Dr. Thiago Morbi
Febre Amarela: entenda os sintomas e transmissão para se proteger

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, até o dia 28 de janeiro o Estado de São Paulo registrou oito casos, com quatro mortes, por febre amarela em 2025. Ao longo de todo o ano passado foram dois casos da doença e apenas uma morte nos 645 municípios de São Paulo. Esse aumento reforça o alerta sobre a importância da prevenção, da importância da vacinação, especialmente em regiões próximas a áreas de mata em que a circulação do vírus é maior.
O infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Thiago Morbi, destaca que a conscientização da população para a vacinação é a principal ferramenta de combate à doença. “A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz, segura e proporciona proteção ao longo da vida com uma única dose. Pessoas não imunizadas devem procurar a vacinação o quanto antes, especialmente em épocas de maior transmissão e em áreas de risco”, explica Dr. Thiago.
Desde 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a dose única como suficiente para garantir imunidade vitalícia.
O que é a febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa, viral, transmitida pela picada de mosquitos infectados e categorizada por dois ciclos: no ciclo urbano, o vetor é o Aedes aegypti, enquanto no ciclo silvestre, mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus após picarem macacos infectados. Nesses casos, humanos não vacinados tornam-se hospedeiros acidentais ao entrarem em áreas de matas.
Os sintomas mais comuns são febre súbita, dores musculares, náuseas e dor de cabeça, mas podem evoluir para quadros graves, como insuficiência hepática, hemorragias e até falência de múltiplos órgãos. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 20% a 50% dos casos graves podem levar ao óbito. Não há um tratamento específico para a febre amarela, apenas o manejo dos sintomas e cuidados intensivos em casos mais sérios.
“A prevenção é crucial, e a vacinação é a medida mais eficiente. Para quem não pode se vacinar, como imunossuprimidos e gestantes, é indispensável o uso de repelentes, roupas de manga longa e mosquiteiros”, complementa o infectologista.
Vacinação é a chave
Desde 2018, a vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Brasil. Recentemente, o Governo de São Paulo intensificou campanhas de vacinação seletiva em áreas próximas a parques e regiões de mata, reforçando a busca ativa por não vacinados. Além disso, o Ministério da Saúde enviou 100 mil doses extras para o estado de São Paulo no início de janeiro, com o objetivo de evitar novos surtos e aumentar a cobertura vacinal em regiões vulneráveis.
A vacina deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, e é indicada a partir dos 9 meses de idade, sendo que pessoas com mais de 60 anos devem ser avaliadas previamente pelo médico especialista. “O imunizante oferece de 95% a 99% de proteção e é suficiente com apenas uma dose para garantir imunidade ao longo da vida”, conta o infectologista.
Além da vacinação
Além de garantir a imunização, a população pode adotar medidas simples para reduzir os criadouros de mosquitos, como eliminar recipientes com água parada e usar telas de proteção em janelas. O Dr. Thiago Morbi reforça a importância dessas ações: “a conscientização da comunidade é essencial para reduzir a proliferação de mosquitos e proteger a saúde coletiva contra a febre amarela e outras doenças transmitidas por vetores, como dengue e Zika vírus.”

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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