Farmacêutica Merck
Fabricante da ivermectina diz que seu vermífugo não funciona contra Covid-19

A farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da ivermectina, afirmou que não existem evidências sobre a eficácia do medicamento contra a Covid-19. A informação foi divulgada em um comunicado oficial.
Segundo a empresa, cientistas continuam a examinar as descobertas de todos os estudos disponíveis e emergentes sobre o efeito do remédio contra a doença causada pelo novo coronavírus, mas, até o momento, não há nenhuma base científica que aponte efeitos positivos em pacientes.
A ivermectina é um vermífugo usado para promover a eliminação de vários parasitas pelo corpo humano. É um medicamento aprovado para o tratamento da oncocercose, elefantíase, pediculose, ascaridíase e escabiose.

Science Direct
Estudo revela que vírus da Covid-19 é capaz de matar células do coração

Um novo estudo fornece evidências de que os danos ao coração de pessoas infectadas com o novo coronavírus são causados pela invasão e replicação do vírus SARS-CoV-2 dentro das células do músculo cardíaco, levando à morte celular e interferindo na contração do músculo cardíaco. Os resultados foram publicados na revista científica Science Direct.
Os cientistas realizaram autópsias em pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 e expuseram células-tronco cultivadas ao vírus, a fim de mostrar que o coronavírus pode infectar células do músculo cardíaco.
“No início da pandemia, tínhamos evidências de que este [novo] coronavírus pode causar insuficiência cardíaca ou lesão cardíaca em pessoas geralmente saudáveis, o que foi alarmante para a comunidade de cardiologia […]. Até mesmo alguns atletas universitários que foram liberados para voltar às competições de atletismo após a infecção por Covid-19 mostraram posteriormente cicatrizes no coração”, afirma em comunicado Kory Lavine, coautora do estudo.
Lavine acrescentou que há um debate contínuo sobre se o dano ao coração é causado pela infecção real do SARS-CoV-2 ou se decorre de uma resposta imune inflamatória desencadeada pelo vírus. Mas, de acordo com a cientista, este novo estudo deve encerrar o debate.
“Nosso estudo é único porque mostra definitivamente que, em pacientes com Covid-19 que desenvolveram insuficiência cardíaca, o vírus infecta o coração, especificamente as células do músculo cardíaco […]. A inflamação pode ser um segundo golpe além dos danos causados pelo vírus, mas a inflamação em si não é a causa inicial da lesão cardíaca”, comenta Lavine.
Parte do motivo pelo qual essas questões de causalidade em danos ao coração têm sido difíceis de responder é a dificuldade de estudar o tecido cardíaco de pacientes com Covid-19. Os pesquisadores foram capazes de validar suas descobertas estudando o tecido de quatro pacientes com Covid-19 que tiveram lesão cardíaca associada à infecção, mas mais pesquisas são necessárias.
Nature Communications
Cientistas revelam remédio que diminui 2 vezes risco de morte pelo coronavírus

Cientistas norte-americanos descobriram que o tratamento com estatinas para reduzir o nível do colesterol diminui significativamente o risco de morte pela Covid-19, segundo um estudo publicado na revista Nature Communications.
Os especialistas da Universidade Columbia, EUA, estudaram os dados de 2.626 pacientes com Covid-19, hospitalizados nas primeiras 18 semanas da pandemia, para analisar o impacto dos remédios tomados no tratamento da doença e risco de morte.
Entre os pacientes que tomaram remédios para diminuir o nível do colesterol a taxa de mortalidade durante 30 dias foi de 14,8%, enquanto mesma taxa entre os outros pacientes foi de 26,5%.
Corrigindo os dados tomando em consideração as diferenças demográficas, doenças colaterais e outros fatores, os cientistas concluíram que as estatinas diminuíram a mortalidade hospitalar em 50%.
Os pesquisadores destacaram que os remédios tomados não diminuíram o risco de tratamento em UTI ou a duração de estadia no hospital.