Previdência Social
Hérnia de disco lidera causa de afastamento do trabalho no Brasil
A hérnia de disco foi a principal razão para o afastamento de trabalhadores do mercado de trabalho em 2023. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Previdência Social, cerca de 51,4 mil brasileiros foram afastados durante o ano devido a essa condição médica. Esse benefício é concedido pelo INSS quando o trabalhador precisa ficar afastado do serviço por mais de 15 dias por motivo de doença, e a duração do afastamento varia de acordo com a situação.
O Dr. Nilo Carrijo Melo, especialista em coluna do Grupo Spine explica que a hérnia de disco é uma condição médica que ocorre quando o núcleo interno de um disco vertebral se projeta para além de sua posição normal, levando a dores, desconforto e, em casos mais graves, a compressão dos nervos adjacentes. “Os sintomas variam, mas comumente incluem dor nas costas que pode irradiar para os membros inferiores, sensação de dormência, formigamento ou fraqueza em uma ou ambas as pernas”, destaca Nilo.
A hérnia de disco é uma condição dolorosa e limitante, impactando severamente as atividades diárias, e, consequentemente, o desempenho profissional. Diversos fatores contribuem para a manifestação dos sintomas da hérnia de disco no ambiente de trabalho. “Longas horas em frente ao computador somadas à postura inadequada, especialmente se associada a cadeiras desconfortáveis ou mesas mal ajustadas, podem colocar uma pressão excessiva na coluna vertebral, aumentando o risco de lesões”, aponta o especialista.
Uma grande vilã para a integridade dos discos vertebrais é a execução de movimentos que exijam flexão e/ou rotação repetida do tronco, principalmente quando se faz isso levantando pesos. “Além disso, a falta de pausas para o descanso, o levantamento de objetos pesados sem a devida técnica e a pressão constante sobre a coluna vertebral durante atividades laborais podem desencadear ou agravar a condição”, completa.
O especialista afirma que a melhor medida preventiva contra a hérnia de disco é a boa postura. “Manter uma postura correta ao sentar-se é fundamental. Para ajudar, o trabalhador pode utilizar cadeiras ergonômicas e ajustar a altura das mesas. Incorporar pausas curtas e realizar exercícios de alongamento durante o expediente também são ótimas estratégias para aliviar a pressão na coluna e melhorar a circulação sanguínea”. Para aqueles que trabalham com levantamento de cargas, o ideal é que tenha um treinamento prévio, com instruções sobre técnicas adequadas para levantar objetos pesados.
Atualizado em 28/01/2024 – 08:06.
Causas e sintomas
Por dentro do AVC: uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Até agosto deste ano, conforme os dados dos registros de atestados de óbito, 50.133 brasileiros faleceram em decorrência do problema no país. O dia de conscientização sobre o tema, celebrado em 29 de outubro, reforça a importância das discussões em torno do assunto.
De acordo com o médico neurologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Rodrigo Antônio Fernandes Costa, os AVCs podem ser classificados em duas categorias principais: o isquêmico e o hemorrágico. O AVC isquêmico é causado pela obstrução de uma artéria, levando à morte de parte do tecido cerebral.
“Esse tipo de AVC está frequentemente relacionado a condições como hipertensão, diabetes e colesterol elevado. Pacientes que controlam adequadamente suas doenças crônicas têm um risco significativamente menor de sofrer um AVC”, revela o neurologista.
Já o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, provocando sangramento no interior do cérebro. Esse tipo de AVC também pode ser desencadeado por fatores como hipertensão não controlada, aneurismas e malformações arteriovenosas.
Sintomas
Os sintomas do AVC podem variar, mas geralmente incluem perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar, tontura e confusão mental. No caso do AVC hemorrágico, a dor de cabeça intensa e de início súbito é um sinal de alerta.
O médico enfatiza a importância de reconhecer esses sinais precocemente, pois a rapidez no atendimento pode fazer a diferença no tratamento, especialmente nas primeiras horas após o início dos sintomas. “Caso alguém apresente esses incômodos, deve ser encaminhado com urgência ao hospital. O atendimento imediato pode ser decisivo para a recuperação e para a minimização de sequelas”, alerta Costa.
“Na Hapvida NotreDame Intermédica, estamos comprometidos com a excelência da assistência emergencial. Nossos atendimentos seguem rigorosos protocolos, garantindo agilidade e segurança aos nossos pacientes. Nossas equipes estão sempre preparadas para oferecer o melhor cuidado, priorizando a saúde e o bem-estar de norte a sul do Brasil”, afirma Denise Cordeiro, diretora médica corporativa da companhia.
Prevenção
A prevenção do AVC está diretamente ligada ao controle dos fatores de risco. De acordo com o neurologista, consultas médicas regulares são essenciais para monitorar condições como hipertensão e diabetes. Além disso, manter um estilo de vida saudável, que inclua atividade física regular e uma alimentação equilibrada, é fundamental.
“O AVC pode deixar sequelas permanentes. A melhor maneira de combatê-lo é por meio da prevenção. Adotar hábitos saudáveis é essencial para a saúde cerebral”, afirma Costa. “Compreender a gravidade dessa condição e agir de forma proativa pode salvar vidas”, conclui o médico.
Atualizado em 01/11/2024 – 20:18.
Dr. Bruno Lopes
Infecções ortopédicas: entenda causas, prevenção e tratamentos
Após uma queda em junho de 2022, Lúcia Helena Marcellino, de 69 anos, iniciou uma longa jornada de tratamento após sofrer fraturas graves na tíbia, fíbula e joelho. Transferida da Bahia para Brasília, ela passou por diversas cirurgias, incluindo a colocação de placas e, posteriormente, o uso do fixador Ilizarov, devido a uma necrose óssea. Desde então, enfrentou infecções constantes e tratamentos intensivos, como o uso de antibióticos, sessões na câmara hiperbárica e múltiplos procedimentos para conter a osteomielite.
Em outubro de 2023, após a consolidação da tíbia, o Ilizarov foi finalmente removido, mas a infecção óssea continuava a ser um desafio. Em 2024, Lúcia passou por novas cirurgias, incluindo enxertos no joelho, e manteve o uso de antibióticos por três meses. Desde julho, parou de sentir dores, embora ainda enfrente inchaço e uma diferença de temperatura entre as pernas, além de caminhar com bengala e realizar musculação para recuperação.
Apesar de dois anos e quatro meses de luta, Lúcia celebra a ausência de dor e o progresso, embora ainda aguarde novos exames para monitorar sua condição. “Foi um caminho árduo, mas estou avançando”, reflete, destacando o impacto emocional e físico de seu longo tratamento e o alívio por estar sem dores.
O que são infecções ortopédicas?
Médico de Marcellino, o ortopedista e especialista em restauração e alongamento ósseo do Grupo RegenBone, Bruno Lopes, explica que essas infecções afetam os ossos, articulações e tecidos moles, sendo comumente identificadas como osteomielite (infecção óssea), artrite séptica (infecção articular) ou infecções em próteses. Lopes reforça que elas são um problema sério e, se não tratadas adequadamente, podem comprometer gravemente a mobilidade e a qualidade de vida do paciente.
De acordo com ele, essas infecções podem causar dor intensa, inchaço e, em casos graves, perda da função da área afetada. Mas como acontecem? Segundo o médico, elas ocorrem quando bactérias ou outros microrganismos invadem o corpo, seja por fraturas expostas, feridas abertas ou até durante procedimentos cirúrgicos e precisam muito de cuidado e atenção.
Lopes destaca que os principais fatores de risco incluem a presença de próteses ou dispositivos implantáveis, doenças crônicas como diabetes, um sistema imunológico enfraquecido e condições que comprometem a circulação sanguínea. Além disso, infecções podem se espalhar de outras áreas do corpo por meio da corrente sanguínea.
Há como prevenir? O ortopedista afirma que sim. “A prevenção dessas infecções começa com uma boa higiene, principalmente em áreas que passaram por cirurgias ou estão expostas devido a lesões”, relata. Dr Bruno reforça que é fundamental seguir todas as recomendações médicas, incluindo o uso de antibióticos profiláticos quando prescritos, além de evitar atividades que possam lesionar a área afetada.
Essas infecções podem ser tratadas?
O tratamento para infecções ortopédicas geralmente inclui o uso de antibióticos, drenagem de abscessos e, em casos graves, a realização de cirurgias para remover tecidos infectados ou substituir próteses comprometidas. “O tipo de antibiótico e a duração do tratamento vão depender do tipo de microrganismo envolvido e da gravidade da infecção”, explica o especialista, ressaltando que o acompanhamento médico é essencial para garantir a cura completa.
Mas os cuidados devem seguir no pós procedimento também. O médico, do Grupo RegenBone, orienta que os pacientes mantenham vigilância cuidadosa sobre a área tratada, observando sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço ou secreção. “Manter a higiene adequada e seguir rigorosamente as orientações médicas, incluindo o uso correto de medicamentos, é crucial para evitar complicações”, destaca.
O médico acrescenta que a educação dos pacientes sobre os sinais de infecções e a importância do acompanhamento médico contínuo pode melhorar significativamente os resultados do tratamento. “Prevenção e monitoramento são fundamentais para detectar problemas precocemente e garantir um tratamento bem-sucedido”, conclui.
Atualizado em 01/11/2024 – 19:30.
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