Ludmila Thommen
É possível a mulher que teve câncer de mama amamentar?

O “Agosto Dourado” é o mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alimento deve ser exclusivo até os 6 meses e complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais da criança.
Além dos benefícios para as crianças, a amamentação protege as mães quanto ao risco do câncer de mama. Estudos apontam que, a cada 12 meses de aleitamento, as chances de aparecimento de um tumor mamário diminuem em 4,3%. O motivo é que, durante o período da amamentação, o nível de estrogênio no organismo da mulher não aumenta. Além deste tipo de câncer, há relação também entre a amamentação e a prevenção de outros tipos da doença.
Mas a pergunta que muitos homens e mulheres fazem é: Será que poderei amamentar se tiver enfrentado um câncer de mama?
Segundo a oncologista Ludmila Thommen, especialista neste tipo de câncer, não existe resposta definitiva para a questão e é preciso analisar caso a caso.
“No caso das mulheres que realizaram mastectomia para o tratamento do câncer e retiram toda a mama e os ductos mamários, a amamentação não é mais possível. Entretanto, se apenas uma das mamas tiver sido submetida ao tratamento, a mãe poderá ofertar a alimentação ao seu bebê normalmente através da mama saudável que não passou pelo processo de tratamento”, explica. E completa: “Já para aquelas pacientes que realizaram a cirurgia parcial (conservadora), também chamada de quadrantectcomia, dependerá de como foi o tratamento e a resposta do organismo. Isso porque este tipo de tratamento envolve a complementação com a radioterapia e a irradiação da mama afeta as células responsáveis pela produção de leite”, detalha Ludmila.
Ainda segundo a oncologista, outra dúvida que surge entre as mulheres: Quem teve a doença pode engravidar?
Ludmila ressalta que, as mulheres que pensam em engravidar após o tratamento do câncer de mama deverão consultar o seu médico para receber orientações acerca do tratamento atual que ela esteja realizando.
“É importante o acompanhamento porque é ao lado do profissional que a mulher poderá esclarecer todos os seus questionamentos. Por exemplo, é proibido que a mulher fique grávida durante a quimioterapia e também durante a hormonioterapia (que no geral é realizada com uma medicação chamada tamoxifeno nesta faixa etária) pois estes tratamentos estão associados à má formação do bebê”, esclarece.
Estar em contato com um profissional é o primeiro passo para a segurança da mulher e do futuro bebê. Apenas a equipe médica que assiste a paciente pode orientá-la sobre o melhor momento para ficar grávida de acordo com o tratamento em curso e as perspectivas futuras.
Embora grande parcela da população já tenha ouvido falar sobre a doença, o câncer de mama ainda envolve muito tabu, assim como informações equivocadas. Confira alguns mitos e verdades sobre a doença:
Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar
Mito. A maioria das mulheres acometidas pelo câncer de mama não tem familiares com a doença. Estimativas apontam que, aproximadamente, 10% dos casos têm origem hereditária. Entretanto, o histórico familiar tem influência quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos.
Câncer de mama é uma doença só
Mito. São vários os tipos e cada um tem nome e sobrenome. Há desde os tumores restritos à mama, até aqueles que escapam para outros tecidos. Existem os que crescem de maneira rápida e os que se desenvolvem lentamente, entre outras peculiaridades.
Amamentar protege contra o câncer de mama
Verdade. Há estudos que comprovam a questão. A amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno.
O câncer de mama pode ser causado por um trauma (batida) nos seios
Mito. Somente a batida não é capaz de desencadear o tumor. Entretanto, os machucados e hematomas podem ajudar a mulher a despertar a atenção para essa região do corpo.
Câncer de mama pode ter cura
Verdade. O diagnóstico precoce é a melhor forma de combate à doença, pois quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura. Cada tipo de tumor é um e cada paciente pode reagir de uma forma específica.
Sobre Ludmila Thommen
Com mais de 11 anos de trabalho na área de saúde, a oncologista Ludmila Thommenn sempre sonhou em ser médica. Fatores como cuidar do próximo e fazer diferença de forma positiva na vida das pessoas foram decisivos para a escolha da profissão. A preferência pela área da Oncologia ocorreu após a mãe da médica ser diagnosticada com um tumor no cérebro em 2005. Para Ludmila, vivenciar a fragilidade ao lado de alguém querido e participar do processo difícil ao qual o paciente é submetido durante o tratamento foram os maiores motivos para seguir na carreira que requer de seus profissionais amor e doação.

Prevenção é o melhor caminho
Estilo de vida aumenta risco de AVC entre jovens, alerta Saúde do DF

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre pessoas com menos de 45 anos têm se tornado cada vez mais frequentes, chamando a atenção de especialistas para os riscos associados ao estilo de vida moderno. A combinação de fatores como hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo – inclusive o uso de cigarros eletrônicos – e controle inadequado de doenças crônicas está diretamente ligada ao aumento desses registros, segundo a neurologista e Referência Técnica Distrital (RTD) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Letícia Rebello.
“O AVC deixou de ser uma condição exclusiva de pessoas idosas. Hoje, vemos cada vez mais jovens sendo afetados por hábitos que colocam a saúde cardiovascular em risco”, alerta.
Além disso, a neurologista destaca a importância de diferenciar os tipos de AVC. “Existem dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. De modo geral, o AVC isquêmico é prevalente, representando cerca de 85% dos casos, enquanto os hemorrágicos correspondem a aproximadamente 15%”, explica.
A médica faz ainda uma observação sobre a ocorrência em pacientes jovens. “Nos casos de AVC hemorrágico, é importante considerar a possibilidade de malformações cerebrais, como aneurismas, ou malformações arteriovenosas, que podem levar ao sangramento intracraniano. Isso precisa ser investigado, especialmente quando o paciente não apresenta fatores de risco cardiovasculares conhecidos”.
A profissional de saúde destaca ainda o impacto da poluição ambiental. “Uma publicação recente da revista The Lancet aponta que a exposição à poluição do ar está relacionada ao risco elevado de AVC em todas as faixas etárias”.
Apesar da gravidade da condição, pacientes jovens costumam ter maior potencial de recuperação, como informa Rebello. “A idade, por si só, é um fator de risco independente para um pior prognóstico no AVC. Quando excluímos outras variáveis, como histórico familiar e comorbidades, apenas o fato de o paciente ser mais jovem já indica melhor chance de recuperação”.
A reabilitação, no entanto, depende da gravidade do caso. “Pacientes que apresentam AVCs mais severos — com perda de movimento, alteração de sensibilidade e fala — são encaminhados para um plano de reabilitação direcionado, que inclui fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento por equipe de fisiatria. A boa notícia é que, entre os jovens, mesmo nos casos mais complexos, a recuperação tende a ser mais efetiva”, reforça a neurologista.

Arte: Agência Saúde-DF
Prevenção é o melhor caminho
A melhor forma de evitar o AVC — em qualquer faixa etária — é o controle dos fatores de risco cardiovasculares. “É essencial manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes e o colesterol alto, manter um peso saudável, evitar o tabagismo e praticar atividade física regular. Além disso, é importante realizar avaliação médica periódica, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares”, orienta Rebello.
A SES-DF reforça a importância do diagnóstico precoce e da procura imediata por atendimento médico ao surgimento dos primeiros sinais de AVC, como formigamento, perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou entender, perda súbita da visão e dor de cabeça intensa sem causa aparente.
Em caso de suspeita de AVC, ligue para o SAMU 192 ou vá ao hospital mais próximo.
#VacinaDF
Covid-19: saiba quem pode se imunizar na rede pública de saúde do Distrito Federal

A vacinação contra a covid-19 segue disponível no Distrito Federal, com aplicação em diversas salas de vacina espalhadas pelas sete regiões de saúde da capital do país. O imunizante previne contra formas graves da doença transmitida pelo coronavírus e está direcionado a públicos específicos definidos pelo Calendário de Vacinação, do Ministério da Saúde.
Atualmente, a vacina está disponível para idosos, que devem receber uma dose a cada seis meses, e para gestantes, que podem se vacinar em qualquer período da gestação. Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias também devem ser imunizadas, recebendo duas ou três doses, dependendo do imunizante aplicado.
Além desses grupos, há a imunização especial destinada a pessoas com maior vulnerabilidade ou condições de saúde que aumentam o risco de desenvolver formas graves da doença. Esse público deve receber uma dose anual ou a cada seis meses, de acordo com a necessidade específica de cada caso.
“Lembrando que o período da sazonalidade da covid-19 começa em abril, então é extremamente importante procurar a imunização”, enfatiza a chefe do Núcleo da Rede de Frio Central, Tereza Luiza. “A doença continua causando hospitalizações, casos graves e óbitos, especialmente nesses grupos indicados para a imunização”, prossegue a servidora da Secretaria de Saúde do DF.
A Rede de Frio Central atua para garantir segurança e correta distribuição das vacinas e soros para picadas de animais peçonhentos. “Somos responsáveis por armazenar, receber e distribuir todos os imunizantes disponíveis no Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, além de controlarmos toda a parte de normatização técnica”, detalha.
Grupos prioritários
Entre os grupos prioritários incluídos pelo Ministério da Saúde na imunização contra o coronavírus estão pessoas vivendo em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de rua, além de pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
Na categoria dos imunodeprimidos que devem ser vacinados, estão transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pessoas vivendo com HIV, pacientes em tratamento prolongado com corticóides e imunossupressores, aqueles com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos e pessoas em hemodiálise.
Já entre as comorbidades que garantem prioridade na imunização estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial resistente, insuficiência cardíaca, doenças cardíacas e vasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal crônica, obesidade mórbida (IMC igual ou superior a 40), síndrome de Down e doença hepática crônica.
Como se vacinar
Para receber o imunizante, é necessário apresentar documento de identidade com foto, caderneta de vacinação e, no caso dos grupos especiais, um comprovante que ateste a condição específica, como laudos médicos em situações de imunossupressão.
A lista completa de locais onde a vacinação está disponível pode ser consultada no site da Secretaria de Saúde do DF. Para mais informações, as equipes de saúde nos postos de vacinação estão à disposição para esclarecer dúvidas.
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