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José Sobral Neto

Envelhecimento do coração: dicas para conseguir maior longevidade

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longevidade
Foto/Imagem: Freepik
Ana Lúcia Ferreira

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 29 milhões de pessoas estão nessa faixa etária, número que representa 14% da população do país. Uma pesquisa de 2018, realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), revelou que somente no DF residem mais de 300 mil idosos. Diante de uma população tão grande e para celebrar o mês em que é comemorado o Dia dos Avós, o cardiologista eletrofisiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), José Sobral Neto, fala sobre o que fazer para para manter a saúde do coração e, consequentemente, a longevidade.



Segundo o especialista, ao longo do tempo, além do corpo, os órgãos também sofrem modificações com o envelhecimento. No caso do coração, à medida que as pessoas envelhecem, ele tende a aumentar de tamanho, desenvolver paredes mais espessas e artérias mais rígidas. Contudo, adotar hábitos saudáveis ajuda a viver mais e manter uma melhor qualidade de vida.

“É normal que com o passar dos anos as pessoas notem diferenças em todo o corpo, afinal o desgaste faz parte da natureza humana. É importante ressaltar que, adotar hábitos saudáveis no decorrer da vida, faz com que as pessoas sintam de forma mais amena esses efeitos do tempo”, explica.

Para Sobral, quando o assunto é o coração, é preciso estar atento aos exames de rotina, fazer o acompanhamento médico indicado e procurar entender a origem de qualquer problema que possa surgir.

“Com o avanço da idade, ocorre um aumento significativo na prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS), transformando esse diagnóstico em um dos principais fatores de risco cardiovascular. Monitorar esse quadro é essencial para prevenir doenças”, diz o médico. E completa: “o paciente também deve procurar conhecer seu histórico, pois há alguns problemas que são relacionados à herança genética. Por isso, compartilhar com o profissional de saúde todo o histórico familiar é essencial nas consultas”, pontua.

Cuidando da saúde do coração

Praticar atividades físicas – É natural ficar mais sedentário conforme o envelhecimento, mas segundo Sobral, manter uma rotina com exercícios de forma regular ajuda o corpo de forma geral.

“Além de evitar o ganho de peso, a prática reduz o risco de problemas com diabetes, hipertensão e colesterol alto, grandes vilões da longevidade. O exercício ainda libera substâncias que melhoram o humor e trazem bem-estar, combatendo também a depressão”, lembra José Sobral Neto.

Manter a alimentação em equilíbrio – Quando se envelhece, o metabolismo tende a diminuir e o corpo gasta menos energia para realizar as mesmas atividades de antes. Por isso é importante manter uma alimentação adequada também nesse período. Alimentos naturais (verduras, legumes, carnes, peixes, frutas) são ótimas escolhas. Contudo, é preciso evitar doces, frituras, fast-food e comidas ultraprocessadas.

Dormir Bem – Por questões hormonais os idosos tendem a necessitar de menos tempo para o repouso. Porém, é importante manter a regularidade de seis a oito horas de sono diários. Isso ajuda a recuperar o organismo e acordar energizado para encarar o próximo dia.

Exercitar o cérebro – Muitos idosos tendem a não se preocupar em aprender novas tarefas ou, até mesmo não manter as atividades intelectuais que sempre foram acostumados a fazer. Continuar exercitando o cérebro é importante para reduzir o risco de demências, como por exemplo o Alzheimer.

Atualizado em 27/07/2020 – 11:16.

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