Curta nossa página

#VacinaDF

Aumento no nº de casos de coqueluche alerta para a importância da vacinação

Publicado

vacinação
Foto/Imagem: Davidyson Damasceno/IGESDF
Jurana Lopes/IGESDF

A coqueluche é uma doença que há muitos anos não se ouvia falar, mas que tem registrado novos casos no Distrito Federal e acende um alerta para a importância de manter a caderneta de vacinação sempre em dia e atualizada. Segundo dados da Secretaria de Saúde, em apenas um mês, o DF subiu de oito para 44 casos confirmados da doença. O número ainda pode ser maior, já que 19 continuam em investigação.

Segundo a chefe de Núcleo da Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional de Santa Maria, Larysse Lima, cinco casos da doença foram notificados no primeiro semestre de 2024 no HRSM, desses, um deles foi positivo para a coqueluche. O alerta é que todas as notificações foram de casos em crianças menores de seis meses.

“Para os profissionais de saúde, é de extrema importância a atualização da caderneta de vacina. Na nossa Sala de Vacina do HRSM temos a dTpa e todas as outras vacinas disponíveis”, destaca.

A principal característica da coqueluche, causada pela bactéria (Bordetella Pertussis), são crises incontroláveis de tosse seca seguida pelo guincho inspiratório, que é som produzido pelo estreitamento da glote. A falta de vacinação é um dos principais fatores de risco para coqueluche em crianças e adultos. Embora tenha tratamento, a infecção pode levar à morte, especialmente bebês menores de seis meses quando não tratados direito e ainda com o esquema vacinal incompleto.

Segundo o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Ribeiro Bianchini, a coqueluche é uma doença bacteriana respiratória facilmente transmissível e tem três fases diferentes, sendo a primeira a catarral, com sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe. O paciente apresenta coriza, febre, mal-estar e tosse seca e, em seguida, há acessos de tosse seca contínua.

Na segunda fase (paroxística), os acessos de tosse são mais frequentes e finalizados por inspiração forçada e prolongada (guincho inspiratório), geralmente esses episódios são seguidos de vômitos, dificuldade de respirar e extremidades arroxeadas.

Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

“O período de incubação pode variar entre 5 e 10 dias, podendo chegar até 20, 30 ou 40 dias depois do contato. Por essa grande possibilidade de contato, é uma doença que traz grandes riscos às crianças, principalmente às menores de seis meses, necessitando de internação, às vezes até na UTI. É uma doença que traz muita preocupação devido ao aumento de casos registrados em outros países e aqui no Brasil”, explica Bianchini.

De fácil propagação, a coqueluche é transmitida, principalmente, durante a fase catarral e em lugares com aglomeração de pessoas. Para se infectar é necessário contato direto com uma pessoa doente, por gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou fala. Há também a possibilidade de transmissão por objetos contaminados.

Para doenças respiratórias, em geral, o médico indica o uso de máscaras, isolamento, lavagem de mãos, com foco na prevenção de diversas doenças como a coqueluche, Covid-19, bronquiolites, gripes e resfriados em geral.

Prevenção e tratamento

“A principal medida de prevenção contra a coqueluche é a vacinação, tanto das gestantes, que protege o bebê até sua primeira dose da vacina, com dois meses de vida. Além da prevenção dos profissionais de saúde, pois estamos susceptíveis e podemos ser transmissores”, destaca o infectologista pediátrico.

O esquema vacinal é feito com a vacina pentavalente, que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria Haemophilus Influenzae tipo b, e um segundo reforço aos 4 anos com a tríplice bacteriana (DTP).

A partir daí, deve-se fazer um reforço a cada dez anos com a vacina dT (difteria e tétano), sendo que os profissionais de saúde fazem esse reforço com a vacina dTpa. Toda gestante deve tomar a vacina dTpa a cada gestação com o intuito de proteger o bebê da doença nos seus primeiros 2 meses de vida.

O tratamento da coqueluche é baseado no uso de antibiótico, conforme a indicação do medicamento e esquema terapêutico preconizados no Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.

O exame para detecção da bactéria é realizado por exame laboratorial por meio do isolamento da bactéria de secreção nasofaríngea coletada do caso suspeito. O teste é disponibilizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF). A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes da antibioticoterapia ou, no máximo, até três dias após seu início.

Todo caso suspeito de coqueluche deve ser notificado, obrigatoriamente, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e informado diretamente à Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (GEVITHA) e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).

Leandro Twin

Vigorexia: o transtorno que faz a busca pelo corpo ideal virar um risco

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
Vigorexia
Foto/Imagem: Freepik

A preocupação com a estética e a busca por um corpo musculoso são comuns para quem pratica atividades físicas. No entanto, quando essa dedicação se torna uma obsessão e afeta a saúde mental e física, pode ser um sinal de vigorexia, um transtorno dismórfico muscular caracterizado pela distorção da autoimagem.

Leandro Twin, especialista e embaixador da Bluefit, uma das maiores redes de academias do país, explica que a vigorexia faz com que a pessoa nunca se veja forte o suficiente, levando-a a treinar de forma excessiva e, muitas vezes, prejudicial. “Esse transtorno pode comprometer a saúde e o bem-estar, afastando o indivíduo do convívio social e da própria qualidade de vida”, afirma Twin.

Leandro Twin

Leandro Twin/Divulgação/Bluefit

O que é vigorexia?

A vigorexia é um distúrbio psicológico em que a pessoa se enxerga sempre fraca e sem músculos, mesmo quando apresenta grande desenvolvimento muscular. Esse transtorno leva o indivíduo a passar horas na academia, seguir dietas extremamente rígidas e, em alguns casos, recorrer ao uso de anabolizantes para atingir um corpo que considera ideal.

A condição é comparável à anorexia, na qual o paciente também tem uma percepção distorcida do próprio corpo, mas, ao contrário de se ver acima do peso, acredita estar sempre pequeno e fraco.

Sintomas da vigorexia

No início, os sinais são majoritariamente psicológicos. A pessoa não se sente satisfeita com a própria aparência e começa a intensificar os treinos, mesmo quando já está em um nível elevado de condicionamento físico. Com o tempo, surgem sintomas como:

  • Cansaço excessivo;
  • Insônia;
  • Dores musculares constantes;
  • Queda no desempenho sexual;
  • Depressão e ansiedade;
  • Desinteresse por atividades que não envolvem exercícios físicos.

Como encontrar o equilíbrio

Leandro Twin destaca que manter uma rotina saudável e equilibrada é essencial para evitar os riscos da vigorexia. “A estética é importante, mas não pode ser o único fator determinante para a felicidade. Quando a busca pelo físico ideal ultrapassa os limites da saúde e do bem-estar, é hora de repensar a abordagem”, alerta o especialista.

Segundo Twin, é fundamental treinar com consciência, respeitando os limites do corpo e buscando orientação profissional adequada. Além disso, ele reforça a importância do acompanhamento psicológico para quem apresenta sinais de transtorno de autoimagem. “O equilíbrio é a chave para construir um corpo forte e saudável sem abrir mão da qualidade de vida”, conclui.

CONTINUAR LENDO

Grupos de 10 a 19 pessoas

Hemocentro oferece transporte gratuito para doadores de sangue

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
Linha Vermelha Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Divulgação/Hemocentro

Com o objetivo de manter os níveis de estoque de sangue, o Hemocentro de Brasília oferece transporte gratuito para doações feitas em grupo. O serviço atende de 10 a 19 pessoas no trajeto de ida e volta até a Fundação. O translado ocorre de segunda a sábado, com atendimento de até seis grupos por dia, sendo três no período matutino e três no vespertino.

“Essa é uma forma que temos de dinamizar, favorecer e facilitar o acesso do cidadão ao Hemocentro, uma vez que a gente atende 100% da rede pública de Saúde do Distrito Federal. Nosso trabalho é sempre com foco para atingir a meta de manter os estoques a nível estratégico, o que é considerado seguro e adequado para atender urgências e plenamente os pacientes que precisam”, afirma a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi.

Nos últimos cinco meses, o Hemocentro teve 278 campanhas de grupos de diversos segmentos, sendo 220 com pedidos de transporte. Em geral, eles são formados por estudantes de escolas e faculdades, militares das Forças Armadas e das forças de segurança pública, comunidades de igrejas católicas e evangélicas, jovens e amigos de pacientes internados ou em tratamento.

Qualquer cidadão pode solicitar o serviço pelo telefone (61) 3327-4413 ou pelo WhatsApp (61) 99136-2495. Para isso, é preciso reunir um grupo de pelo menos 10 pessoas – os doadores devem ter mais de 18 anos e, caso tenham entre 16 e 17 anos, precisam apresentar um documento de autorização. O transporte cobre qualquer localidade dentro do Distrito Federal.

“O Hemocentro, inclusive, convida os voluntários e os interessados em organizarem grupos de campanha de doação para utilizar o serviço de segunda a quinta-feira, porque são dias mais tranquilos de atendimento e que temos mais dificuldade no preenchimento de vagas”, destaca Kelly.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2024 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense