21,2% das matrículas
Ensino superior: Educação a Distância é aposta do futuro

A educação superior no Brasil cresce a passos lentos. No ano passado, houve uma expansão de apenas 3% nas matrículas. Esse aumento, no entanto, só foi possível graças ao número de alunos no ensino a distância que subiu 17,6%, o maior em dez anos, de acordo com o Censo da Educação Superior 2017. Um em cada cinco estudantes de graduação estuda a distância. Especialistas acreditam que essa modalidade representa o futuro da educação mundial.
Hoje, a EAD representa 21,2% do total de matrículas no ensino superior do país, de acordo com o Ministério da Educação. A expansão deve ser mantida nos próximos anos, pois o MEC mudou no ano passado a regulamentação para a abertura de novos polos que ofertam cursos nessa modalidade, impulsionando em mais de 130%.
Nos últimos anos, a barreira do preconceito foi rompida. Os empregadores não demonstram resistência a essa modalidade na hora de contratar. Para Engels Rego, Diretor Acadêmico da Faculdade Unyleya, a EAD exige disciplina, capacidade de interpretação e uso de ferramentas de comunicação e interação. “Isso tudo é muito apreciado atualmente pelo mercado de trabalho”.
Segundo ele, um curso em EAD não é uma “moleza” como alguns possam pensar. “Muito pelo contrário, por isso a evasão na EAD é superior à educação presencial. Alunos que superam as dificuldades iniciais e conseguem levar o curso até o final têm grande potencial para se adaptar a qualquer desafio de mercado”, aponta.
Engels acredita que o Brasil é um terreno fértil para o desenvolvimento da educação a distância. “A dimensão continental do país, aliado à população jovem e conectada à internet favorecem o engajamento do público aos recursos aplicados na EAD”, analisa.
Além disso, há um enorme contingente de jovens adultos que não tiveram condições de ingressar no ensino superior à época da conclusão do ensino médio e agora buscam aprimorar sua formação. “Esses adultos, em geral, não têm condições de frequentar um curso 100% presencial, porque trabalham e, geralmente, têm filhos. Eles precisam de flexibilidade de tempo e local”, explica Engels.
Nesse sentido, a grande vantagem da EAD é a flexibilidade. O ritmo não obriga o estudante a estar num determinado local em horário específico. “Muitas pessoas deixaram de ingressar na faculdade ou outros cursos, porque não poderiam obrigar-se com um horário rígido. No contexto atual, principalmente das grandes metrópoles, deslocar-se para um determinado local pode ser muito custoso (em termos de tempo e valor), sem falar do perigo”.
Outro diferencial apontado por Engels é a inclusão que a EAD promove, com um custo muito inferior aos cursos presenciais. “A EAD é uma forma de democratização da educação. Veja o exemplo de milhões de alunos em todo o mundo que recorrem a aulas online gratuitas diariamente, como as da Khan Academy e muitas outras. Há conteúdo de qualidade para todas as necessidades disponíveis 24h por dia, sob demanda, a preços baixos ou de graça, para quem tiver interesse”.
A educação a distância também tem sido incorporada nos cursos considerados presenciais. “Dificilmente haverá no futuro um curso sem uso de algum recurso de EAD. Já percebemos isso inclusive na educação básica, em que os alunos estão frequentemente fazendo uso de recursos de colaboração, tarefas e exercícios online, em complemento à sala de aula”, avalia Engels.
No total, o ensino superior tem cerca de 8,3 milhões de estudantes em cursos de graduação. São 6,5 milhões matriculados em cursos presenciais, modalidade que sofreu uma queda de 0,4% de 2016 para 2017.

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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