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Nada de leite ou água

Intoxicação? Ligue para o Samu (192) ou para o Corpo de Bombeiros (193)

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CIATOx Emergência Intoxicação
Foto/Imagem: Arek Socha
Agência Brasília

Uma pessoa desorientada perto de uma cartela de remédios. Uma criança com sinais de enjoo ao lado de um produto de limpeza. O cenário de uma intoxicação pode variar tanto quanto os sintomas, que vão desde uma simples dor de cabeça até a perda de consciência. Prestar socorro eficiente à vítima exige rapidez e precisão.

Nada de dar leite, forçar o vômito ou obrigar a pessoa a beber água. O melhor a se fazer diante de uma de intoxicação é ligar para o Samu (192) ou para o Corpo de Bombeiros (193). As respostas para três perguntas básicas são fundamentais para um atendimento preciso: qual foi a substância ingerida; há quanto tempo; e em qual quantidade.

“Cada substância ingerida tem um protocolo específico de ação”, explica a médica toxicologista do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOx), Andréa Amoras Magalhães. “Na tentativa de fazer a vítima melhorar, a pessoa pode tomar alguma medida que aumente ainda mais a intoxicação”, alerta.

O leite, em determinadas situações, aumenta a absorção da substância tóxica. A água pode potencializar os danos causados pela ingestão de alguns tipos de produtos químicos. “E se a vítima tiver engolido solvente, gasolina ou thinner, o melhor é não vomitar  além de machucar o estômago, vai acabar lesionando outros órgãos”, afirma Andréa.

Apenas um médico para saber o que pode ser feito diante da ingestão de produtos tóxicos. “Lavagem gástrica, uso de carvão ativado, hemodiálise… O tratamento vai depender do grau intoxicação e da substância consumida pela vítima”, informa Andréa.

Disponível 24 horas por dia, o CIATOx é um serviço de telemedicina ligado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São 32 unidades espalhadas por todo o Brasil. Ao entrar em contato pelo número 0800-6446774, o usuário é transferido para o centro mais próximo. Por ano, são atendidos uma média de quatro mil casos de intoxicação.

Principais causas

Em adultos, as intoxicações costumam envolver abuso de drogas (lícitas ou não) ou uso descontrolado de medicamentos. Já em crianças, o contato com substâncias tóxicas costuma ser acidental, causado principalmente por produtos de limpeza ou medicamentos.

Acontece que os pequenos observam um adulto tomando remédio ou ficam encantados por uma embalagem colorida na área de serviço e, por curiosidade, decidem experimentar seu conteúdo. “Casos de intoxicação infantil geralmente envolvem descuido do tutor”, alerta o bombeiros militar Estevão Gabriel Aguiar.

Além de conversar com a criança, o socorrista aponta para a importância de manter medicamentos e produtos de limpeza longe do alcance. “Além disso, brinquedos sem certificação do Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia] podem conter substâncias tóxicas”, observa.

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Mais de 100 salas de vacinação

DF inicia aplicação de vacina contra a gripe nesta terça-feira, 25 de março

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Ao Vivo de Brasília
vacina gripe DF
Foto/Imagem: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

A partir desta terça-feira (25), a vacina contra a gripe (influenza) estará disponível em mais de 100 salas de vacinação do DF. A campanha é voltada a pessoas dos grupos prioritários, incluindo idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses, gestantes e professores das redes pública e privada. Ao todo, mais de 1,2 milhão de pessoas no Distrito Federal estão aptas a receber a vacina.

“Temos uma rede robusta de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e capacidade logística para assegurar o fornecimento das doses. Convocamos esses grupos para receber a vacina e garantir a proteção contra a doença”, afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.

O DF já recebeu o primeiro lote de 80 mil doses da vacina contra a gripe, enviadas pelo Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregou os imunizantes pessoalmente na Rede de Frio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

“O imunizante reduz os casos graves e os óbitos. Com isso, não só salva vidas, como também contribui para a proteção de toda a comunidade, uma vez que diminui a capacidade de disseminação do vírus”, detalha o ministro.

A vacina contra a gripe é atualizada anualmente a partir das cepas de maior circulação. A orientação é que, mesmo quem se imunizou em anos anteriores, compareça para garantir a nova dose. Em 2025, a proteção é garantida contra os vírus H1N1, H3N2 e B.

Hora de vacinar

Para tomar a dose, é necessário comparecer a um dos locais de vacinação com um documento de identificação e, se possível, a caderneta de vacinas. A depender do grupo prioritário, pode ser necessário apresentar um comprovante da situação médica ou profissional, como crachá ou contracheque.

O imunizante contra a gripe pode ser administrado juntamente com outras vacinas. Portanto, no local de vacinação, é possível atualizar mais de um esquema vacinal.

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Caso confirmado

Saúde do DF alerta sobre importância da vacinação contra o sarampo

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Ao Vivo de Brasília
Sarampo - Saúde DF
Foto/Imagem: Freepik

A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta para a importância de a população manter atualizado o cartão de imunização contra o sarampo, uma enfermidade altamente transmissível que pode atingir crianças e adultos. A vacina tríplice viral protege ainda contra rubéola e caxumba. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é aplicar duas doses em indivíduos de 12 meses a 29 anos; uma em pessoas de 30 a 59 anos; e duas em profissionais de saúde, independentemente da idade.

Segundo secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, a imunização é o melhor caminho para criar um bloqueio contra surtos. “É fundamental manter a adesão da população à dose contra o sarampo. Essa é uma responsabilidade de todos e, com a tríplice viral, não estamos protegendo apenas a nossa saúde, mas também a de toda a comunidade. A vacinação é uma barreira eficaz e deve ser uma prioridade para todos nós”, ressalta.

Atualmente, a cobertura vacinal contra o sarampo no DF é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda em crianças menores de 2 anos. A meta é alcançar 95% na segunda aplicação.

Caso confirmado

Na segunda-feira (17), foi confirmado um caso da doença no Distrito Federal, em uma paciente do sexo feminino com histórico de viagens internacionais. A mulher não precisou ser hospitalizada, e a doença evoluiu sem complicações.

A paciente apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e as manchas vermelhas na pele surgiram em 1º de março. A confirmação ocorreu após exames laboratoriais realizados no Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen-DF) e na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz-RJ).

O último caso registrado com transmissão de sarampo no próprio DF foi em 1999. Em 2020, foram registrados 5 casos, mas os pacientes trouxeram de outro estado ou país.

A gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, orienta que toda a população mantenha o cartão de vacinação atualizado, independentemente de planos de viagem. “O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode causar complicações graves. Reforçamos a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para crianças a partir de 12 meses, além de adolescentes e adultos que ainda não receberam as doses recomendadas”, destaca.

No entanto, a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com comprometimento imunológico devido a doenças ou medicamentos e indivíduos com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores ou a componentes da vacina. A gravidez deve ser evitada por 30 dias após a aplicação do imunizante.

Secretaria em ação

Quando a paciente apresentou os primeiros sintomas de sarampo, rapidamente foram adotadas as medidas necessárias, mesmo antes da confirmação laboratorial. A SES-DF realizou a busca ativa de 278 pessoas que tiveram contato com a mulher, que já estava em isolamento domiciliar para evitar a transmissão. Foram fornecidas orientações sobre a doença, sinais de alerta, verificação do cartão de vacinação e bloqueio vacinal seletivo — estratégia que deve ser aplicada no prazo máximo de 72 horas após a exposição ao vírus para interromper a cadeia de transmissão.

Ainda na terça-feira (18), a SES-DF também emitiu comunicado para toda a rede pública e privada de saúde, explicando o ocorrido e orientando as unidades para se atentarem aos casos suspeitos. De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, apesar de o caso ser importado, ou seja, a transmissão não ter ocorrido dentro do DF, os cuidados devem ser mantidos. “O objetivo do comunicado é alertar toda a rede, tanto pública quanto privada, de que houve um caso. Não há indícios de novos registros. No entanto, é essencial que todos estejam em alerta e que a população tenha, pelo menos, uma dose da vacina”, explica.

O período para o possível surgimento de casos secundários relacionados a essa ocorrência se encerra no próximo dia 26, com monitoramento dos contatos até 1º de abril de 2025. Até o momento, esse é o único registro da doença.

Sintomas

Os sinais do sarampo incluem tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Entre três e cinco dias após o início dos sintomas, surgem manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que depois se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o aparecimento das manchas pode indicar gravidade, especialmente em crianças menores de 5 anos.Em caso de sintomas, é necessário procurar atendimento médico imediato. No DF, há 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Não existe tratamento específico para o sarampo, e os medicamentos são utilizados apenas para aliviar os sintomas. O uso de qualquer remédio sem orientação médica não é recomendado.

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