Instituto do Coração Smidt
Entenda como sinais de parada cardíaca podem surgir até 24h antes
A parada cardíaca é uma condição séria que pode ocorrer de forma súbita e sem aviso prévio. Embora seja abrupta, a parada cardíaca pode apresentar sintomas indicativos até 24 horas antes de ocorrer, conforme descobriram pesquisadores do Instituto do Coração Smidt, no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos.
Segundo o cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, a parada cardíaca geralmente é causada por uma arritmia grave que coloca o indivíduo em risco de vida. Ele destaca que o quadro pode ser reversível ou não, dependendo da experiência dos profissionais de saúde que realizam o primeiro atendimento e da rapidez do socorro.
“É importante entender que a parada cardíaca é a interrupção súbita dos batimentos cardíacos, normalmente causada por arritmias graves, exigindo intervenção imediata como RCP e desfibrilação. Essa é uma condição de emergência médica crítica, mas que tem causas e abordagens terapêuticas distintas”, esclarece Osterne.
De acordo com o especialista, a parada cardíaca costuma não apresentar sintomas quando é causada por doenças estruturais em indivíduos mais jovens entre 15 e 29 anos de idade. Ele observa que, nesses casos específicos, o problema geralmente ocorre durante esforço físico intenso, seguido de arritmia e morte súbita.
Por outro lado, a parada cardíaca decorrente de doença aterosclerótica, que é quando existe o acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias, o que causa obstrução do fluxo sanguíneo, essa sim pode apresentar alguns sinais. O principal sintoma é a angina, também conhecida como pré-infarto, que se manifesta como uma dor torácica intensa.
O médico destaca que a angina pode se manifestar como um desconforto no lado esquerdo do peito e até mesmo na região do estômago, podendo irradiar para o braço esquerdo, ambos os braços e pescoço. Isso é o que chamamos de angina, um sinal de alerta para o infarto.
Os pesquisadores do Instituto do Coração Smidt, no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, também destacam que os sintomas são diferentes entre homens e mulheres. Enquanto os homens geralmente sentem dor no peito, as mulheres podem apresentar falta de ar. No entanto, ambos os sexos podem experimentar sintomas como palpitações, atividades semelhantes a convulsões e sintomas semelhantes aos da gripe até 24 horas antes da parada.
Osterne conclui enfatizando que 90% das paradas cardíacas ocorrem fora do hospital, resultando em morte. Ele ressalta a importância de reconhecer os sintomas de alerta para realizar uma triagem eficaz e acionar o serviço de emergência precocemente, o que pode levar à intervenção e prevenção da morte iminente.
É importante lembrar que as doenças cardíacas são responsáveis por quase um terço das mortes no Brasil, sendo o estilo de vida um dos fatores de risco. Atualmente, cerca de 14 milhões de brasileiros sofrem de alguma doença cardiovascular, conforme dados do Ministério da Saúde.
Dr. Rafael Amorim
Ter pet pode melhorar a saúde cardiovascular, apontam estudos
Estudos divulgados em 2022 pela Harvard Heart Letter e pela revista Circulation, da American Heart Association, destacam que ter um pet não só oferece conforto emocional, mas também pode estar associado à saúde cardiovascular. Os dados sugerem impacto favorável em variáveis cardiovasculares como pressão arterial, frequência cardíaca e níveis de colesterol em pessoas que são tutores de pets.
Segundo o cardiologista Dr. Rafael Amorim, do Centro Especializado em Cardiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a presença dos animais pode ter um impacto direto na redução dos hormônios do estresse, como o cortisol e adrenalina, e aumentar a produção de endorfinas, que promovem sensações de prazer e relaxamento.
“Os pets, especialmente cães e gatos, oferecem benefícios emocionais e físicos únicos ao seu tutor. Eles criam um ambiente de bem-estar, reduzem o estresse e incentivam hábitos mais saudáveis, como a prática de exercícios físicos”, diz.
Como os pets ajudam o coração
Segundo publicação na revista Harvard Heart Letter, acariciar um pet pode desencadear a liberação de ocitocina, hormonio responsável pela sensação de felicidade, amor, relaxamento e prazer, e que reduz a pressão arterial e diminui a frequência cardíaca, o que significa que a interação com animais de estimação pode estar associada à redução de fatores de risco cardiovascular.
Além disso, o toque e a presença de um animal ajudam a amortecer a resposta do corpo ao estresse, fator que desempenha um papel importante na saúde do coração.
Estudos também mostram que tutores de cães tendem a caminhar 20 minutos a mais por dia do que pessoas que não têm pets, o que favorece a saúde cardiovascular.
“A atividade física regular promovida pelo cuidado com um pet, como passeios diários, é essencial para manter uma boa saúde cardíaca, pois melhora a circulação, ajuda a controlar a pressão arterial, reduzindo os níveis de colesterol”, explica o cardiologista. Atividades lúdicas com animais também podem aumentar os níveis de energia e motivação para a prática de exercícios.
Redução do estresse e conexões sociais
Além do impacto fisiológico, a convivência com animais de estimação tem efeitos positivos na saúde mental, que estão diretamente ligados ao bem-estar cardiovascular. “Os animais promovem sensação de pertencimento e conexão, fundamentais para reduzir a ansiedade e o isolamento social. Ambos são fatores de risco para doenças cardíacas”, destaca o cardiologista.
Uma pesquisa publicada em revista científica da American Heart Association com mil participantes apontou que 95% dos tutores relataram alívio do estresse ao interagir com seus pets. Atividades simples, como ouvir o ronronar de um gato ou ser recebido de forma afetuosa por um cão, oferecem grande conforto. Além disso, os pets podem facilitar interações sociais, ampliando as redes de apoio.
Parceria para a humanização do atendimento
Reconhecendo os benefícios terapêuticos dos animais, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, desde março de 2024, promove visitas terapêuticas de cães em parceria com a ONG Patas Therapeutas.
Parte do Programa de Voluntariado, a iniciativa visa oferecer conforto emocional e humanizar o ambiente hospitalar, trazendo momentos de acolhimento para pacientes e familiares.
“As visitas dos cães terapeutas têm sido uma experiência enriquecedora tanto para os pacientes quanto para a equipe médica. Observamos melhorias no humor, redução dos níveis de estresse e até mesmo uma adesão mais positiva aos tratamentos”, conta o médico.
As visitas ocorrem mensalmente, seguindo critérios rigorosos de segurança, como autorização médica, a não presença de pacientes em isolamento ou com lesões cutâneas não protegidas, além da higienização do ambiente antes e após cada visita.
Riscos e cuidados
Apesar dos inúmeros benefícios, alguns cuidados são indispensáveis. O Dr. Rafael Amorim ressalta a importância da higiene e alerta sobre o impacto de dividir a cama com os pets: “O sono é fundamental para a saúde cardíaca. Dormir com o animal pode comprometer a qualidade do descanso e, por consequência, afetar o sistema cardiovascular. É importante que os animais tenham seu próprio espaço para dormir.” Além disso, é essencial manter as vacinas e vermifugações em dia para evitar zoonoses.
Indivíduos com alergias ou sistema imunológico fragilizado devem consultar um médico antes de adotar um animal. “Ter um pet é uma decisão que exige planejamento, considerando tanto os benefícios quanto as responsabilidades”, conclui o cardiologista.
Para o Dr. Rafael Amorim, incorporar um pet à rotina pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a saúde do coração. “Ter um pet é um incentivo natural para adotar um estilo de vida mais saudável, seja por meio da atividade física, do conforto emocional ou da socialização. Mas é essencial equilibrar os cuidados com o animal e as próprias necessidades de saúde.”
Água contaminada
Período de chuvas alerta para cuidados contra a leptospirose
A época de chuvas no Distrito Federal levanta o alerta para a exposição a diversas doenças transmissíveis por meio de água contaminada. Em 2024, o DF registrou 132 casos suspeitos de leptospirose – doença infecciosa que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. Caso não seja tratada, a enfermidade pode evoluir para complicações como hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória.
Do total de casos suspeitos em 2024, 19 foram confirmados, 95 descartados e 18 permanecem em investigação. Houve um óbito causado pela doença. Em 2023, foram notificados 115 casos suspeitos, com 11 confirmações e duas mortes. Como o período de chuvas pode acarretar alagamentos e inundações, a exposição por longo período à água aumenta o risco de transmissão.
A gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Aline Folle, enfatiza a importância de os profissionais observarem os sintomas e realizarem as notificações. “Entre as recomendações, orientamos a sempre coletar a primeira amostra de sangue para análise e se atentar à exposição dos pacientes durante o diagnóstico diferencial. É essencial apoiar a coleta da segunda amostra para confirmação da doença, orientar o preenchimento completo das fichas e realizar uma busca ativa de novos registros quando houver casos confirmados em uma localidade”, explica.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da doença incluem febre, dores no corpo e de cabeça, além do surgimento de icterícia – coloração amarelada da pele e dos olhos – em casos mais graves. Caso não seja tratada, pode causar quadros mais graves, que incluem hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória.
Para o diagnóstico de leptospirose, são realizados exames específicos em pacientes que apresentam os sintomas e possuem exposição de risco a águas contaminadas. O material é encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e são necessárias duas amostras para a confirmação do caso.
Recomendações
A principal recomendação é tentar evitar ao máximo o contato com a água infectada, o que inclui o consumo, tanto do líquido como de alimentos que podem ter sido contaminados, ou ainda pelo contato direto, como, por exemplo, no banho. A restrição de consumo dos alimentos se estende também aos embalados e enlatados que tiveram qualquer tipo de proximidade com a água infectada ou mesmo a lama, assim como frutas, legumes e verduras.
Como forma de se proteger, a população deve observar alguns cuidados: lavar a área exposta com água e sabão; lavar as roupas contaminadas com água quente e sabão antes de reutilizá-las; e em casos de ferimentos ou cortes dentro da água de enchente, procurar o serviço de saúde.
Atendimento
Se houver suspeita e/ou sintomas, especialmente em populações que estejam em áreas alagadas, o usuário precisa buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS).
-
Segunda, 13 de janeiro
Semana começa com 1,5 mil oportunidades de emprego no Distrito Federal
-
Redes pública e privada
Presidente Lula sanciona lei que restringe uso de celular em escolas
-
Inscrições já estão abertas
Veja o passo a passo para participar do Casamento Comunitário 2025
-
Até 21 de janeiro
Inscrições para o Sisu 2025 começam nesta sexta-feira, 17 de janeiro
-
Acumulou!
Mega-Sena 2818 pode pagar prêmio de R$ 7 milhões nesta terça-feira (21)
-
Educação
Inscrições para vagas remanescentes da rede pública vão até 20/01
-
Dr. Rafael Amorim
Ter pet pode melhorar a saúde cardiovascular, apontam estudos
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2816 pode pagar prêmio de R$ 38 milhões nesta quinta-feira (16)