Alexandre Brufatto
Conheça benefícios da prática de exercícios na saúde do homem

Nos últimos anos, a importância da prática de exercícios físicos tornou-se ainda mais notória, principalmente pelas evidências comprovadas dos benefícios que a frequência deles traz. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população em todo o mundo fosse mais ativa.
É muito comum falar-se sobre os exercícios com foco apenas para mulheres, pela busca do corpo perfeito e da autoestima feminina, mas é muito importante se atentar aos benefícios que a prática traz para a saúde do homem. Alexandre Brufatto, coordenador técnico da Jab House, marca da rede de studios do Grupo Smart Fit, explica que a atividade física, em especial, a musculação, traz diversos benefícios para o homem, entre eles, a melhora do condicionamento, aumento da massa muscular, redução da gordura corporal e a melhora da disposição.
“A prática da musculação, assim como qualquer atividade física, faz com que o corpo aumente a produção de hormônios como a endorfina e serotonina, que são responsáveis pelas sensações de bem-estar, vitalidade e satisfação, entre outros. Com isso, o dia fica muito mais produtivo e mais leve, dando uma verdadeira surra no stress”, comenta Brufatto. Para quem acredita na importância da regulação hormonal apenas entre as mulheres, engana-se, visto que, na saúde masculina, se faz necessário que os hormônios estejam de acordo entre si para um bom funcionamento do organismo, o qual, inclusive, tem o treino como um forte aliado nessa regulação.
Para o coordenador, um treino bem elaborado e feito com as progressões corretas de carga e intensidade fazem com que a produção de testosterona – principal hormônio masculino e responsável pela libido, disposição, energia e força – seja estimulada e, consequentemente, aumentada. Diante de tantos benefícios, nunca é tarde para inserir o esporte na rotina e, inclusive, no que diz respeito à idade, estudos recentes apoiam que a musculação seja inserida para meninos a partir dos nove anos, mas em um formato fora do tradicional, focando mais na parte lúdica do exercício do que na performance em si. “Hoje, a partir dos 12 anos, já é possível ingressar na musculação de fato, porém, é de extrema importância a presença de um profissional da área, que deve ser o responsável por organizar, periodizar e conduzir o treino”, complementa.
Para Alexandre, os benefícios proporcionados pela atividade física são inúmeros. “Entre eles, a melhora da saúde cardíaca, a redução da gordura corporal, principalmente na região abdominal – mais conhecida como gordura visceral -, diretamente responsável por doenças cardíacas, tais como infarto e AVC”, comenta. “Outro benefício muito importante é o fortalecimento da musculatura e, com ele, a proteção das articulações, uma vez que músculos mais fortes fazem com que certas funções do dia a dia, como subir e descer escadas, carregar as compras, fazer suas tarefas a pé, entre outras, se tornem muito mais fáceis”, finaliza.

Entre janeiro e junho
Sazonalidade das doenças respiratórias alerta para cuidados com as crianças

A sazonalidade das doenças respiratórias normalmente ocorre no Brasil entre janeiro e junho, acometendo, principalmente, crianças, idosos e pessoas com a imunidade mais baixa. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a principal preocupação da área pediátrica, pois atinge crianças de até dois anos e é responsável pela maioria das internações deste período.
A bronquiolite viral aguda é uma infecção viral que acomete a parte mais delicada do pulmão dos bebês, os bronquíolos. Essas estruturas do organismo são a continuidade dos brônquios, que distribuem o ar para dentro dos pulmões.
O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Ribeiro Bianchini, lembra que é possível ter uma variação nos vírus circulantes, mas os principais são o vírus sincicial respiratório (VSR), o coronavírus SARS-CoV-2, rinovírus e metapneumovírus, além do vírus da influenza.
Sintomas
“Esses vírus têm uma distinção clínica muito difícil, pois apresentam sintomas semelhantes, e só é possível identificá-los com a realização de exames específicos, mas a condução clínica é semelhante, e em sua maioria sintomática, com medicação para febre e limpeza nasal”, orienta o médico. “A necessidade de outras medicações e até de internação e outros procedimentos, eventualmente necessários, é determinada apenas pelo pediatra, durante a avaliação clínica.”
Tratando-se de doença causada por vírus respiratórios, o quadro começa com um resfriado, obstrução nasal, coriza clara, tosse, febre, recusa nas mamadas e irritabilidade de intensidade variável. Em um ou dois dias, esses sintomas evoluem para tosse mais intensa, dificuldade para respirar, respiração rápida e sibilância (chiado/chio de peito). Por vezes, pode haver sinais e sintomas mais graves, como sonolência, gemência, cianose (arroxeamento dos lábios e extremidades) e pausas respiratórias.
A orientação é que a família fique atenta aos sinais, principalmente nos bebês; e, em caso de evolução dos sintomas, busque imediatamente atendimento médico. “A criança pequena tem o seu sistema imunológico ainda em processo de amadurecimento, o que torna essa faixa etária, principalmente as crianças abaixo de 6 anos, mais predispostas ao adoecimento”, ressalta Bianchini.
Volta às aulas
O fato de a transmissão dos vírus respiratórios ser facilitada pela aglomeração de pessoas faz com que o retorno às aulas seja um momento de maior proliferação de doenças respiratórias, pois as crianças se juntam em um mesmo ambiente.
“As principais medidas para diminuir a chance de adoecimento incluem a atualização do cartão vacinal, e ressalto também a importância das vacinas contra covid-19 e coqueluche”, afirma o infectologista pediátrico. O profissional recomenda manter o hábito de fazer a higienização nasal diária e incentivar a criança a lavar as mãos com frequência, além de proporcionar uma alimentação equilibrada, sono saudável e fazer um acompanhamento regular com o pediatra.
WhatsApp
GDF envia mensagens para incentivar vacinação contra o HPV

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Secretaria de Economia (SEEC-DF), iniciou, neste mês, o envio de mensagens pelo aplicativo WhatsApp para lembrar pais e responsáveis sobre a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). O intuito é aumentar a proteção entre meninos e meninas de 9 a 14 anos, principal público.
O índice de cobertura vacinal de HPV no DF ainda não atingiu a meta de 90%, estipulada pelo Ministério da Saúde, principalmente ao observar o público masculino. O último levantamento da SES-DF indica que, em 2024, o percentual estava em 81,5% entre meninas e em 62,9% entre meninos. A meta é aumentar esses números e garantir que mais jovens fiquem protegidos.
A SES-DF lembra aos usuários que as mensagens enviadas não pedem informações pessoais, sigilosas ou restritas. No texto, será perguntado se o portador do número é responsável pelo jovem. Em caso positivo, a próxima pergunta aparece querendo saber se há uma previsão de levar a criança para vacinar.
“Trata-se de um serviço gratuito. Isso quer dizer que não há qualquer pedido de pagamento ou taxa. O foco das mensagens é unicamente lembrar, conscientizar e incentivar os responsáveis sobre a vacinação da criança ou do adolescente”, alerta a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Na capital federal, a dose está disponível para jovens entre 9 e 14 anos, em mais de cem pontos de vacinação espalhados pelas regiões de saúde. A lista de locais pode ser conferida neste link.
Cobertura
A escolha por priorizar a dose contra o HPV é fundamentada em dados históricos de cobertura vacinal. A expectativa é atingir toda a população adolescente do DF considerada como público-alvo. O imunizante é uma medida preventiva, pois auxilia na redução de incidência de cânceres relacionados ao vírus.
“O HPV é o sexto imunobiológico considerado pela campanha de mensagens que o GDF implementou – uma abordagem alinhada às recomendações do Ministério da Saúde, que tem investido em canais digitais para disseminar informações sobre imunização e saúde pública”, explica a gerente de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, Lídia Glasielle de Oliveira Silva.
Sobre a doença
O papilomavírus humano infecta tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal. Apesar de muitos casos serem assintomáticos, o HPV pode apresentar verrugas ou lesões. Estas, por sua vez, são capazes de evoluírem para um câncer, como o de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe (parte da garganta que fica atrás da boca).
Embora a principal forma de transmissão ocorra por via sexual, com penetração desprotegida, ela também é possível por contato direto entre os órgãos genitais, sem penetração. Os sintomas podem incluir verrugas genitais, lesões precursoras de câncer, infecções respiratórias, coceira ou irritação, e dor associada às verrugas.
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