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Falta água

Agricultores traçam estratégia para amenizar os efeitos da seca na produção

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Vinte produtores agrícolas nas zonas rurais de Planaltina e do Paranoá reduziram de 30% a 40% a área plantada e passaram a dividir proporcionalmente as águas provenientes dos mananciais dessas regiões. O objetivo é assegurar a distribuição hídrica para as propriedades afetadas pela escassez de chuva. A iniciativa foi proposta pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) para minimizar o problema e garantir que a produção não seja perdida.

Iniciado em maio e com previsão para seguir até o fim de agosto, o trabalho dos técnicos da empresa é sensibilizar os produtores rurais sobre o uso consciente e planejado dos recursos hídricos, principalmente em áreas de grandes culturas, como grãos, cujo cultivo demanda uma quantidade significativa de água.

Segundo o gerente do escritório da Emater no núcleo rural Programa de Assentamento Dirigido (PAD-DF), Marconi Borges, a ideia é que os agricultores usem equipamentos de irrigação durante menos tempo. “De acordo com a lei, o produtor pode usar até 70% da vazão de córregos, ribeirões e rios”, explica. “Como a água disponível está em menor quantidade, acreditamos que o planejamento coletivo dos produtores pode resultar em um aproveitamento mais racional dos recursos”, pondera.

Essas propriedades são banhadas pelos córregos Jardim, Lamarão, São Gonçalo e Extrema, entre outros, todos na área leste do DF, onde estão as principais comunidades produtoras de alimentos da capital.

Para auxiliar no serviço, a Emater conta com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa) e da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Esses órgãos desenvolvem pesquisa de monitoramento para equacionar o problema das chuvas e da vazão dos rios.

Colheita menor que a média
Um dos que aderiu à estratégia proposta é o agricultor Rodrigo Werlang, de 37 anos. Ele reduziu a produção em 40% nos seus 690 hectares abastecidos pelo córrego Lamarão. “Não tem outra saída se não chover: é economizar e contar com o bom senso dos demais para que tomem a mesma atitude”, enfatiza.

De acordo com Werlang, ele colheu somente 30 sacas de milho por hectare na segunda safra do ano, conhecida como safrinha, com plantio no fim de janeiro e início de fevereiro e colheita em abril e maio. Geralmente, nesse período, são retiradas 110 sacas por hectare. A próxima colheita será em aproximadamente 40 dias.

O agricultor do Paranoá ressalta que a falta de chuva prejudica a produção desde o último trimestre do ano passado. “Nossa torcida é para chover bem no fim deste ano, mas não adianta cair tudo de uma vez. Devem ser chuvas espaçadas”, afirma.

O gerente do escritório da Emater Marconi Borges lembra que a média de chuva para a época (de outubro a abril) nessa região é de 1,3 mil milímetros. Entretanto, neste ano não chegou a 900 milímetros e, em algumas áreas, foi pouco mais de 600 milímetros.

Produtores poderão renegociar as dívidas
Em 7 de junho, por meio do Decreto nº 37.386, o governo de Brasília decretou situação de emergência nas áreas agrícolas do DF em virtude do reduzido volume de chuvas em fevereiro, março e abril deste ano. Com o decreto publicado noDiário Oficial do Distrito Federal, o Executivo reconheceu oficialmente o momento atípico pelo qual passa a agropecuária local e, assim, facilitou a renegociação de dívidas dos produtores. O recurso vale por 180 dias.

No dia 16 deste mês, ocorreu uma reunião da Câmara Setorial de Grãos com a presença de representantes do Banco do Brasil e do Banco de Brasília (BRB) para expor a situação dos agricultores e iniciar as conversas acerca dessas negociações.

Manejo dos recursos hídricos é discutido em comissão
Durante esse período de poucas chuvas, a Adasa monitora constantemente os rios. A agência instituiu, com a Emater, a Agência Nacional de Águas e a Secretaria da Agricultura, comissões de acompanhamento ds bacias críticas do Distrito Federal, principalmente aquelas voltadas para a produção agrícola, como Pipiripau, Extrema, Jardim, Rio Vermelho, Descoberto, Alto Rio Samambaia e Paranoá.

As comissões atuam como conselhos locais de recursos hídricos, em que todos se reúnem para discutir o manejo da bacia e propor soluções de proteção, conservação e compartilhamento do uso da água.

Nos encontros, os técnicos dos órgãos envolvidos apresentam aos agricultores informações técnicas (precipitação, vazão, disponibilidade hídrica da bacia, qualidade de água), previsões e simulações da disponibilidade de água. De posse dessas informações e devidamente capacitados, os usuários de água podem discutir e decidir como repartirão a água entre eles.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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