Campanha termina na sexta
Campanha nacional: 9,5 milhões ainda não vacinaram contra gripe
A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira (22) e 9,5 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo ainda não se vacinaram. Destes, 4,4 milhões são crianças menores de cinco anos. Na última semana, as baixas coberturas vacinais registradas acenderam um alerta e o Ministério da Saúde decidiu prorrogar por mais uma semana a campanha. A preocupação da Pasta é com a proximidade do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe. Também é preocupante o número de casos e mortes registrados no Brasil, que já dobraram na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ao anunciar a prorrogação, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, convocou toda a população para a responsabilidade de se vacinar contra a gripe. “A doença não tem cara, ela não manda recado e a melhor forma de evitar a doença é com a prevenção, portanto com se vacinar. Por isso, é importante que todos saibam que a saúde é responsabilidade de todos. Não basta que o governo federal disponibilize 60 milhões de doses da vacina é necessário que a população também se interesse em vacinar e que perceba o risco de morte por complicações da gripe”, ressaltou o ministro.
Desde o início da campanha, em 23 de abril, 80,7% da população prioritária buscaram os postos de saúde. A meta é vacinar contra a gripe 54,4 milhões de pessoas. Após o fim da campanha, caso haja disponibilidade de vacinas nos estados e municípios, a vacinação contra a gripe poderá ser ampliada para crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. O Ministério da Saúde reforça a importância dos estados e municípios continuarem a vacinar contra a gripe os grupos prioritários, em especial, crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, público com maior risco de complicações para a doença.
Além da mobilização da população é importante o engajamento de estados e municípios, alerta o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. “É fundamental que os gestores locais de saúde também se mobilizem para ampliar a procura pela vacina e incentivar a ida aos postos de saúde. A responsabilidade pelo sucesso da campanha é compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde.
Até esta segunda-feira (18), 44,8 milhões de pessoas em todo país foram vacinadas. As crianças de seis meses a cinco anos de idade e as gestantes, um dos grupos prioritários mais vulneráveis à gripe, registram o menor índice de vacinação contra a gripe, com cobertura de apenas 65% e 68,9%, respectivamente. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe, é de professores, com 95,1%, seguido pelas puérperas (94,1%), idosos (88,7%) e indígenas (88,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 86,8%.
A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
Atualizado em 19/06/2018 – 12:45.
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