8 de março
CLDF discute ações de combate à violência contra a mulher
Na véspera do 8 de março, a Câmara Legislativa do Distrito Federal transformou a sessão ordinária em comissão geral para discutir a violência contra a mulher, com base na Lei Maria da Penha (Lei Federal n° 11.340/06) – e na Lei do Feminicídio (Lei Federal n° 13.104/15). Foram apresentados dados; ações que vêm sendo desenvolvidas por diversas instituições públicas e da sociedade civil; e sugestões para enfrentar o problema. A ideia do debate foi da deputada Arlete Sampaio (PT), que chamou a atenção para o aumento dos casos no DF. “Precisamos construir meios para barrar essa situação absurda”, conclamou.
A parlamentar sublinhou que a violência contra a mulher não é um fenômeno brasiliense e que em todo país cresceu o número de ataques – assédio, violência doméstica verbal e física, bem como casos de feminicídio. “Como a gente pode fazer frente a esse cenário?”, indagou. Arlete defendeu, entre outras medidas, a reabertura da Casa da Mulher Brasileira – um centro de atendimento multidisciplinar; e citou o projeto de lei nº 2.114/18, de autoria do Executivo, em tramitação na Casa, que trata do fornecimento de equipamentos de monitoramento eletrônico e de segurança preventiva em casos de medidas protetivas de urgência, entre outros.
Representando o Conselho dos Direitos da Mulher do DF, Geralda Lopes de Resende lembrou o Dia Internacional da Mulher e disse que “amanhã, não é dia de comemorar, é dia de resistência. Dia de defender os nossos direitos e dizer não à violência”. Ela denunciou a destituição, pelo governo, de membros eleitos para compor o colegiado. “Isso também é violência”, declarou. Para Wilma dos Reis, da Marcha Mundial das Mulheres, “o desafio é combater a raiz do problema”. Ela salientou conquistas, mas destacou que se vive uma onda de retrocessos. Também convidou para ato público que será realizado nesta sexta-feira (8), às 16h, na Rodoviária de Brasília.
Coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público do DF, Mariana Fernandes Távora, baseando-se em tratados internacionais, discutiu os instrumentos que o Estado deve manter para enfrentar a questão. “Temos a necessidade de conscientização para questões como igualdade, combate ao machismo e igualdade no mercado de trabalho. Da mesma forma, é necessária uma rede de atendimento e o reconhecimento de grupos mais vulneráveis; e ainda intervenções a longo prazo, que incluem respostas do sistema de justiça”, enumerou.
Denúncias
Já Miriam Sartori, supervisora do Núcleo Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do DF, observou que o órgão trabalha no cumprimento da Lei Maria da Penha. Ela debateu a necessidade de ações de prevenção, “porque há micro violências para as quais não é dada visibilidade”. Citou pesquisa que mostra mulheres vítimas que não haviam recebido medidas protetivas e muitas delas, inclusive, não tinham feito denúncia. “Pensando nesse quadro, temos de trabalhar em alguns eixos, sendo um deles incentivar as denúncias”, argumentou.
Marília Coelho representou a Secretaria da Mulher do DF e convidou para evento do GDF, a ser realizado amanhã, onde serão divulgadas ações para o mês de março e para este ano relacionadas ao público feminino. Também criticou a reforma da previdência que vem sendo proposta por não levar em conta peculiaridades das mulheres.
Por sua vez, a coronel Sheyla Sampaio, comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, citou fatos de sua trajetória na instituição e a conquista de postos até chegar à patente máxima da corporação. “Conseguimos demonstrar que a mulher tem importância dentro da PMDF”, afirmou. E descreveu atividades do programa de combate à violência doméstica mantido pela corporação.
Gênero
Parlamentares de diversos partidos também compareceram à comissão geral. Fábio Felix (PSOL) discorreu sobre a necessidade do debate de gênero nas escolas, em políticas públicas e sociais. “Ideologia de gênero é uma farsa. Temos de perseguir a igualdade de gênero”, reforçou. O distrital anunciou a realização de sessão solene da CLDF que homenageará Marielle Franco, ex-vereadora carioca assassinada em 14 de março de 2018, na data em que completará um ano do crime, ainda sem solução.
O deputado Hermeto (PHS) se solidarizou com as vítimas do machismo, da violência e de outros abusos. Relatou que, em décadas de atuação na Polícia Militar do DF, se deparou com ocorrências horríveis tendo mulheres como vítimas. Ele ainda elogiou a atuação do corpo feminino da PMDF.
Chico Vigilante (PT) considerou as dificuldades para se combater o machismo na sociedade brasileira. Contudo, realçou a necessidade de denunciar que, segundo o deputado, “anima outras mulheres a externar as situações de violência”. Enquanto Leandro Grass (Rede) sustentou que o combate à violência contra a mulher deveria ser uma marca da Câmara Legislativa do DF. “Precisamos falar de machismo com os meninos e com os rapazes”, indicou.
Ao final do debate, a deputada Arlete Sampaio resumiu as principais medidas sugeridas durante a comissão geral e comunicou que enviará um documento ao governador Ibaneis Rocha e à secretária da Mulher, Erika Filippelli, listando essas ações, entre elas a necessidade de integrar as diversas atividades já desenvolvidas por diferentes instituições e a realização de campanhas educativas.

Maio Laranja
Sejus-DF intensifica combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes

Com um esforço contínuo na promoção de políticas públicas de proteção, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realiza, ao longo de maio, uma série de ações da campanha Maio Laranja, dedicada ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades são conduzidas pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), e abrangem escolas, espaços públicos e equipamentos da rede de proteção social do DF.
Um dos principais eventos da programação é o encontro “Proteger é nosso dever: Cuidar, nossa missão”, que será realizado no dia 22, às 18h30, no Cine Brasília, com a expectativa de reunir mais de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros tutelares, profissionais da rede e representantes da sociedade civil. Na ocasião, será exibido o premiado longa-metragem “Manas”, da cineasta Marianna Brennand. O filme aborda de forma sensível e impactante a realidade de meninas em situação de vulnerabilidade social no agreste pernambucano, com foco em temas como violência, sororidade e resistência. Após a sessão, haverá um cine-debate com a presença da diretora e mediação da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
A campanha Maio Laranja também prevê a realização ao longo do mês de palestras educativas, promovidas pelo Centro Integrado 18 de Maio – unidade referência no atendimento às vítimas de violência sexual infantojuvenil, vinculada à Sejus. As atividades acontecerão em 12 escolas de diversas regiões administrativas do DF, com o objetivo de orientar estudantes, professores e famílias sobre os sinais da violência e os caminhos de denúncia e acolhimento.
Mobilização nas ruas reforça a conscientização
No dia 15 de maio, será realizado o Dia D de combate ao abuso sexual infantojuvenil, com ações intensificadas em todo o DF, incluindo blitze educativas em pontos estratégicos e no posto da PRF em Santa Maria, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Por todo o mês de maio, outras abordagens também estão previstas nas ruas para reforçar a divulgação dos canais de denúncia e dos serviços oferecidos pela Sejus.
“A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas mais cruéis de violação de direitos, e precisamos enfrentá-la com firmeza e empatia. O Maio Laranja é um momento de intensificarmos esse combate, mas esse é um trabalho que realizamos o ano inteiro. Proteger a infância é responsabilidade de todos”, afirma a secretária Marcela Passamani.
Proteção integral como política permanente
A atuação da Sejus em defesa dos direitos da infância vai além da campanha Maio Laranja. O Centro Integrado 18 de Maio, localizado na Asa Sul, na SQS 307, é um dos pilares dessa política. No local, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual recebem atendimento humanizado, com escuta especializada, apoio psicológico, social e orientação jurídica, sempre com foco na redução de danos e na proteção integral.
Outro instrumento essencial é o Cisdeca – Canal de Comunicação e Apoio ao Sistema de Garantia de Direitos –, que atua como elo entre os conselhos tutelares, o Ministério Público, o Judiciário e os serviços públicos. O contato pode ser feito em qualquer dia e horário pelo telefone 125, de forma gratuita.
A Sejus também investe na capacitação permanente de conselheiros tutelares e demais profissionais da rede, garantindo preparo técnico e suporte institucional para atuar em situações de risco. Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares, cuja gestão administrativa é de responsabilidade da Secretaria.
Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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