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Drenar DF vai acabar com problemas causados pelas chuvas no Plano Piloto

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Drenar DF Plano Piloto
Foto/Imagem: Renato Alves/Agência Brasília


Os alagamentos e enxurradas provocados pelas fortes chuvas no Plano Piloto serão corrigidos e solucionados com as obras do Drenar DF, projeto que teve o primeiro de seus cinco contratos assinado nesta terça-feira (10).



Com investimento de R$ 174 milhões, a obra do Drenar DF vai começar justamente pela localidade que é considerada a mais problemática do Plano Piloto, as quadras 401/402 e 201/202 da Asa Norte.

Ao todo, serão 7,68 km de túneis escavados para resolver o problema de drenagem. As obras de escavação e estruturação da nova rede subterrânea – entre 12 e 15 m de profundidade – terão danos mínimos ao trânsito e à fluidez do dia a dia da população.

O projeto inclui uma nova tubulação que começará nas imediações do Estádio Nacional Mané Garrincha e descerá à via L4 Norte, seguindo depois para o Lago Paranoá. O equipamento seguirá paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando com o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e com a L2 Norte, até chegar à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.

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“A obra vem para solucionar o problema dos alagamentos”, afirma a governadora em exercício, Celina Leão. “Estamos começando um processo que, ao longo de 20 anos, ninguém teve coragem de fazer. Pedimos paciência à população, porque teremos chuvas antes de as obras ficarem prontas, mas ao final teremos essa questão resolvida.”

Para receber as águas das chuvas da faixa 1 e 2 Norte, ao fim do percurso, será construído um reservatório. Implantado em uma área de 36 mil m², dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte, o equipamento funcionará como uma lagoa, com volume útil de 70 mil m³ de água, podendo chegar ao máximo de armazenamento de 96 mil m³. A lagoa será responsável por decantar as impurezas, permitindo a retenção da sujeira carregada pelas águas da chuva que são lançadas no Lago Paranoá.

O grande projeto para corrigir os alagamentos do Plano Piloto se arrastou ao longo de décadas e demandou um empenho do governo em alinhar o assunto entre os órgãos envolvidos. Esse acerto será sentido futuramente pela população. “A drenagem do Plano Piloto foi projetada e executada quando nasceu a cidade”, aponta o presidente da Terracap, Izidio Santos.

Novo projeto

“Sessenta anos depois, existem alterações diversas que exigem uma nova rede de captação de águas pluviais. É um projeto moderno, que contempla toda a região e trará segurança para transitar em época de chuvas a essa população que tanto já sofreu com inundações”, afirma Izidio.

Ainda segundo o presidente da Terracap, outras etapas serão executadas ao longo das quadras 10 e 11 Norte, e a última etapa na Asa Sul, na altura das quadras 13. “Depois de algumas tentativas de governos anteriores, nós tivemos todo o apoio necessário do Brasília Ambiental, do Tribunal de Contas, do Iphan para chegar a esse dia com o contrato assinado”, acrescenta Izidio.

Quem mora na região sente na pele quando as chuvas de fim de ano alagam não só as tesourinhas, mas também as entrequadras e os prédios nas quadras 400. Por isso, a prefeita da 402 Norte, Lysa Lobo, comemora o início da obra: “A gente passa sufoco há mais de dez anos, e o começo dessa obra é uma conquista de muita luta. Já passamos muito perrengue aqui nos meses de dezembro a abril, quando [a quadra] vira um rio, uma cachoeira, e a área é inundada. Espero muito essa ajuda do GDF e que as inundações acabem”.

Atualizado em 10/01/2023 – 12:56.

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