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109 óbitos confirmados

DF registra mais de 140 mil casos prováveis de dengue desde o início de 2024

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Sanear Dengue
Foto/Imagem: Mariana Raphael/Agência Saúde


Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) nesta segunda-feira (11) registra 140.480 casos prováveis de dengue desde o início de 2024. Na última semana, foram mais 19.855 casos. O documento também traz a confirmação de 109 óbitos desde o início do ano, além de outros 52 em investigação.

“Esses números indicam a importância de mantermos as ações de combate à epidemia, com ações intersetoriais e engajamento da população”, afirma a secretária de saúde, Lucilene Florêncio.

A pasta já realizou quase 280 mil atendimentos de pacientes com sintomas de dengue, mais de 5.700 por dia. Além disso, as ações de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti ocorrem diariamente, com destaque para quase 1.400 ações de carros do “fumacê”.

Casos no DF

A taxa de incidência da doença é classificada como alta em 29 Regiões Administrativas (RAs). Jardim Botânico, SIA, Lago Sul, Águas Claras e Park Way estão com incidência classificada como média. O Sudoeste/Octogonal é a única RA com baixa incidência de dengue, com 74,56 casos para 100 mil habitantes. Por outro lado, em Brazlândia, a incidência supera 3.103,89 casos para cada grupo de 100 mil.

Em números absolutos, as RAs com maiores números de casos prováveis são Ceilândia (21.448 casos), Samambaia (7.382), Santa Maria (7.252), Taguatinga (6.952) e Sol Nascente/Pôr do Sol (6.530). O boletim epidemiológico inclui os registros de 2.904 casos prováveis de residentes de outras Unidades Federativas.

As 15.924 amostras de exames com PCR detectáveis no DF permitiram confirmar 14.216 infecções do sorotipo viral DenV-2 e 1.708 dos sorotipos DenV-1. Não há registros dos sorotipos DenV-3 e DenV-4. Cerca de 1,93% dos casos prováveis de dengue (2.662), entre moradores do Distrito Federal, apresentaram sinais de alarme, com agravamento dos sintomas. Em 2024, já foram classificados como “graves” 147 casos, entre residentes do DF.

Dos 109 óbitos confirmados neste ano, 65 são de pessoas com 60 anos ou mais. Da faixa etária de zero a 14 anos, foram cinco casos. Os demais têm entre 15 e 59 anos. Os óbitos foram registrados entre moradores de 26 Regiões Administrativas diferentes.

Doença sazonal

Os números de casos prováveis registrados de moradores do DF em 2024 é 1.575,9% maior que o computado no mesmo período do ano passado. O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, lembra que ainda são esperados casos da doença até o mês de maio, período em que historicamente o número de ocorrências começa a reduzir.

“Os cuidados devem permanecer, sobretudo ao longo de todo o período chuvoso. Ao mesmo tempo, é importante contribuir com o trabalho dos agentes da Secretaria de Saúde e de todas as instituições parceiras nas ações contra a dengue, como o Corpo de Bombeiros e o Exército Brasileiro”, afirma o subsecretário.

Vacinação

Em paralelo, prossegue a campanha de vacinação contra a doença. Até o dia 6 de março, foram aplicadas 30.569 doses no Distrito Federal, sendo 29.339 em unidades da Secretaria de Saúde e 1.230 em estabelecimentos privados. A campanha na rede pública segue exclusiva para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A lista completa dos locais de vacinação está disponível no site da pasta.

Protegendo bebês

Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

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Nirsevimabe bronquiolite
Foto/Imagem: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.

A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.

“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.

A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.

Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.

Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.

“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.

Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.

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26 de abril

Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

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Ao Vivo de Brasília
hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.

O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.

Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.

Sinais de pressão alta

Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.

Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.

“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.

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