Curta nossa página

Síndrome do Fim do Ano

Como o período de festas pode afetar a saúde do nosso coração

Publicado

saúde mental
Foto/Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Você já ouviu falar em “Síndrome do Fim do Ano” ou “dezembrite”? Assim é conhecido o fenômeno relacionado ao aumento dos casos relacionados à ansiedade e depressão no período que compreende o fim de novembro até o último dia de dezembro. Enquanto a época de festas deixa uma parte da população mais feliz e cheia de esperanças para o início de um novo ciclo, outra parte é tomada por sentimentos como ansiedade, tristeza e melancolia. Segundo uma pesquisa da International Stress Management Association, o estresse individual aumenta 75% e atinge 80% da população nesse período.

A “síndrome” pode afetar não só o emocional, mas também o fisiológico. De acordo com o cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Dr. Henrique Maia, o responsável por isso é o hormônio que estes sentimentos liberam no organismo. “Estados emocionais como esses liberam cortisol no sangue. Níveis elevados deste hormônio causam aumento da frequência cardíaca e do nível de açúcar no sangue, diminuição da produção de insulina e constrição dos vasos sanguíneos. Isso pode trazer problemas como diabetes, hipertensão, infarto e derrames”, explica.

Dra. Carla Septimio, arritmologista e eletrofisiologista do ICTCor, reforça ainda que não basta só cuidar do corpo, é importante também cuidar da mente. A dica serve para quem é fisiologicamente saudável e, principalmente, para quem já tem alguma doença cardíaca. “Os pacientes reagem às doenças cardíacas de formas diferentes. É comum que apareçam mecanismos de defesa como negação, deslocamento ou agressividade. O acompanhamento psicológico é de grande ajuda, tanto no processo de aceitação do problema de saúde, tanto na melhora da adesão ao tratamento, que nem sempre é simples”, relata Dra. Carla

Por que isso acontece?

Para a psicóloga do corpo clínico do ICTCor, Marianna Cruz, a explicação para algumas pessoas terem reações tão negativas em um período que, para a maioria, traz sentimentos alegres e esperançosos, se dá pelo simbolismo de fechamento de ciclo, que traz reflexões do desempenho e aproveitamento que cada pessoa fez do seu tempo e de sua satisfação em seus relacionamentos interpessoais. “Se a pessoa não viveu dentro de seu propósito de realizações, é comum que ela entre em um ciclo de autocobrança intensa. A autocobrança gera insatisfação, o que provoca gasto de energia, prejudicando assim, a autoconfiança e autoestima das pessoas. Esse processo costuma acontecer também em vésperas de aniversário”, relata.

Como evitar?

Uma vez que é inevitável passar por esta época do ano, Marianna recomenda o desenvolvimento de uma postura mais respeitosa e compreensiva consigo mesmo. “É importante entender que a autocobrança não é uma qualidade. Pelo gasto de energia emocional, ela prejudica que façamos mudanças e reconheçamos o que temos de bom, nossas conquistas”, garante a psicóloga, que compara a prática da autocobrança com andar em um carro com o freio de mão puxado.

Ainda segundo a especialista, o primeiro passo para isso é ser grato e cultivar o hábito de destacar as qualidades e os aspectos positivos em si mesmo e nos acontecimentos da vida. “A gratidão é uma das forças fundamentais para o fortalecimento da saúde emocional do ser humano. O hábito de agradecer traz bem-estar, aumenta a autoestima e, consequentemente, traz forças para gerar mudanças. Respeite suas limitações, se valorize e agradeça as pequenas conquistas”, indica.

Para finalizar, Marianna ressalta a importância de procurar um profissional. “Caso a pessoa não consiga colocar isso em prática sozinha, a psicoterapia é extremamente indicada”, garante, reafirmando que o acompanhamento psicológico é essencial, principalmente para os cardiopatas. “Passar por momentos emocionalmente difíceis pode agravar bastante quadros de doenças cardíacas, mesmo naqueles pacientes que mantenham hábitos saudáveis. É preciso ter um equilíbrio entre mente e corpo, com acompanhamento cardiológico e psicológico”, recomenda.

Prevenção é o melhor caminho

Estilo de vida aumenta risco de AVC entre jovens, alerta Saúde do DF

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
AVC - aneurismas - exames vasculares
Foto/Imagem: Freepik

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre pessoas com menos de 45 anos têm se tornado cada vez mais frequentes, chamando a atenção de especialistas para os riscos associados ao estilo de vida moderno. A combinação de fatores como hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo – inclusive o uso de cigarros eletrônicos – e controle inadequado de doenças crônicas está diretamente ligada ao aumento desses registros, segundo a neurologista e Referência Técnica Distrital (RTD) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Letícia Rebello.

“O AVC deixou de ser uma condição exclusiva de pessoas idosas. Hoje, vemos cada vez mais jovens sendo afetados por hábitos que colocam a saúde cardiovascular em risco”, alerta.

Além disso, a neurologista destaca a importância de diferenciar os tipos de AVC. “Existem dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. De modo geral, o AVC isquêmico é prevalente, representando cerca de 85% dos casos, enquanto os hemorrágicos correspondem a aproximadamente 15%”, explica.

A médica faz ainda uma observação sobre a ocorrência em pacientes jovens. “Nos casos de AVC hemorrágico, é importante considerar a possibilidade de malformações cerebrais, como aneurismas, ou malformações arteriovenosas, que podem levar ao sangramento intracraniano. Isso precisa ser investigado, especialmente quando o paciente não apresenta fatores de risco cardiovasculares conhecidos”.

A profissional de saúde destaca ainda o impacto da poluição ambiental. “Uma publicação recente da revista The Lancet aponta que a exposição à poluição do ar está relacionada ao risco elevado de AVC em todas as faixas etárias”.

Apesar da gravidade da condição, pacientes jovens costumam ter maior potencial de recuperação, como informa Rebello. “A idade, por si só, é um fator de risco independente para um pior prognóstico no AVC. Quando excluímos outras variáveis, como histórico familiar e comorbidades, apenas o fato de o paciente ser mais jovem já indica melhor chance de recuperação”.

A reabilitação, no entanto, depende da gravidade do caso. “Pacientes que apresentam AVCs mais severos — com perda de movimento, alteração de sensibilidade e fala — são encaminhados para um plano de reabilitação direcionado, que inclui fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento por equipe de fisiatria. A boa notícia é que, entre os jovens, mesmo nos casos mais complexos, a recuperação tende a ser mais efetiva”, reforça a neurologista.

AVC

Arte: Agência Saúde-DF

Prevenção é o melhor caminho

A melhor forma de evitar o AVC — em qualquer faixa etária — é o controle dos fatores de risco cardiovasculares. “É essencial manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes e o colesterol alto, manter um peso saudável, evitar o tabagismo e praticar atividade física regular. Além disso, é importante realizar avaliação médica periódica, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares”, orienta Rebello.

A SES-DF reforça a importância do diagnóstico precoce e da procura imediata por atendimento médico ao surgimento dos primeiros sinais de AVC, como formigamento, perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou entender, perda súbita da visão e dor de cabeça intensa sem causa aparente.

Em caso de suspeita de AVC, ligue para o SAMU 192 ou vá ao hospital mais próximo.

CONTINUAR LENDO

#VacinaDF

Covid-19: saiba quem pode se imunizar na rede pública de saúde do Distrito Federal

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
vacina bivalente covid-19
Foto/Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A vacinação contra a covid-19 segue disponível no Distrito Federal, com aplicação em diversas salas de vacina espalhadas pelas sete regiões de saúde da capital do país. O imunizante previne contra formas graves da doença transmitida pelo coronavírus e está direcionado a públicos específicos definidos pelo Calendário de Vacinação, do Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacina está disponível para idosos, que devem receber uma dose a cada seis meses, e para gestantes, que podem se vacinar em qualquer período da gestação. Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias também devem ser imunizadas, recebendo duas ou três doses, dependendo do imunizante aplicado.

Além desses grupos, há a imunização especial destinada a pessoas com maior vulnerabilidade ou condições de saúde que aumentam o risco de desenvolver formas graves da doença. Esse público deve receber uma dose anual ou a cada seis meses, de acordo com a necessidade específica de cada caso.

“Lembrando que o período da sazonalidade da covid-19 começa em abril, então é extremamente importante procurar a imunização”, enfatiza  a chefe do Núcleo da Rede de Frio Central, Tereza Luiza. “A doença continua causando hospitalizações, casos graves e óbitos, especialmente nesses grupos indicados para a imunização”, prossegue a servidora da Secretaria de Saúde do DF.

A Rede de Frio Central atua para garantir segurança e correta distribuição das vacinas e soros para picadas de animais peçonhentos. “Somos responsáveis por armazenar, receber e distribuir todos os imunizantes disponíveis no Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, além de controlarmos toda a parte de normatização técnica”, detalha.

Grupos prioritários

Entre os grupos prioritários incluídos pelo Ministério da Saúde na imunização contra o coronavírus estão pessoas vivendo em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de rua, além de pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

Na categoria dos imunodeprimidos que devem ser vacinados, estão transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pessoas vivendo com HIV, pacientes em tratamento prolongado com corticóides e imunossupressores, aqueles com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos e pessoas em hemodiálise.

Já entre as comorbidades que garantem prioridade na imunização estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial resistente, insuficiência cardíaca, doenças cardíacas e vasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal crônica, obesidade mórbida (IMC igual ou superior a 40), síndrome de Down e doença hepática crônica.

Como se vacinar

Para receber o imunizante, é necessário apresentar documento de identidade com foto, caderneta de vacinação e, no caso dos grupos especiais, um comprovante que ateste a condição específica, como laudos médicos em situações de imunossupressão.

lista completa de locais onde a vacinação está disponível pode ser consultada no site da Secretaria de Saúde do DF. Para mais informações, as equipes de saúde nos postos de vacinação estão à disposição para esclarecer dúvidas.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2025 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense