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Ricardo Rezende

Cirurgião ensina a prevenir e tratar a diástase abdominal

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Dentre os músculos que compõem a parede abdominal, se encontram os retos abdominais, que são as duas faixas verticais mais aparentes em uma “barriga tanquinho”. Essas faixas são divididas por um espaço de 1 a 2 cm, porém, o que muita gente não sabe é que, em alguns casos, este espaço pode chegar a até 10 cm, deixando uma aparência indesejável no abdômen e chegando a causar dores no local, na região lombar e das nádegas.

A este espaçamento é dado o nome de diástase abdominal, condição que ocorre quando há um enfraquecimento na musculatura da região. “Essa fragilidade se deve ao alargamento em excesso da parede abdominal, que pode vir a ser causado por sobrepeso ou, na maioria das vezes, pela gravidez,”, explica Dr. Ricardo Rezende, cirurgião plástico.

Como evitar

O melhor a ser fazer é evitar a diástase abdominal por meio de exercícios físicos. “Principalmente no caso das mulheres. É comum haver diástase após a gestação, mas se a gestante mantiver uma rotina de fortalecimento abdominal antes de engravidar e dar continuidade a ela durante a gravidez, essa diástase pode vir a ser menor, ou mesmo nem existir”, conta Dr. Ricardo.

Mas vale lembrar que a presença de um profissional, tanto um educador físico quanto um fisioterapeuta, é essencial. “Eles vão garantir que a execução dos exercícios está correta. No caso das gestantes, também vão saber adaptar as atividades para que tenham menos impacto”, complementa o médico, que garante que outro hábito importante para a manutenção e fortalecimento do abdômen durante a gravidez é a boa postura. “É certo que a barriga pesa, mas o esforço será recompensado no pós-parto”, diz.

Diagnóstico

De acordo com o cirurgião, o diagnóstico da diástase abdominal é rápido e feito manualmente. “Nós deitamos o paciente de barriga para cima, pressionamos os dedos na região vertical do umbigo e pedimos para ele fazer um movimento de levantar, como se fosse fazer um abdominal. Assim, medimos o espaço pela quantidade de dedos que conseguimos colocar no espaço entre os músculos. Há casos em que se consegue colocar até 4 dedos”, conta.

Tratamentos

Assim como na prevenção, os exercícios são ótimos aliados na recuperação da diástase. Porém há situações em que o paciente acaba tendo que lançar mão de intervenção cirúrgica. “É apenas em último caso, mas a cirurgia em que revertemos a diástase é a abdominoplastia. O realinhamento dos retos abdominais é feito por meio de costura. Assim, recuperamos o espaçamento normal da região”, explica o médico.

Autocuidado

Mês da mulher destaca a importância da radiologia para a saúde delas

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Mês da mulher
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O mês de março é um período que incentiva e promove a saúde das mulheres, reforçando o compromisso com o autocuidado na prevenção e diagnóstico de doenças mais comuns entre o sexo feminino. Apesar dos cuidados diários, algumas doenças, como o câncer de mama ou de ovário, não são visíveis a olho nu. E podem se desenvolver silenciosamente, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. É nesse momento que as técnicas radiológicas se tornam grandes aliadas, possibilitando diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.

A professora Kezia Balena, coordenadora do Curso de Tecnologia em Radiologia da Estácio de Brasília, compartilha sua visão como mulher e profissional sobre a importância dos exames de imagem para a saúde feminina ao longo da vida: “Como mulher, sei que nosso corpo passa por diversas transformações ao longo dos anos, e os exames de imagem são aliados importantes em cada fase desse processo. Na fase adulta, quando muitas de nós estamos construindo carreiras e, talvez, uma família, os exames de imagem tornam-se ainda mais essenciais. A mamografia, por exemplo, passa a ser parte da nossa rotina de cuidados a partir dos 40 anos, ou antes, dependendo da nossa história familiar. Durante a gravidez, as ultrassonografias nos permitem acompanhar o desenvolvimento do bebê e garantir que tudo esteja correndo bem.”

“Na menopausa, os exames de imagem continuam fundamentais, ajudando a monitorar a saúde óssea por meio da densitometria, além de manter a vigilância contra o câncer de mama e outros problemas que podem surgir nesta fase. Em todas essas etapas, os exames de imagem nos proporcionam tranquilidade quando está tudo bem e a chance de agir rapidamente quando algo não está”, explica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados mais de 73 mil novos casos anuais de câncer de mama e mais de 17 mil novos casos de câncer do colo do útero. Diante desse cenário, o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia alerta que, para um diagnóstico precoce e correto, além do monitoramento das doenças, a qualificação e capacitação dos profissionais das técnicas radiológicas se tornam indispensáveis.

A professora também destaca exames essenciais que as mulheres devem realizar para manter a saúde em dia: “A mamografia é um dos mais importantes, sendo o principal método para a detecção precoce do câncer de mama, capaz de identificar lesões pequenas, antes mesmo de serem percebidas no autoexame. O ultrassom das mamas complementa a mamografia e é especialmente útil para mulheres jovens com mamas densas, onde a mamografia pode apresentar limitações. Juntos, esses exames formam uma rede de proteção, permitindo que cuidemos da nossa saúde de forma abrangente. A ultrassonografia transvaginal é outro exame essencial, pois permite visualizar detalhadamente o útero, os ovários e as estruturas adjacentes, ajudando a diagnosticar condições como miomas, cistos ovarianos, endometriose e até mesmo cânceres ginecológicos em estágio inicial.”

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Papilomavírus humano

Câncer do colo do útero atinge 15 em cada 100 mulheres no Brasil

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Câncer do colo do útero
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O câncer do colo do útero está entre os quatro mais incidentes no mundo, acometendo cerca de 15 a cada 100 mulheres no Brasil. Apesar do número alarmante, ele é um dos cânceres mais preveníveis, pois se desenvolve majoritariamente a partir do papilomavírus humano (HPV), transmitido, principalmente, por meio das relações sexuais.

Para que as futuras gerações atuem preventivamente e vivam livres dessa neoplasia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a liderar iniciativas que eliminem a doença globalmente até 2030. Sabe-se que, a cada 10 pessoas sexualmente ativas, oito delas já tiveram contato com o HPV, entretanto, apenas duas ou três vão persistir com o vírus e podem evoluir com alguma alteração.

“Atualmente, há dois tipos de vacinas disponíveis no país: a HPV4 e a HPV9, que previnem quatro e nove subtipos de vírus, respectivamente. A HPV9 passa a ser recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) como preferencial por aumentar a proteção contra as doenças associadas ao vírus. Ela é efetiva na redução de casos de cânceres do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis, orofaringe e de verrugas genitais em ambos os gêneros, de 9 a 45 anos”, afirma a Dra. Michelle Samora, oncologista do Hcor.

Entretanto, a maioria dos casos de câncer do colo do útero é encontrada em populações com baixa situação socioeconômica, de acordo com a OMS. Por consequência, as pessoas têm falta de acesso às vacinas anti-HPV e serviços de saúde e tratamentos específicos.

“Enquanto a recomendação da OMS é que 90% da população de até 15 anos seja imunizada, aqui no Brasil registramos 75,81% nas meninas e 52,16% nos meninos. É necessário que existam mais ações de conscientização sobre a vacina, pois ela não instiga que as pessoas comecem a vida sexual mais cedo, mas ajuda a proteger quando decidirem iniciá-la.”

A Dra. Michelle reforça ainda que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Algumas lesões precursoras do câncer do colo do útero ou mesmo tumores iniciais, que não apresentam sintomas, são detectadas nos exames de rotina. “Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, mais eficaz é o tratamento e menores serão as sequelas”, finaliza a especialista.

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