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Rota de venda

Ibram apreende 182 animais silvestres vítimas de tráfico em 2016

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O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) apreendeu, de janeiro até a primeira quinzena de abril, 182 animais silvestres vítimas de tráfico. Foram 179 aves e três répteis. Em todo o ano passado, o número de apreensões chegou a 588. A captura mais recente ocorreu em 30 de março, quando a operação Mala Direta, em parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, encontrou uma jiboia em uma caixa plástica.

Servidores dos Correios suspeitaram do objeto — que vinha do Rio de Janeiro — ao passá-lo pela máquina de raios X e acionaram o Ibram. Os fiscais constataram a presença da cobra e a encaminharam ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão federal é parceiro da autarquia distrital na recuperação de animais vendidos ilegalmente.

Em 22 de março, um lagarto foi encontrado. O réptil sairia de Brasília com destino à capital carioca, porém os contatos do remetente no Distrito Federal eram falsos, o que impossibilitou autuar o responsável pela correspondência.

Além desses, são apurados os casos de uma iguana e de um caramujo apreendidos por serem transportados irregularmente. Entre outros exemplares, vários papagaios reavidos em 2015 ainda estão no centro de triagem, que fica no km 6 da BR-070, sentido Ceilândia.

De acordo com o Ibram, apesar de ser um grande centro urbano, Brasília funciona como rota de venda de animais silvestres provenientes de captura e de comércio ilegais. A localização geográfica favorece esse tipo de crime pelo fato de a cidade estar no DF, cortado por várias rodovias federais.

Espécies mais visadas
Segundo o gerente de Fiscalização e Fauna do Ibram, Marcos Ozeki, aves exóticas e aquelas consideradas de competição (por causa do canto) estão entre as mais procuradas pelos traficantes. “Algumas espécies podem valer até R$ 100 mil no mercado negro.” Quanto aos répteis, os preferidos são as iguanas, que chegam a custar R$ 5 mil.

O Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008, estabelece penalidades como advertência, apreensão dos animais, multa e suspensão das atividades (no caso de criadores licenciados).

As autuações podem ser de R$ 500 a R$ 5 mil, por animal. Caso ele seja encontrado em condições físicas de mutilação, de maus tratos ou ferido, ainda há multa que varia de R$ 500 a R$ 3 mil, também por exemplar. “Essas infrações envolvem o transporte, o comércio ilegal e situações de maus tratos, pois os animais são acondicionados em caixas pequenas, com baixa circulação de ar e sem disponibilidade de alimento e água”, detalha Ozeki.

A gestão compartilhada da fauna entre Ibram e Ibama está embasada na Lei Complementar n° 140, de 8 de dezembro de 2011, que prevê acordo de cooperação técnica com esse fim. Os órgãos distrital e federal trabalham em conjunto no combate ao tráfico de animais, principalmente em grandes operações.

As investigações baseiam-se em levantamentos feitos pelos fiscais, em denúncias repassadas pelos diferentes órgãos envolvidos na repressão de crimes e de infrações ambientais — como Polícia Militar, Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios — e em informações da população, pelo telefone 162, opção 2.

Destino das apreensões
O Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Ibama, recebe bichos apreendidos em fiscalizações de tráfico e outros vindos de resgates ou de entrega voluntária de particulares. Depois, identifica, marca, separa, avalia, recupera, reabilita e dá a correta destinação aos animais silvestres. Aqueles que precisam de cuidados médicos, por exemplo, vão para o Hospital Veterinário da Universidade de Brasília.

Cerca de 350 animais, entre pássaros, primatas, roedores e répteis, estão abrigados no centro. De acordo com o coordenador, Roberval Pontes, 60% são devolvidos à natureza. Quando não é possível soltá-los — por estarem completamente adaptados ao cativeiro, mutilados ou precisando de cuidados permanentes —, há alternativas como encaminhá-los para algum zoológico ou mantenedor devidamente cadastrado no Ibama.

Outro parceiro do centro de triagem é o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, que recupera espécies aprisionadas encontradas em cativeiro. No ano passado, 643 foram retiradas desses locais. Neste, até a primeira quinzena de abril, já somam 246.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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