Superação
Com Alzheimer e insuficiência cardíaca, idosa derrota Covid-19

A emoção é inevitável. “Daqui a pouco eu vou para casa, estou feliz e quero ver meu filho, que é um menino importante”, diz, ansiosa, dona Inácia de Aquino, 84 anos, ou “dona Dalila”, como prefere ser chamada. Ela é uma das 17.887 pessoas que venceram a Covid-19 no Distrito Federal. Moradora de Samambaia Norte, dona Inácia está internada no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) recebendo assistência da equipe interdisciplinar de Cuidados Paliativos até que o retorno para casa seja possível.
Antes de chegar ao HAB, a paciente esteve na Unidade de Pronto Atendimento do Recanto das Emas (UPA), em 9 de maio, e foi transferida, no dia seguinte, para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), uma vez que existia a suspeita de estar com o novo coronavírus (Sars-CoV-2). Já no Hran, o teste confirmou a Covid-19 e, lá, ela permaneceu internada para tratar uma pneumonia provocada pelo Sars-CoV-2. Na última sexta-feira (12) foi transferida, já curada, para o HAB.
Um exemplo de superação, a paciente que possui outras comorbidades, como Alzheimer e insuficiência cardíaca, é muito querida pelos profissionais que cuidam dela diariamente. Inácia conta histórias e lembra dos 16 filhos, sete ainda vivos. “Para nós é gratificante receber a dona Inácia, que é muito carinhosa, comunicativa, de bem com a vida. Estamos satisfeitos em poder contribuir para melhorar as condições de saúde e a qualidade de vida dela”, relata a médica residente Núbia Mendonça.
Cuidados paliativos
No HAB, o tratamento na Unidade de Cuidados Paliativos visa o alívio do sofrimento e a qualidade de vida dos pacientes. A paciente recebe cuidados voltados para controle dos sintomas, da falta de ar, das dores e da confusão mental. Tudo para que ela possa voltar para casa renovada.
Diariamente ela é acompanhada pelas equipes de medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, odontologia e assistência social. Além disso, a equipe de psicologia tem dado apoio à família. Graças ao tratamento, ela já consegue dar alguns passos.
Tratamento em casa
A Covid-19 tornou-a dependente de suporte de oxigênio. Por esse motivo, ao receber alta hospitalar, ela será acompanhada pela equipe do Núcleo Regional de Atendimento Domiciliar (NRAD) e terá o suporte em casa.
A família, que aguarda o regresso ansiosamente, já preparou tudo para ter a matriarca de volta. “Estamos ansiosos. Ela fica nervosa no hospital quando lembra de todos. A recuperação dela foi muito esperada. Ela venceu e está firme e forte, surpreendendo a todos”, comemora Jandira de Aquino, 47 anos, filha da paciente.
Além dela, moram com dona Jandira e o filho, que é especial e foi citado no início da matéria, outra filha e uma sobrinha. Todos testaram positivo para a Covid-19 e já estão recuperados, porém apenas dona Inácia precisou de internação. O grupo familiar ainda é composto por 19 netos e 19 bisnetos. E três bisnetos “estão chegando”.
O neto Alex Aquino, 26 anos, que também estava com o novo coronavírus, agradece os cuidados que a avó recebe no Hospital de Apoio e alerta a população para que se cuide. “Quem puder faça o possível para manter o isolamento e não saia de casa. A doença está aí e não pega só pessoas idosas, nem só quem tem doenças existentes. Usem máscara, cuidem-se, pois não é brincadeira”, alerta.

Prevenção é o melhor caminho
Estilo de vida aumenta risco de AVC entre jovens, alerta Saúde do DF

Casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre pessoas com menos de 45 anos têm se tornado cada vez mais frequentes, chamando a atenção de especialistas para os riscos associados ao estilo de vida moderno. A combinação de fatores como hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo – inclusive o uso de cigarros eletrônicos – e controle inadequado de doenças crônicas está diretamente ligada ao aumento desses registros, segundo a neurologista e Referência Técnica Distrital (RTD) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Letícia Rebello.
“O AVC deixou de ser uma condição exclusiva de pessoas idosas. Hoje, vemos cada vez mais jovens sendo afetados por hábitos que colocam a saúde cardiovascular em risco”, alerta.
Além disso, a neurologista destaca a importância de diferenciar os tipos de AVC. “Existem dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. De modo geral, o AVC isquêmico é prevalente, representando cerca de 85% dos casos, enquanto os hemorrágicos correspondem a aproximadamente 15%”, explica.
A médica faz ainda uma observação sobre a ocorrência em pacientes jovens. “Nos casos de AVC hemorrágico, é importante considerar a possibilidade de malformações cerebrais, como aneurismas, ou malformações arteriovenosas, que podem levar ao sangramento intracraniano. Isso precisa ser investigado, especialmente quando o paciente não apresenta fatores de risco cardiovasculares conhecidos”.
A profissional de saúde destaca ainda o impacto da poluição ambiental. “Uma publicação recente da revista The Lancet aponta que a exposição à poluição do ar está relacionada ao risco elevado de AVC em todas as faixas etárias”.
Apesar da gravidade da condição, pacientes jovens costumam ter maior potencial de recuperação, como informa Rebello. “A idade, por si só, é um fator de risco independente para um pior prognóstico no AVC. Quando excluímos outras variáveis, como histórico familiar e comorbidades, apenas o fato de o paciente ser mais jovem já indica melhor chance de recuperação”.
A reabilitação, no entanto, depende da gravidade do caso. “Pacientes que apresentam AVCs mais severos — com perda de movimento, alteração de sensibilidade e fala — são encaminhados para um plano de reabilitação direcionado, que inclui fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento por equipe de fisiatria. A boa notícia é que, entre os jovens, mesmo nos casos mais complexos, a recuperação tende a ser mais efetiva”, reforça a neurologista.

Arte: Agência Saúde-DF
Prevenção é o melhor caminho
A melhor forma de evitar o AVC — em qualquer faixa etária — é o controle dos fatores de risco cardiovasculares. “É essencial manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes e o colesterol alto, manter um peso saudável, evitar o tabagismo e praticar atividade física regular. Além disso, é importante realizar avaliação médica periódica, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardiovasculares”, orienta Rebello.
A SES-DF reforça a importância do diagnóstico precoce e da procura imediata por atendimento médico ao surgimento dos primeiros sinais de AVC, como formigamento, perda de força em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou entender, perda súbita da visão e dor de cabeça intensa sem causa aparente.
Em caso de suspeita de AVC, ligue para o SAMU 192 ou vá ao hospital mais próximo.
#VacinaDF
Covid-19: saiba quem pode se imunizar na rede pública de saúde do Distrito Federal

A vacinação contra a covid-19 segue disponível no Distrito Federal, com aplicação em diversas salas de vacina espalhadas pelas sete regiões de saúde da capital do país. O imunizante previne contra formas graves da doença transmitida pelo coronavírus e está direcionado a públicos específicos definidos pelo Calendário de Vacinação, do Ministério da Saúde.
Atualmente, a vacina está disponível para idosos, que devem receber uma dose a cada seis meses, e para gestantes, que podem se vacinar em qualquer período da gestação. Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias também devem ser imunizadas, recebendo duas ou três doses, dependendo do imunizante aplicado.
Além desses grupos, há a imunização especial destinada a pessoas com maior vulnerabilidade ou condições de saúde que aumentam o risco de desenvolver formas graves da doença. Esse público deve receber uma dose anual ou a cada seis meses, de acordo com a necessidade específica de cada caso.
“Lembrando que o período da sazonalidade da covid-19 começa em abril, então é extremamente importante procurar a imunização”, enfatiza a chefe do Núcleo da Rede de Frio Central, Tereza Luiza. “A doença continua causando hospitalizações, casos graves e óbitos, especialmente nesses grupos indicados para a imunização”, prossegue a servidora da Secretaria de Saúde do DF.
A Rede de Frio Central atua para garantir segurança e correta distribuição das vacinas e soros para picadas de animais peçonhentos. “Somos responsáveis por armazenar, receber e distribuir todos os imunizantes disponíveis no Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, além de controlarmos toda a parte de normatização técnica”, detalha.
Grupos prioritários
Entre os grupos prioritários incluídos pelo Ministério da Saúde na imunização contra o coronavírus estão pessoas vivendo em instituições de longa permanência, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, comorbidades ou em situação de rua, além de pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.
Na categoria dos imunodeprimidos que devem ser vacinados, estão transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pessoas vivendo com HIV, pacientes em tratamento prolongado com corticóides e imunossupressores, aqueles com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos e pessoas em hemodiálise.
Já entre as comorbidades que garantem prioridade na imunização estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial resistente, insuficiência cardíaca, doenças cardíacas e vasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal crônica, obesidade mórbida (IMC igual ou superior a 40), síndrome de Down e doença hepática crônica.
Como se vacinar
Para receber o imunizante, é necessário apresentar documento de identidade com foto, caderneta de vacinação e, no caso dos grupos especiais, um comprovante que ateste a condição específica, como laudos médicos em situações de imunossupressão.
A lista completa de locais onde a vacinação está disponível pode ser consultada no site da Secretaria de Saúde do DF. Para mais informações, as equipes de saúde nos postos de vacinação estão à disposição para esclarecer dúvidas.
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