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Distrito Federal

Ibaneis Rocha faz balanço de seu primeiro ano à frente do Buriti

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Ibaneis Rocha GDF
Foto/Imagem: P H. Carvalho/Agência Brasília


Em 1º janeiro de 2020, o governador Ibaneis Rocha completa um ano à frente da gestão do Distrito Federal. Estreante na política, o chefe do Executivo da capital do país entende que foram necessárias medidas e atitudes enérgicas, firmes e, principalmente, criativas diante de um cenário de orçamento apertado. Apoiado pela equipe formada para gerir, ele enfrentou grandes desafios e teve que equilibrar as contas para impulsionar investimentos econômicos na capital. Em contrapartida, o primeiro gestor brasiliense da história destaca o aprendizado nos doze meses no Palácio do Buriti.

Em entrevista à Agência Brasília, Ibaneis Rocha ressalta os principais temas que cercaram a capital nesse primeiro ano de gestão, como os projetos aprovados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a criação e soluções apresentadas pelo GDF Presente, na árdua missão de transformar a saúde do DF, no elogiado projeto de gestão das escolas compartilhadas e na redução de tributos que colaboraram para o crescimento econômico acima da média do país.

O senhor estreou na política já ocupando o maior cargo do Executivo. Em um ano como governador, o que encontrou de maior dificuldade que não imaginava existir?

Foi um ano muito feliz para mim. Eu sou nascido em Brasília e posso trabalhar pela cidade, pela população, para melhorar a vida das pessoas, principalmente dos mais pobres, que a gente precisa ajudar. É o que eu costumo dizer: para o rico, basta o governo não atrapalhar. E acho que foi um ano bom para a cidade também. Conseguimos muitos avanços, mesmo trabalhando com um orçamento deixado pelo governo passado e que não contemplou muitas áreas que queríamos ter tido mais atenção. Mas não foi fácil. Nos primeiros seis meses as dificuldades foram muito grandes, havia muitos entraves, não conseguimos avançar na velocidade que eu imaginava porque não encontrei nenhum projeto, havia muitas contas a pagar. Era uma situação de paralisia total do estado; mas, aos poucos, a gente foi avançando, imprimindo um novo ritmo e conseguimos chegar ao fim do ano com muitas realizações para mostrar, principalmente na recuperação física da cidade – que tinha até viaduto no chão, é bom lembrar – e na preparação para um 2020 de muitas realizações.

A economia do DF cresceu 1,8%, acima da média do país. Quais ações o senhor apontaria como as principais responsáveis por esse crescimento e o que a população pode esperar em 2020 na área econômica?

Desde a transição, todo nosso esforço foi para destravar a economia, oferecer segurança jurídica aos empresários e impulsionar ações do governo que pudessem gerar empregos e fazer o dinheiro girar. Reduzimos impostos, criamos oportunidades, fizemos parcerias e a resposta dos empresários foi imediata. Retomamos obras paradas, criamos novos postos de trabalho para recuperar a cidade que estava abandonada, movimentamos todas as áreas da economia e o resultado já pode ser sentido. Acredito que vem para valer em 2020, quando teremos um orçamento criado por nós mesmos, projetos para obras, ações para atrair empresas e muita movimentação. Será certamente um ano de grandes realizações.

Da relação com a Câmara Legislativa, o que tira de mais proveitoso nesse primeiro ano? Quais pautas e projetos considera essenciais e prioritários para 2020?

A Câmara Legislativa tem sido um aliado importante, só tenho a agradecer. Mesmo nos momentos em que tivemos que negociar, houve melhoria nas propostas. Há poucos dias mesmo tive uma conversa muito proveitosa com os deputados da oposição; mesmo não alinhados com o governo, eles não têm se furtado a reconhecer as boas políticas públicas para o Distrito Federal e nos obrigam a ser melhores. Temos aprovado os projetos de interesse da sociedade, como aconteceu agora no final do ano, com uma série de ações importantes, como a liberação da construção de mais sete UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] que vão ajudar a melhorar a saúde pública. É preciso registrar também a parceria que temos tido do Tribunal de Contas do DF [TCDF], que tem procurado ser um facilitador para o governo, contribuindo para que os projetos sejam melhores.

Historicamente, a saúde é o grande gargalo do cidadão de Brasília. Onde o senhor identifica estar o entrave desse atendimento e o que fazer para quebrá-lo?

É preciso reconhecer que a saúde pública avançou bastante neste ano. Investimos muito, mudamos parâmetros, criamos novos procedimentos, fizemos obras de recuperação, renovamos equipamentos e abastecemos as farmácias. A saúde foi o setor que mais investimos no governo, seja pagando débitos passados ou investindo em melhorias e contratações. Já são quatro mil novos servidores, várias unidades reformadas, centenas de leitos a mais. Mas este é um trabalho permanente, feito pouco a pouco, e que vai merecer ainda mais investimentos, principalmente nas equipes do Saúde da Família e nas Unidades Básicas de Saúde [UBS], para desafogar as emergências de hospitais e UPAs. Ainda há muita gente que tem uma dor de cabeça e não procura uma UBS, vai direto para um hospital. Mas há muito mais a ser feito; eu não vou desistir de oferecer uma saúde pública de qualidade para nosso povo.

Pensando hoje, quais seriam três grandes obras capazes de impulsionar o desenvolvimento da cidade e que o senhor espera deixar como legado desses quatro anos de governo?

Estamos trabalhando em grandes projetos, inclusive em parcerias público-privadas, como a Avenida das Cidades, que vai começar ali na altura do Setor Policial Sul, até Samambaia, passando por várias regiões, aproveitando o leito onde hoje está o linhão de Furnas. Só na obra devemos gerar mais de 80 mil empregos, além de criar um corredor de desenvolvimento extraordinário para o DF. Outro projeto que vai dar frutos rapidamente são as Áreas de Desenvolvimento Econômico [ADE], que estão recebendo investimentos de mais de R$ 200 milhões em obras de infraestrutura para que possam abrigar empresas de grande porte, que mudem a realidade econômica do DF. Muitas empresas já estão chegando, inclusive uma montadora de carros e centros de distribuição de grandes atacadistas. Mais difícil e desafiador será transformar o imenso descampado localizado atrás da Rodoferroviária numa extensão do Eixo Monumental, criando novas áreas para lazer, moradia e comércio e expandindo a cidade de forma organizada. Mas há muito mais a ser feito para melhorar o trânsito, como os viadutos do Sudoeste, de Itapoã-Paranoá, que será uma obra lindíssima, e do Riacho Fundo, melhorar a saúde e a educação, além de investir em uma segurança pública ainda mais inteligente e preventiva, com a instalação de câmeras, formando uma espécie de cerco eletrônico.

Desde os primeiros meses foi possível colher resultados positivos da implementação da gestão compartilhada em escolas públicas. Qual é o balanço que o senhor faz sobre este projeto, que é um dos principais da sua gestão?

O projeto é amplamente vitorioso. Você notou que praticamente não há mais oposição? Em qualquer lugar que eu vá, recebo o pedido de aumentar o número de escolas compartilhadas, que agora serão parte de um projeto nacional. Em todas as escolas que adotaram este regime o índice de violência e instabilidade caiu na mesma proporção em que subiram os índices de aproveitamento escolar. É importante dizer que este é um dos modelos de educação pública, e que sempre haverá opções para quem preferir outro. Não estamos impondo nada, apenas oferecendo uma opção diferente para pais e alunos que procurem um ambiente mais disciplinado.

O senhor conseguiu reduzir em meio ponto percentual as alíquotas do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no primeiro ano de mandato e quanto ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU), há alguma previsão? Se sim, de quanto será a redução?

Esta foi uma promessa que eu fiz e que estou cumprindo. O objetivo é reduzir ao máximo os impostos para que a gente possa impulsionar a economia, desonerando o cidadão. Já tínhamos reduzido o ITBI e outros impostos num trabalho que não vai parar. Será uma ação permanente de revisão de tributos e nosso próximo alvo é exatamente o IPTU, mas ainda não podemos fazer previsões sobre o total da redução, o que depende dos cálculos que os técnicos da Secretaria de Economia estão fazendo, já que é uma ação que exige muita responsabilidade.

O Distrito Federal tem uma grande força e apoio no funcionalismo público. Por outro lado, são necessárias medidas para diversificar a economia e renda. O Desenvolve-DF e as Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADE) são as principais apostas nesse sentido? Como atrair mais empresas e indústrias para o DF. O que será feito nesse sentido no próximo ano?

O DF já é uma região metropolitana, é a terceira maior conurbação do país, ou seja, deixou de ser dependente do funcionalismo há muito tempo e precisa diversificar sua economia, o que não é fácil por causa da pequena extensão territorial. Mas nós temos nossos atrativos e precisamos aproveitá-los. A localização privilegiada nos dá uma grande vantagem na logística de distribuição para a América Latina, temos sede de mais de 100 embaixadas e organismos internacionais que facilitam negócios com o exterior, temos uma qualidade de vida excelente, ou seja, tudo para atrair empresas e empreender. O que estamos fazendo é deixar essas qualidades ainda melhores, oferecendo segurança jurídica aos empresários, mostrando que aqui os contratos são cumpridos, que o governo é um parceiro. Os contatos que fizemos vão gerar frutos a partir de 2020, mas é o início de um trabalho que vai mudar a matriz econômica do DF para sempre.

Como está a questão do reajuste dos servidores para o próximo ano. O que será possível conceder em termos de benefício?

Primeiro, eu gostaria de agradecer aos servidores públicos por todo o trabalho que estamos desenvolvendo. Sem o empenho do servidor, nada do que está sendo feito seria possível. Todos estão acompanhando de perto o esforço que está sendo feito para melhorar o caixa do GDF e vamos negociar com as categorias com as cartas abertas. Temos que resolver a questão da terceira parcela, é uma responsabilidade que assumimos, mas tudo será feito com transparência e responsabilidade.

O GDF Presente é o governo em sua essência, resolvendo demandas emergenciais da comunidade como pintura de meio-fio, tapa-buraco e poda de árvores. Nesse sentido, de proximidade do cidadão, o que o governo espera para 2020. Ampliar o programa? Interligar as regiões administrativas? O que terá de novidade?

O programa ainda é recente, mas os resultados podem ser sentidos, principalmente nessa época de temporais e ventos fortes. Com a instalação de oito polos avançados de serviços, o atendimento é muito mais rápido. Num dos primeiros temporais, por exemplo, a W3 Norte ficou cheia de água na altura da 10/11 e, logo em seguida, a equipe da Novacap foi para o local e limpou tudo teve dezenas de árvores arrancadas, que ficaram caídas sobre as ruas, mas prontamente as equipes foram acionadas e resolveram o problema de forma emergencial. Também fomos bem com a operação tapa-buracos, que atende muito mais prontamente ao cidadão. O próximo passo é deixar o GDF Presente nas mãos do cidadão; por meio de um aplicativo de celular será ele a pedir o reparo ou uma poda, de forma direta. Vai tirar uma foto, que será georreferenciada, e enviar para uma central, para que o serviço seja feito o mais rapidamente possível. No final do processo, o cidadão recebe uma foto de volta mostrando o serviço feito.

Muitas áreas precisavam de reparos, entre elas o patrimônio e o bem público. O GDF está reformando as tesourinhas, iniciou a revitalização da W3, entregou o viaduto da Galeria dos Estados entre outros. O que podemos esperar mais nessa questão no zelo com a cidade?

Estamos num trabalho permanente de recuperação da cidade. Os viadutos já estão sendo revitalizados, inclusive na parte estrutural, para que a gente não tenha problemas como aconteceu no Eixão Sul, mas vamos além disso, entregando o Eixão inteiramente recuperado, melhorando as principais vias e também os monumentos da capital, como o Teatro Nacional, que vamos começar a reformar, o Museu de Arte, que já está em recuperação, e outros espaços, buscando parcerias com o governo federal, empresas e entidades empresariais. O objetivo é renovar o Distrito Federal.

O GDF vai ocupar o Centrad [Centro Administrativo], possui um grande projeto para a Avenida Hélio Prates, tem projeto de túnel em Taguatinga e vai entregar o viaduto na mesma região administrativa. Na sua gestão, a cidade vai passar por uma transformação na mobilidade e econômica. Poderia listar as grandes ações previstas para Taguatinga?

Taguatinga, aliás, toda a região – incluindo Ceilândia, Samambaia e Sol Nascente/Pôr do Sol –, não recebia investimentos significativos há muito tempo. Vamos inverter essa lógica. A ocupação do Centrad, que será feita a partir dos primeiros meses de 2020, vai transformar aquela região no que ela sempre mereceu ser, porque ali está o maior número de habitantes do DF. A presença dos órgãos de governo no local vai servir de indutor de desenvolvimento. Também faremos essas grandes intervenções viárias para acabar com o engarrafamento no centro de Taguatinga, criando uma área que vai dar orgulho aos moradores, servindo para impulsionar o comércio. Tenho certeza que teremos uma nova cidade a partir dessas obras.

O governo tem investido em parcerias público-privadas para gerenciar espaços públicos da capital. Quais são as prioridades de PPP para 2020? Financeiramente, quais os impactos de priorizar as parcerias aos cofres públicos?

Nós temos pelo menos sete grandes projetos de parcerias público-privadas prontos para serem implementados a partir de 2020. São investimentos vultosos que certamente vão impulsionar a economia como um todo, a partir das obras de implantação do grande boulevard da Arena. O estado não tem dinheiro para investir em obras como uma Avenida das Cidades, por exemplo, que deve custar em torno de R$ 8 bilhões; daí, a necessidade de buscar financiamento de grandes investidores, deixando os cofres do GDF para pagar as prioridades, que são saúde, educação e segurança.

Os índices criminais, de modo geral, tiveram redução significativa neste ano. A exceção é em relação ao feminicídio. De que forma o governo pensa em combater esse tipo de crime?

O trabalho da Secretaria de Segurança merece toda nossa admiração. O secretário Anderson Torres conseguiu colocar todas as forças no combate à criminalidade e os resultados foram espetaculares. Isso vai melhorar ainda mais com os investimentos que estamos fazendo em inteligência, instalando e interligando câmeras, reforçando o policiamento em áreas vulneráveis e iluminando melhor os pontos mais perigosos. Quanto ao feminicídio, é o tipo de delito que exige a participação de toda a sociedade, porque normalmente é um crime que acontece dentro dos lares. Fizemos campanhas incentivando delações dos amigos e vizinhos que vêm alguma coisa de errado com algum casal, mostrando a covardia das situações; neste caso a polícia precisa de ajuda para prevenir. Para 2020 queremos ter funcionando o botão do pânico, para que as mulheres tenham uma proteção mais efetiva no caso de agressão.

Cidades como Barcelona, Paris, Roma e Lisboa têm o turismo estruturado na valorização do Patrimônio Histórico, museus e atividades culturais. Brasília, prestes a completar 60 anos, tem grande potencial no setor. Qual a política de governo que agregue educação patrimonial voltada para o turismo?

Estamos encarando a cultura como negócio. É por isso que estamos nos aproximando das empresas de aviação, para trazer mais voos internacionais chegando e saindo de Brasília; estamos em contato com os estados da região, para ampliar a oferta de atrações para que o turista fique mais tempo; estamos recuperando espaços público para preservar o encantamento que a nossa capital provoca nos visitantes; e buscando sempre novidades. Uma dessas é o Museu do Futuro, que a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) está trazendo para a nossa capital. É um investimento muito alto, mas o retorno também será grande. E vamos investir cada vez mais no turismo cívico; a cerimônia da troca da bandeira já virou um grande evento mensal, vamos ampliá-lo, melhorá-lo, fazer dele uma celebração ao nosso país.

O que a população pode esperar de 2020?

Muito mais trabalho e realizações. Agora teremos o orçamento que foi planejado de acordo com as nossas necessidades, já temos projetos para obras e ações – em janeiro mesmo vamos lançar uma série de licitações – e a cidade vai ser surpreendida. Vamos concluir as obras de Vicente Pires, que causaram tanta comoção, resolvendo definitivamente o problema da cidade, que também está sendo regularizada, vamos concluir a infraestrutura do Sol Nascente/Pôr do Sol, entregar milhares de moradias, construir seis novos restaurantes comunitários, abrir mais sete UPAs. Teremos obras em todas as regiões do DF. Muitas obras.

Maio Laranja

Sejus-DF intensifica combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes

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Maio Laranja Sejus-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Com um esforço contínuo na promoção de políticas públicas de proteção, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realiza, ao longo de maio, uma série de ações da campanha Maio Laranja, dedicada ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades são conduzidas pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), e abrangem escolas, espaços públicos e equipamentos da rede de proteção social do DF.

Um dos principais eventos da programação é o encontro “Proteger é nosso dever: Cuidar, nossa missão”, que será realizado no dia 22, às 18h30, no Cine Brasília, com a expectativa de reunir mais de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros tutelares, profissionais da rede e representantes da sociedade civil. Na ocasião, será exibido o premiado longa-metragem “Manas”, da cineasta Marianna Brennand. O filme aborda de forma sensível e impactante a realidade de meninas em situação de vulnerabilidade social no agreste pernambucano, com foco em temas como violência, sororidade e resistência. Após a sessão, haverá um cine-debate com a presença da diretora e mediação da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A campanha Maio Laranja também prevê a realização ao longo do mês de palestras educativas, promovidas pelo Centro Integrado 18 de Maio – unidade referência no atendimento às vítimas de violência sexual infantojuvenil, vinculada à Sejus. As atividades acontecerão em 12 escolas de diversas regiões administrativas do DF, com o objetivo de orientar estudantes, professores e famílias sobre os sinais da violência e os caminhos de denúncia e acolhimento.

Mobilização nas ruas reforça a conscientização

No dia 15 de maio, será realizado o Dia D de combate ao abuso sexual infantojuvenil, com ações intensificadas em todo o DF, incluindo blitze educativas em pontos estratégicos e no posto da PRF em Santa Maria, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Por todo o mês de maio, outras abordagens também estão previstas nas ruas para reforçar a divulgação dos canais de denúncia e dos serviços oferecidos pela Sejus.

“A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas mais cruéis de violação de direitos, e precisamos enfrentá-la com firmeza e empatia. O Maio Laranja é um momento de intensificarmos esse combate, mas esse é um trabalho que realizamos o ano inteiro. Proteger a infância é responsabilidade de todos”, afirma a secretária Marcela Passamani.

Proteção integral como política permanente

A atuação da Sejus em defesa dos direitos da infância vai além da campanha Maio Laranja. O Centro Integrado 18 de Maio, localizado na Asa Sul, na SQS 307, é um dos pilares dessa política. No local, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual recebem atendimento humanizado, com escuta especializada, apoio psicológico, social e orientação jurídica, sempre com foco na redução de danos e na proteção integral.

Outro instrumento essencial é o Cisdeca – Canal de Comunicação e Apoio ao Sistema de Garantia de Direitos –, que atua como elo entre os conselhos tutelares, o Ministério Público, o Judiciário e os serviços públicos. O contato pode ser feito em qualquer dia e horário pelo telefone 125, de forma gratuita.

A Sejus também investe na capacitação permanente de conselheiros tutelares e demais profissionais da rede, garantindo preparo técnico e suporte institucional para atuar em situações de risco. Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares, cuja gestão administrativa é de responsabilidade da Secretaria.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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