Nutrientes Para a Vida
Brasileiro perde quase R$ 8 mil por ano em alimentos descartados

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, atualmente, 1/3 dos alimentos produzidos no mundo são perdidos ou jogados fora, o que equivale a cerca de 1,3 bilhão de toneladas por ano. Os alimentos produzidos, mas não consumidos, ocupam quase 1,4 bilhão de hectares de terra, ou quase 30% das terras agrícolas do mundo, o que é um pouco menos que duas vezes a área total do Brasil. Isso significa que para produzir todos esses alimentos perdidos ou descartados requer cerca de 1/4 de toda a água usada na agricultura a cada ano.
“No Brasil, anualmente são jogados fora o total de 27 milhões toneladas de comida. Isso significa que cada brasileiro está jogando fora uma média de 130 kg de comida por ano. Considerando o preço médio de R$ 60,00 por quilo da refeição self-service, isso representa R$ 7.800,00 perdidos anualmente por cada brasileiro”, alerta Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida (NPV).
Segundo o engenheiro agrônomo, muitos destes alimentos poderiam ser economizados se fossem comprados apenas na quantidade necessária e garantindo os prazos de validade. “Até as sobras podem ser recicladas de maneiras inteligentes. A redução do desperdício de alimentos começa com a integração de dicas simples em nossa rotina para: planejar melhor nossas compras, armazenar adequadamente nossos alimentos e maximizar seu uso”, explica Casarin.
O primeiro passo, de acordo com ele, é buscar as soluções para reduzir o desperdício de alimentos. Para isso, o especialista explica que é necessário assumir um estilo de vida mais ecológico com a ajuda de gestos simples do dia a dia. “Precisamos aprender a reorganizar a cozinha e, assim, limitar ao máximo o desperdício e aprender a consumir de forma mais ética. A primeira lição a ser aprendida é não jogar mais fora as sobras de alimentos, pois existem muitas formas de reciclá-las”, explica o coordenador da NPV.
“Planeje suas refeições com antecedência. Você vai economizar tempo e dinheiro! Prepare seu cardápio da semana de acordo com os alimentos que você tem na geladeira. Faça uma lista de compras e cumpra-a! Você evitará comprar coisas supérfluas. Tente comprar o mais próximo possível de suas necessidades e de forma responsável”, afirma.
O especialista dá ainda algumas dicas importantes para esse objetivo: Fazer compras com o estômago vazio pode estimular a compra de produtos não necessários, principalmente pela tentação de comprar alimentos gordurosos ou açucarados e/ou em quantidades excessivas;
Faça uma lista visando limitar suas compras; Compre os produtos e as quantidades correspondentes às suas necessidades e gostos. Por exemplo, se você mora sozinho, opte por quantidades menores ou mesmo porções individuais; Preste atenção aos prazos de validade, só compre um produto se tiver certeza de que pode consumi-lo antes do prazo esgotar.
Valter Casarin ainda reforça que, o bom e correto armazenamento dos alimentos é um grande aliado para aumentar a maior durabilidade. “Assim, ajuste a temperatura da sua geladeira para que fique entre zero e quatro graus. Disponha bem os alimentos na geladeira, colocando os mais perecíveis na parte de baixo, local mais frio, e os de menor prazo de validade na frente dos demais, para consumi-los mais rapidamente. Guarde as sobras em recipientes herméticos e marque-os com a data de cozimento. As sobras podem ser cozidas novamente ou servidas frias. Depois de descongelados, os alimentos não podem ser devolvidos ao congelador”, finaliza.

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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