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Point of Care

GDF adquire equipamentos para diagnósticos mais rápidos de dengue

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Dengue DF
Foto/Imagem: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), adquiriu 185 Point of Care, um equipamento que realiza exames mais rápidos para diagnóstico de dengue.

A compra dos equipamentos é, segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, estratégica para suprir um gargalo identificado no atendimento de pacientes com a doença. Atualmente, as amostras de sangue colhidas nas unidades básicas de saúde (UBSs) ou nas tendas de acolhimento precisam ser levadas ao hospital, pelos próprios servidores. Os resultados levam, em média, de 3 horas a 4 horas para saírem.

“O aparelho traz celeridade ao diagnóstico de gravidade do paciente e da condução do caso. Por meio do resultado, é possível identificar se a pessoa precisa de remoção, se já está com grande hemoconcentração ou com queda de plaquetas. Ele facilitará o cuidado e o plano terapêutico”, detalhou Lucilene Florêncio.

Portátil, o Point of Care permite que exames e resultados ocorram no mesmo local de atendimento – UBS ou tenda -, com diagnóstico pronto em aproximadamente 30 minutos.

Estabilidade dos casos

Além da compra dos novos equipamentos, a secretária de Saúde explicou que o atual cenário epidemiológico indica uma estabilidade nos casos de dengue no DF. Segundo a gestora, há duas semanas foi observada a constância nos registros de ocorrências, cerca de 14 mil. Por dia, a média de atendimentos de pacientes com dengue está em 4 mil.

“Temos visto uma estabilidade, com tendência à queda. É importante salientar que o nosso pico de registro de casos foi na última semana de janeiro. A partir daí, notamos uma constância. Nesta última semana, vimos uma tendência à queda”, destacou.

Neste ano, a gravidade e o aumento dos casos observados decorreu por diversos fatores, entre eles a circulação de outro sorotipo (DENV-2), que atingiu uma população mais suscetível. Entre os óbitos, a pasta analisou que mais de 80% dos casos investigados ocorreram em pessoas com comorbidades, como hipertensos e diabéticos, e acima de 60 anos.

“A população do DF entrou em contato com esse sorotipo há dez anos, então não tínhamos uma memória imunológica. Assim, o sorotipo circula e encontra uma população mais suscetível”, esclareceu a secretária. “É um sorotipo que apresenta maior agressividade, capaz de levar a formas graves da doença”, acrescentou.

Influenza A

Brasil tem aumento de hospitalizações por gripe, alerta Fiocruz

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Ao Vivo de Brasília
Vacina gripe SUS
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

No Brasil, 13 estados e o Distrito Federal estão em nível de alerta, de risco ou de alto risco para a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesses locais, a tendência é de crescimento dos casos, considerando o que foi observado nas últimas seis semanas. Em todo o país, houve ainda o aumento das hospitalizações por influenza A, que é o vírus da gripe.

As informações são do último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (25). A análise refere-se ao período de 13 a 19 de abril.

De acordo com o boletim, os estados com as maiores incidências de SRAG são Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

A alta geral de casos de SRAG, segundo o boletim, tem sido alavancada, principalmente, pelo o aumento das hospitalizações de crianças pequenas por conta do vírus sincicial respiratório (VSR) e, em menor volume, de crianças mais velhas e adolescentes até 14 anos com rinovírus.

O boletim também chama atenção para o aumento das hospitalizações por influenza A no agregado nacional. O estado do Mato Grosso do Sul apresenta um cenário mais crítico, com incidência muito alta de hospitalizações pela doença.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG viral foi de 56,9% de vírus sincicial respiratório, 25,5% de Rinovírus, 15,7% de Influenza A, 3,9% de SARS-CoV-2 (covid-19) e 1% de influenza B.

Entre as mortes registradas com testes positivos para as doenças respiratórias, 35,7% estavam com SARS-CoV-2 (covid-19), 30,4% com Influenza A, 16,1% com Rinovírus, 10,1% com vírus sincicial respiratório e 3,6%, Influenza B.

Orientações

A pesquisadora do Programa de Processamento Científico da Fiocruz e do InfoGripe Tatiana Portella ressalta que esse cenário serve como alerta para que a população intensifique as medidas de prevenção, combatendo o aumento de casos graves por alguns vírus de transmissão respiratória.

Portella reforça ainda a importância da vacinação contra a influenza e indica o uso de máscaras em locais fechados ou com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde onde a situação for mais preocupante.

Para quem apresentar sintomas de doenças respiratórias, a orientação é adotar a chamada etiqueta respiratória que inclui cobrir o nariz e a boca com lenços de papel ao tossir ou espirrar; evitar abraços, aperto de mão e beijos; não compartilhar copos, utensílios e toalhas; e, lavar as mãos com frequência.

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Rabdomiólise

Exercícios extremos podem causar falência renal, alerta nefrologista

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Ao Vivo de Brasília
Rabdomiólise
Foto/Imagem: Freepik

Um estudo de caso de falência renal após um treino intenso publicado na revista Medicine por médicos e pesquisadores da China reacendeu o alerta para os riscos associados à prática de exercícios físicos extremos. A condição conhecida como rabdomiólise induzida pelo exercício é rara, mas grave, e pode levar à necessidade de hemodiálise em casos mais severos.

A rabdomiólise ocorre quando há uma destruição excessiva das fibras musculares, levando à liberação de substâncias como mioglobina e creatina quinase (CPK) na corrente sanguínea. A mioglobina, em particular, é tóxica para os rins e pode causar lesão renal aguda.

“Quando o músculo sofre uma lesão intensa, ele libera proteínas que podem entupir os túbulos renais e causar um quadro grave de insuficiência renal”, explica a nefrologista Lectícia Jorge, diretora médica da Fresenius Medical Care. “Nos casos mais graves, é necessário recorrer à hemodiálise para substituir temporariamente a função dos rins.”

De acordo com a médica, a melhor forma de prevenir a rabdomiólise é respeitar os limites do corpo e manter uma hidratação adequada. “A hidratação vigorosa é uma das primeiras medidas adotadas quando há suspeita da condição, pois ajuda a diluir e eliminar a mioglobina do organismo, reduzindo o risco de dano renal”, afirma.

O uso indiscriminado de suplementos e esteroides anabolizantes também pode agravar o problema. “A creatina de boa procedência, por si só, não costuma causar dano renal, mas pode interferir na interpretação de exames. Já os anabolizantes, sim, têm potencial de afetar diretamente a função dos rins e devem ser evitados sem prescrição e acompanhamento médico”, alerta a nefrologista.

A médica reforça que o acompanhamento profissional durante os treinos é indispensável. “Exercício é saúde, mas deve ser feito com responsabilidade. O excesso pode trazer consequências sérias. Ter orientação médica e nutricional é fundamental para garantir a segurança”, destaca.

Sinais como dor muscular intensa, inchaço incomum, fraqueza extrema ou urina escura podem ser indicativos de rabdomiólise. “Se esses sintomas aparecerem, é fundamental procurar um médico imediatamente”, finaliza Lectícia Jorge.

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