Março Amarelo
Especialistas alertam para diagnóstico precoce da endometriose

A endometriose é uma doença caracterizada pela proliferação de células do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora da cavidade uterina. Isso resulta em uma reação inflamatória crônica que pode acometer órgãos importantes, como intestino, bexiga e ovários. Na campanha Março Amarelo, especialistas conscientizam sobre a necessidade de consultas regulares ao ginecologista como forma de diagnóstico e tratamento precoce da doença. A endometriose atinge uma em cada dez mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Os principais sintomas de endometriose incluem cólicas menstruais de forte intensidade; dores durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação, podendo causar infertilidade e dor pélvica crônica.
Não há uma causa definida para a condição, como explica a ginecologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Fabyanne Mazutti. Mas ela aponta que existem uma série de fatores imunológicos e genéticos que tornam as pessoas mais suscetível ao desenvolvimento da doença.
“É preciso investigar cólicas e dores pélvicas intensas. Quanto antes for realizado o tratamento, melhores são os resultados de controle de sintomas. Assim como é possível evitar a progressão da doença para quadros de maior gravidade e obter melhor qualidade de vida”, alerta a médica.
A especialista reforça que o exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado por exames de imagem específicos para mapeamento da doença. Os tratamentos para a endometriose variam caso a caso, com indicações desde medicamentos até cirurgia.
Em relação à fertilidade, mulheres com endometriose com dificuldade para engravidar podem necessitar de tratamentos de reprodução assistida. A prática de atividade física e a adoção de uma dieta saudável também auxiliam no controle dos sintomas.
“O plano terapêutico é individualizado, definido de acordo com a gravidade da doença, a idade e os sintomas da mulher, se há o desejo de engravidar. O tratamento pode ser feito com o bloqueio da menstruação com hormônios, cirurgia laparoscópica e, se for necessário, com tratamentos de reprodução assistida (como a fertilização in vitro) para mulheres com dificuldade de gestar”, explica.
Esse foi o caso da advogada Ninive Mascarenhas, 37 anos, moradora do Octogonal, que foi diagnosticada com endometriose há três anos. Ela relata que sentia fortes cólicas no período menstrual, o que a levou a procurar um médico. Após o tratamento e a fertilização in vitro realizada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Ninive conseguiu realizar o sonho de ser mãe. Hoje, a filha Nicole está com três meses de idade.
“Devo muito aos médicos que me atenderam tão bem. Era uma ‘tentante’ desde 2019 e em 2021 fui diagnosticada com a doença. Mesmo assim, entrei para o grupo de fertilização in vitro, depois de passar por todo o processo de exames, consultas e tratamento com a equipe muito bem preparada e super comprometida do Hmib. Fiz inseminação e, graças a Deus, obtive resultado positivo na primeira tentativa. Minha filha nasceu muito saudável. Sou muito grata pelo atendimento que recebi”, contou.
Segundo a base de dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), em 2023, no DF, foram feitos 1.119 procedimentos relacionados à endometriose, envolvendo atendimentos, exames e tratamentos. Em 2022, foram 645.
Em caso de suspeita da doença, é preciso buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Equipes de Saúde da Família. Essas equipes vão prestar os primeiros cuidados e, quando necessário, encaminhar as pacientes para as unidades de Atenção Secundária e Terciárias de referência de cada região. Lá, as pacientes serão atendidas nos ambulatórios de dor pélvica crônica (DPC) e endometriose.
Saiba mais sobre a saúde da mulher.

Mais de 100 salas de vacinação
DF inicia aplicação de vacina contra a gripe nesta terça, 25 de março

A partir desta terça-feira (25), a vacina contra a gripe (influenza) estará disponível em mais de 100 salas de vacinação do DF. A campanha é voltada a pessoas dos grupos prioritários, incluindo idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses, gestantes e professores das redes pública e privada. Ao todo, mais de 1,2 milhão de pessoas no Distrito Federal estão aptas a receber a vacina.
“Temos uma rede robusta de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e capacidade logística para assegurar o fornecimento das doses. Convocamos esses grupos para receber a vacina e garantir a proteção contra a doença”, afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
O DF já recebeu o primeiro lote de 80 mil doses da vacina contra a gripe, enviadas pelo Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregou os imunizantes pessoalmente na Rede de Frio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
“O imunizante reduz os casos graves e os óbitos. Com isso, não só salva vidas, como também contribui para a proteção de toda a comunidade, uma vez que diminui a capacidade de disseminação do vírus”, detalha o ministro.
A vacina contra a gripe é atualizada anualmente a partir das cepas de maior circulação. A orientação é que, mesmo quem se imunizou em anos anteriores, compareça para garantir a nova dose. Em 2025, a proteção é garantida contra os vírus H1N1, H3N2 e B.
Hora de vacinar
Para tomar a dose, é necessário comparecer a um dos locais de vacinação com um documento de identificação e, se possível, a caderneta de vacinas. A depender do grupo prioritário, pode ser necessário apresentar um comprovante da situação médica ou profissional, como crachá ou contracheque.
O imunizante contra a gripe pode ser administrado juntamente com outras vacinas. Portanto, no local de vacinação, é possível atualizar mais de um esquema vacinal.
Caso confirmado
Saúde do DF alerta sobre importância da vacinação contra o sarampo

A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta para a importância de a população manter atualizado o cartão de imunização contra o sarampo, uma enfermidade altamente transmissível que pode atingir crianças e adultos. A vacina tríplice viral protege ainda contra rubéola e caxumba. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é aplicar duas doses em indivíduos de 12 meses a 29 anos; uma em pessoas de 30 a 59 anos; e duas em profissionais de saúde, independentemente da idade.
Segundo secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, a imunização é o melhor caminho para criar um bloqueio contra surtos. “É fundamental manter a adesão da população à dose contra o sarampo. Essa é uma responsabilidade de todos e, com a tríplice viral, não estamos protegendo apenas a nossa saúde, mas também a de toda a comunidade. A vacinação é uma barreira eficaz e deve ser uma prioridade para todos nós”, ressalta.
Atualmente, a cobertura vacinal contra o sarampo no DF é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda em crianças menores de 2 anos. A meta é alcançar 95% na segunda aplicação.
Caso confirmado
Na segunda-feira (17), foi confirmado um caso da doença no Distrito Federal, em uma paciente do sexo feminino com histórico de viagens internacionais. A mulher não precisou ser hospitalizada, e a doença evoluiu sem complicações.
A paciente apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e as manchas vermelhas na pele surgiram em 1º de março. A confirmação ocorreu após exames laboratoriais realizados no Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen-DF) e na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz-RJ).
O último caso registrado com transmissão de sarampo no próprio DF foi em 1999. Em 2020, foram registrados 5 casos, mas os pacientes trouxeram de outro estado ou país.
A gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, orienta que toda a população mantenha o cartão de vacinação atualizado, independentemente de planos de viagem. “O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode causar complicações graves. Reforçamos a importância de manter a vacinação em dia, especialmente para crianças a partir de 12 meses, além de adolescentes e adultos que ainda não receberam as doses recomendadas”, destaca.
No entanto, a vacina é contraindicada para gestantes, pessoas com comprometimento imunológico devido a doenças ou medicamentos e indivíduos com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores ou a componentes da vacina. A gravidez deve ser evitada por 30 dias após a aplicação do imunizante.
Secretaria em ação
Quando a paciente apresentou os primeiros sintomas de sarampo, rapidamente foram adotadas as medidas necessárias, mesmo antes da confirmação laboratorial. A SES-DF realizou a busca ativa de 278 pessoas que tiveram contato com a mulher, que já estava em isolamento domiciliar para evitar a transmissão. Foram fornecidas orientações sobre a doença, sinais de alerta, verificação do cartão de vacinação e bloqueio vacinal seletivo — estratégia que deve ser aplicada no prazo máximo de 72 horas após a exposição ao vírus para interromper a cadeia de transmissão.
Ainda na terça-feira (18), a SES-DF também emitiu comunicado para toda a rede pública e privada de saúde, explicando o ocorrido e orientando as unidades para se atentarem aos casos suspeitos. De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, apesar de o caso ser importado, ou seja, a transmissão não ter ocorrido dentro do DF, os cuidados devem ser mantidos. “O objetivo do comunicado é alertar toda a rede, tanto pública quanto privada, de que houve um caso. Não há indícios de novos registros. No entanto, é essencial que todos estejam em alerta e que a população tenha, pelo menos, uma dose da vacina”, explica.
O período para o possível surgimento de casos secundários relacionados a essa ocorrência se encerra no próximo dia 26, com monitoramento dos contatos até 1º de abril de 2025. Até o momento, esse é o único registro da doença.
Sintomas
Os sinais do sarampo incluem tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Entre três e cinco dias após o início dos sintomas, surgem manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que depois se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o aparecimento das manchas pode indicar gravidade, especialmente em crianças menores de 5 anos.Em caso de sintomas, é necessário procurar atendimento médico imediato. No DF, há 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Não existe tratamento específico para o sarampo, e os medicamentos são utilizados apenas para aliviar os sintomas. O uso de qualquer remédio sem orientação médica não é recomendado.
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