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“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”

Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue

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Hemocentro
Foto/Imagem: André Borges/Agência Brasília


A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.

Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.

As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.

A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.

Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.

Estoques de sangue e tipos prioritários

O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.

Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

Dezembro Vermelho

Pré-natal do parceiro é essencial para a prevenção de ISTs na gestação

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Pré-natal homem parceiro gravidez
Foto/Imagem: Freepik

O Dezembro Vermelho é uma importante campanha nacional de mobilização na luta contra o HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Neste contexto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca que a transmissão do HIV e de outras ISTs pode ocorrer de mãe para filho, durante a gestação, no parto ou até mesmo durante a amamentação.

O Dr. Régis Kreitchmann, membro da Comissão Especializada em Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, explica que durante a gravidez o risco de contágio pelo HIV é ainda mais grave devido à vulnerabilidade imunológica da gestante, que está mais propensa a infecções. “É um período em que é fundamental proteger a gestante de maneira rigorosa, seja com o uso de preservativos ou com medicamentos preventivos”, afirma. Ele destaca o crescente uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), um medicamento utilizado para prevenir a infecção antes da exposição ao HIV, e a profilaxia pós-exposição (PEP), que pode ser usada em casos de violência sexual para evitar a transmissão.

O médico enfatiza a importância da realização de exames do parceiro quando há intenção do casal em engravidar e durante o pré-natal também. “O pré-natal do parceiro é fundamental, pois, se ele for soropositivo, podemos torná-lo indetectável, o que impede a transmissão para a gestante. O primeiro passo é evitar que a gestante seja exposta ao vírus, o que é essencial para a segurança dela e do bebê”, alerta.

Durante todo o pré-natal, os obstetras preparam as gestantes para a decisão sobre a amamentação. Embora a amamentação seja extremamente importante para a maioria das mães, representa um risco maior de transmissão do HIV, especialmente se a gestante se infectar durante o período de lactação. O Ministério da Saúde tem trabalhado nessa linha, reforçando a necessidade de proteger o bebê e evitando qualquer risco à sua saúde, especialmente após o sucesso do tratamento antirretroviral que visa reduzir a carga viral a níveis indetectáveis.

“Ainda que existam estudos que mostram taxas de transmissão mais baixas em gestantes com carga viral suprimida, o aleitamento materno continua sendo uma prática arriscada para mães com HIV. No Brasil e em muitos outros países, a recomendação predominante é o aleitamento artificial, utilizando leite em pó e água de boa qualidade. O aleitamento materno, para gestantes com HIV, pode comprometer a proteção que foi alcançada por meio do tratamento antirretroviral”, ressalta o médico.

Em casos muito selecionados, em que a gestante está com a carga viral indetectável há um longo período e a condição clínica é estável, a amamentação pode ser pontualmente considerada, mas essas situações são raras e precisam ser analisadas de forma individual. No entanto, de forma geral, a recomendação atual, conforme os protocolos brasileiros, é não amamentar, priorizando a segurança do bebê com a alternativa do aleitamento artificial.

A gestante com HIV pode ter um parto natural?

O especialista explica que gestantes que seguem o pré-natal especializado e realizam os exames necessários, incluindo o monitoramento da carga viral, têm grandes chances de ter uma gestação segura. A carga viral é monitorada, especialmente entre 34 e 35 semanas, para definir a melhor abordagem para o parto. Caso a gestante tenha uma carga viral abaixo de mil cópias, ela pode optar por um parto vaginal, sem risco de transmissão do HIV. A grande maioria das gestantes em tratamento antirretroviral durante a gestação alcançam uma carga viral indetectável, o que possibilita um parto normal sem complicações.

“Vale ressaltar que para as gestantes que não iniciaram o tratamento de forma adequada ou no tempo correto, a carga viral pode ser superior a mil cópias. Nesse caso, a cesariana é indicada para prevenir a transmissão do HIV ao bebê. A cesárea é agendada de forma controlada, e, nesse cenário, a gestante recebe medicação injetável (AZT) antes do parto, enquanto o bebê também faz uso de medicamentos após o nascimento”, pontuou o Dr. Kreitchmann.

Após o nascimento, os médicos realizam a avaliação da carga viral do bebê nas primeiras 24 horas de vida. Em seguida, o exame é repetido aos 1 e 4 meses de idade. Se todos os exames deram resultado negativo, o bebê é considerado livre do HIV.

É seguro usar a PrEP na gestação?

“É fundamental que as pessoas saibam que existe a possibilidade de utilizar a PrEP durante a gestação e o aleitamento. Os antivirais usados na PrEP são absolutamente seguros para a gestante, pois envolvem dois medicamentos que também fazem parte do tratamento contra o HIV. Eles são eficazes e altamente protetores. Quando usados corretamente, a PrEP oferece mais de 90% de proteção, o que equivale a uma eficácia semelhante à de uma vacina. Para garantir essa proteção, é essencial que a gestante siga rigorosamente o esquema de doses, tomando todas ou a maioria das doses recomendadas”, enfatizou o ginecologista.

A PrEP é particularmente importante em situações de risco, como quando a gestante tem um parceiro HIV positivo ou se encontra em contextos de maior vulnerabilidade. Nessas situações, a paciente deve ser considerada uma candidata à PrEP, e qualquer profissional de saúde pode, e deve, prescrever a medicação, garantindo uma proteção eficaz durante a gestação e o aleitamento.

Rede de apoio à gestante

Para gestantes que não se sentem à vontade para discutir o assunto com seus familiares, é importante buscar apoio em outros profissionais e organizações, como ONGs, que oferecem um espaço seguro para conhecer pessoas que estão enfrentando a mesma situação. A luta contra o HIV vai além das estatísticas e exige um suporte contínuo. Organizações como o Projeto Criança Aids desempenham um papel fundamental no apoio a famílias impactadas pelo HIV/AIDS, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social. A presidente do Projeto Criança Aids, Adriana Galvão Ferrazini, ressalta a persistência dos desafios globais relacionados ao HIV/AIDS, enfatizando a importância do apoio comunitário e institucional para combater esses obstáculos.

“Nossa casa é um espaço de pertencimento para essas pessoas, que enfrentam não apenas os desafios da doença, mas também a carga adicional do estigma. Nosso time acolhe, oferece suporte e acompanha o desenvolvimento dessas crianças e suas famílias. Não apenas na adesão ao tratamento com antirretrovirais, mas também no apoio e aceitação do diagnóstico, além de enfrentar a culpa que algumas mães carregam pela transmissão vertical da infecção aos filhos. Nosso compromisso vai além, ajudando, quando solicitado, na delicada revelação do diagnóstico para essas crianças e adolescentes”, destaca Ferrazini.

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118 mil casos por ano

Câncer de pele não melanoma afeta mais as mulheres, diz Inca

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Câncer de pele não melanoma
Foto/Imagem: Freepik

O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: o não melanoma e o melanoma. O primeiro é mais frequente e menos agressivo do que o outro, e manifesta-se como uma lesão parecida com uma ferida, uma espinha, ou uma verruga, principalmente nas áreas expostas ao sol em pessoas idosas. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pele não melanoma afeta mais mulheres, com cerca de 118.570 casos por ano, em comparação com os homens, que correspondem a 101.920 casos anuais.

Uma explicação para a maior incidência de câncer de pele não melanoma em mulheres é que mulheres costumam ir mais ao médico do que homens, possibilitando o diagnóstico mais frequente e mais precoce. Os cânceres de pele são causados, principalmente, pela exposição crônica à radiação ultravioleta emitida pelo sol, que tem efeito cumulativo na pele e vai provocando danos no DNA das células. Portanto, pessoas acima de 60 anos, que tomaram muito sol ao longo dos anos, têm um risco aumentado de desenvolver a doença.

Segundo o Dr. Denis Ricardo Miyashiro, dermatologista associado ao centro de Oncologia do Hcor, mulheres tendem a se expor mais à radiação ultravioleta em câmaras de bronzeamento artificial. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de equipamentos de bronzeamento artificial devido ao aumento no risco de queimaduras, envelhecimento precoce e desenvolvimento de câncer de pele”, explica o especialista.

Ao considerar que o maior número de pacientes com câncer de pele faz parte da população acima dos 60 anos, é necessário se preparar para dar atenção a um número crescente de indivíduos por causa do envelhecimento populacional, incluindo orientações quanto a cuidados preventivos, diagnóstico precoce e tratamento especializado. “O risco de câncer de pele vai aumentando com a idade, mas existem alguns outros fatores relacionados ao surgimento da doença, além da radiação ultravioleta, como exposição a algumas substâncias químicas e imunossupressão causada por algumas doenças ou medicamentos.”

Ainda de acordo com o Dr. Denis, quando detectados precocemente, tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma são curáveis. Por isso, as medidas de prevenção e o acompanhamento dermatológico são fundamentais para a detecção precoce, quando há maiores chances de cura. O uso regular de protetores solares e proteção física (roupas, bonés, chapéus, viseiras) são as principais medidas para prevenir a doença.

“Também é importante se atentar para os horários de exposição ao sol, evitando entre 9 e 15 horas. Reaplicar o protetor solar periodicamente a cada 2-3 horas, especialmente se entrar no mar ou piscina, e se houver muita sudorese, principalmente após a prática de atividades físicas ao ar livre. Estas medidas devem ser adotadas mesmo em dias nublados”, finaliza o médico.

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