagem são aliados importantes em cada fase desse processo. Na fase adulta, quando muitas de nós estamos construindo carreiras e, talvez, uma família, os exames de imagem tornam-se ainda mais essenciais. A mamografia, por exemplo, passa a ser parte da nossa rotina de cuidados a partir dos 40 anos, ou antes, dependendo da nossa história familiar. Durante a gravidez, as ultrassonografias nos permitem acompanhar o desenvolvimento do bebê e garantir que tudo esteja correndo bem.”

“Na menopausa, os exames de imagem continuam fundamentais, ajudando a monitorar a saúde óssea por meio da densitometria, além de manter a vigilância contra o câncer de mama e outros problemas que podem surgir nesta fase. Em todas essas etapas, os exames de imagem nos proporcionam tranquilidade quando está tudo bem e a chance de agir rapidamente quando algo não está”, explica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados mais de 73 mil novos casos anuais de câncer de mama e mais de 17 mil novos casos de câncer do colo do útero. Diante desse cenário, o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia alerta que, para um diagnóstico precoce e correto, além do monitoramento das doenças, a qualificação e capacitação dos profissionais das técnicas radiológicas se tornam indispensáveis.

A professora também destaca exames essenciais que as mulheres devem realizar para manter a saúde em dia: “A mamografia é um dos mais importantes, sendo o principal método para a detecção precoce do câncer de mama, capaz de identificar lesões pequenas, antes mesmo de serem percebidas no autoexame. O ultrassom das mamas complementa a mamografia e é especialmente útil para mulheres jovens com mamas densas, onde a mamografia pode apresentar limitações. Juntos, esses exames formam uma rede de proteção, permitindo que cuidemos da nossa saúde de forma abrangente. A ultrassonografia transvaginal é outro exame essencial, pois permite visualizar detalhadamente o útero, os ovários e as estruturas adjacentes, ajudando a diagnosticar condições como miomas, cistos ovarianos, endometriose e até mesmo cânceres ginecológicos em estágio inicial.”

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Papilomavírus humano

Câncer do colo do útero atinge 15 em cada 100 mulheres no Brasil

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Câncer do colo do útero
Foto/Imagem: Freepik

O câncer do colo do útero está entre os quatro mais incidentes no mundo, acometendo cerca de 15 a cada 100 mulheres no Brasil. Apesar do número alarmante, ele é um dos cânceres mais preveníveis, pois se desenvolve majoritariamente a partir do papilomavírus humano (HPV), transmitido, principalmente, por meio das relações sexuais.

Para que as futuras gerações atuem preventivamente e vivam livres dessa neoplasia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a liderar iniciativas que eliminem a doença globalmente até 2030. Sabe-se que, a cada 10 pessoas sexualmente ativas, oito delas já tiveram contato com o HPV, entretanto, apenas duas ou três vão persistir com o vírus e podem evoluir com alguma alteração.

“Atualmente, há dois tipos de vacinas disponíveis no país: a HPV4 e a HPV9, que previnem quatro e nove subtipos de vírus, respectivamente. A HPV9 passa a ser recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) como preferencial por aumentar a proteção contra as doenças associadas ao vírus. Ela é efetiva na redução de casos de cânceres do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis, orofaringe e de verrugas genitais em ambos os gêneros, de 9 a 45 anos”, afirma a Dra. Michelle Samora, oncologista do Hcor.

Entretanto, a maioria dos casos de câncer do colo do útero é encontrada em populações com baixa situação socioeconômica, de acordo com a OMS. Por consequência, as pessoas têm falta de acesso às vacinas anti-HPV e serviços de saúde e tratamentos específicos.

“Enquanto a recomendação da OMS é que 90% da população de até 15 anos seja imunizada, aqui no Brasil registramos 75,81% nas meninas e 52,16% nos meninos. É necessário que existam mais ações de conscientização sobre a vacina, pois ela não instiga que as pessoas comecem a vida sexual mais cedo, mas ajuda a proteger quando decidirem iniciá-la.”

A Dra. Michelle reforça ainda que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Algumas lesões precursoras do câncer do colo do útero ou mesmo tumores iniciais, que não apresentam sintomas, são detectadas nos exames de rotina. “Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, mais eficaz é o tratamento e menores serão as sequelas”, finaliza a especialista.

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