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Todo cuidado é pouco

Casos de acidentes com escorpiões aumentam 45% no Distrito Federal

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Acidente com escorpião
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Em janeiro deste ano, o pequeno Thomas, de 2 anos, ficou cem dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ter sido picado por um escorpião na noite de Ano Novo. Dados epidemiológicos da Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde apontam que casos como esse aumentaram em 45% neste ano. Entre janeiro e maio, houve 1.134 ocorrências.



No mesmo período de 2022, foram registrados 780 acidentes desse tipo. De acordo com a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da SES, foram feitos 899 chamados para captura de escorpião entre janeiro e maio de 2022, enquanto no mesmo período deste ano o número já chegou a 1.222, um aumento de 35%.

“De modo geral, tem crescido bastante o número de casos nos últimos anos não só no DF, mas no país inteiro”, atenta o biólogo Israel Moura, da Dival. “Saímos de 400 ou 500 casos para mais de 2 mil”. Pontos como a ocupação irregular do solo e mudanças climáticas contribuem para o surgimento de escorpiões e, consequentemente, para o aumento no número de acidentes.

Como prevenir

Escorpiões costumam se esconder em ambientes escuros e úmidos durante o dia. À noite, saem em busca de alimentos, principalmente baratas. Por isso, é importante prestar atenção aos espaços onde o animal se esconde – como entulhos, ralos, caixas de esgoto – e providenciar barreiras. Isso significa fechar ralos de banheiros, tanques e pias, vedar frestas em paredes, muros, rodapés, janelas e portas, além de utilizar borracha de vedação ou rolos de areias nas portas.

Um ponto essencial é manter a moradia e os quintais sempre limpos e sem entulho, além de combater a proliferação de baratas e fazer faxinas frequentes atrás de móveis e eletrodomésticos, dando atenção especial a sofás, camas, roupas e sapatos.

Caso um escorpião seja encontrado na residência, é necessário comunicar à Vigilância Ambiental por meio dos números 160 e (61) 2017-1344 ou ainda pelo e-mail [email protected]. Uma equipe será enviada para capturar o animal.

“Nos locais onde há pessoas mais vulneráveis, como escolas, asilos, unidades de saúde, fazemos visitas rotineiras; já nas residências, somos acionados pelo morador e uma equipe vai até o local na tentativa de coletar o escorpião ou explicar como as pessoas podem proceder”, explica Israel Moura.

O biólogo lembra que o uso de inseticida não é recomendado, uma vez que não há comprovações de que o produto funcione contra escorpiões em ambientes urbanos. “Seu uso pode, inclusive, facilitar o acidente, pois, em vez de matar, apenas expulsa o animal de seu esconderijo”, alerta.

Como proceder

No DF, a Secretaria de Saúde disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), por meio dos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. As equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados.

Recomenda-se lavar o local da picada com água e sabão e procurar um pronto-socorro para realizar avaliação médica. Se possível, capturar o animal ou tirar fotos para identificação. O profissional da saúde vai observar se é um caso leve ou se há a necessidade de utilizar um soro antiescorpiônico.

Confira aqui as unidades de saúde que disponibilizam o soro antiveneno.

Atualizado em 11/06/2023 – 13:59.

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