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Acidentes com animais peçonhentos cresceram 34% no 1º semestre

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Acidente com escorpião
Foto/Imagem: Toninho Tavares/Agência Brasília


No primeiro semestre de 2023, os acidentes com animais peçonhentos notificados no Distrito Federal cresceram 34%, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram notificados, ao todo, 1.904 acidentes, contra 1.176 no ano anterior. A Região de Saúde Norte, especialmente Planaltina, destacou-se como a área de maior ocorrência de acidentes.

Os dados são do Boletim Epidemiológico de Acidentes por Animais Peçonhentos no DF, elaborado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Secretaria de Saúde. Segundo o documento, a média de notificações em 2022 foi de 45 por semana epidemiológica, enquanto 2023 registrou 73 na mesma periodicidade.

Dos 1.904 acidentes notificados, 1.790 (94%) envolveram residentes no DF e o restante (6%), moradores de outros estados que estavam no DF. Desses, 78,1% representam ocorrências envolvendo escorpiões. “Os acidentes causados por esses animais são os que mais chamam a atenção, representando a grande maioria; o que preocupa é a tendência de crescimento identificada”, explica o biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) Israel Moreira.

Apesar do aumento no número de acidentes, não houve óbito no DF. Foi notificada, contudo, a morte de um adulto, causada por serpente em Goiás. O paciente apresentou complicações sistêmicas, mesmo com o uso de soroterapia.

Com o retorno das chuvas, especialistas afirmam que as ocorrências com escorpiões crescem, enquanto as lagartas lonomia – que queimam e podem provocar hemorragias – começam a aparecer nos pés de manga e de outras árvores frutíferas.

Perfis

Os dados de acidentes causados por animais peçonhentos no DF foram separados pelas notificações de picadas de escorpião, serpentes, aranhas, abelhas e lagartas.

O perfil dos acidentes por escorpião, que representaram 78,1% dos casos, demonstra que 747 (53,4%) ocorreram com pessoas do sexo feminino. Desse total, 714 (51,1%) pessoas são da faixa de 20 a 49 anos e 1.265 (90,5%) residem em área urbana. A maioria dos episódios – 1.236 – é classificada como leve (88,4% do total).

Em relação às serpentes, foram 68 acidentes, 50 dos quais (73,5%) com pessoas do sexo masculino, 37 (54,4%) na faixa etária de 20 a 49 anos, 29 (42,6%) residentes em zona rural e periurbana e 30 (44,1%) classificados como acidente moderado e grave, recebendo soroterapia.

Em relação a acidentes envolvendo aranhas, foram notificadas 75 ocorrências entre residentes do DF, sendo 41 (54,7%) do sexo masculino, 38 (50,7%) adultos jovens e a maior parte – 65 casos – entre moradores de áreas urbanas (86,7%).

Os acidentes com lagartas, por sua vez, representaram 5,4% (88) do total, sendo 51,1% (45) do sexo feminino, 79,6% (70) residentes de área urbana e a maioria (82) classificada como caso leve (93,2%).

Houve ainda notificação de 82 (4,6%) acidentes com abelhas em residentes de área urbana, 43 (52,5%) em pessoas do sexo masculino e 69 (84,2%) classificados como leve.

Prevenção

Para evitar os acidentes, é necessário um cuidado especial da população com os ambientes de trabalho e residencial, segundo Israel Moreira. A atenção visa eliminar as condições favoráveis de acesso, abrigo e alimentação dos animais peçonhentos.

“Quando se elimina um desses componentes, é possível interferir na ocorrência de peçonhentos, reduzindo a exposição ao risco de picadas”, explica o biólogo. O especialista sugere manter os quintais livres de vegetação alta, entulhos e restos de materiais de construção, além de acondicionar o lixo corretamente. Além disso, é recomendável usar telas em ralos e janelas e vedar frestas e vãos.

Em caso de acidente, deve-se lavar o local da picada com bastante água e sabão, mantendo elevado o membro afetado, e procurar atendimento médico imediatamente. É importante informar ao profissional o máximo possível de características do animal e, se possível e seguro, capturá-lo e levá-lo junto para identificação.

Vale ainda retirar acessórios que possam levar à piora do quadro, como anéis, fitas e calçados apertados. Em nenhuma hipótese, afirma o biólogo, deve-se fazer torniquete, garrote ou furar, cortar ou ainda aplicar qualquer substância no local da picada. Para acidentes com cobras, escorpiões ou aranhas, existem soros antivenenos disponíveis na rede pública de saúde. Confira aqui a lista das unidades que disponibilizam esse material.

Assistência

Em Brasília, a Secretaria de Saúde disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), por meio dos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. As equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados.

A recomendação é acionar a Dival (160) em caso de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias; o Corpo de Bombeiros (193), se forem abelhas, e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (190), quando se tratar de serpentes.

Se um escorpião for encontrado na residência, é necessário comunicar à Vigilância Ambiental por meio do número 160 ou ainda pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com. Uma equipe será enviada para capturar o animal.

Beleza do Olhar

Conheça o método que está redefinindo o transplante de sobrancelhas

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Ao Vivo de Brasília
Beleza do Olhar - Dra. Talita Cruvinel Marra
Foto/Imagem: Arquivo pessoal

Durante muito tempo, o transplante de sobrancelhas foi cercado de estigmas: resultados artificiais, desenhos sem proporção e cicatrizes visíveis afastaram pacientes que buscavam soluções definitivas para falhas na região. Mas esse cenário começou a mudar silenciosamente nos últimos anos — e uma das protagonistas dessa transformação atende em Brasília: Dra. Talita Cruvinel, médica especialista em tricologia e transplantes capilares.

Referência em transplante de sobrancelhas, barba e couro cabeludo, Dra. Talita desenvolveu um protocolo próprio e exclusivo: o método Beleza do Olhar — uma abordagem que une ciência, arte, precisão cirúrgica e bom senso estético para transformar o olhar de seus pacientes de forma natural, harmônica e sofisticada.

De procedimento técnico à expressão de identidade

O método Beleza do Olhar parte de uma premissa simples, mas profunda: a sobrancelha não é um detalhe — é uma assinatura visual. “Elas moldam o olhar, equilibram as expressões e carregam histórias. Corrigir uma falha ou redefinir um arco é, muitas vezes, devolver identidade e confiança a alguém”, explica a Dra. Talita.

Utilizando a técnica FUE (Follicular Unit Excision), que permite a extração individualizada de folículos sem cicatriz linear, o procedimento é realizado em centro cirúrgico, com sedação endovenosa monitorada por anestesista e acompanhamento rigoroso da equipe durante todo o processo.

Dentre os diferenciais do método, está a personalização absoluta do design: cada implante segue a curvatura, angulação e direção natural do fio, respeitando as proporções faciais de cada paciente. A versão Long Hair, aplicada nos casos indicados, permite até a visualização antecipada do resultado final.

Dra. Talita Cruvinel

Arquivo pessoal

Alta demanda e sofisticação clínica

Cada detalhe é pensado para proporcionar não apenas segurança, mas também conforto e previsibilidade. “Não é sobre simplesmente preencher uma sobrancelha — é sobre devolver presença, simetria e leveza ao olhar, com a naturalidade de quem nunca perdeu um fio sequer”, reforça Dra. Talita.

A recuperação é rápida, e os resultados começam a aparecer nos primeiros meses, tornando-se visíveis e duradouros em até 12 meses. Por se tratar de fios vivos, implantados de forma precisa, o crescimento segue o comportamento fisiológico da região.

O atendimento de Dra. Talita atrai pacientes de todo o Brasil e do exterior. Multilíngue, com vivência internacional e sólida formação em medicina e nutrição, ela alia conhecimento técnico a uma escuta refinada e empática — marca registrada de sua atuação em Brasília.

Sob medida para quem exige excelência

O transplante de sobrancelhas, antes subestimado, hoje figura entre os procedimentos estéticos mais requisitados — especialmente por mulheres e homens que buscam um resultado definitivo, elegante e discreto. Para esse público, o protocolo Beleza do Olhar oferece o que há de mais moderno em medicina estética: ciência com sensibilidade, beleza com propósito, técnica com verdade.

Agendamentos para avaliação podem ser feitos via WhatsApp – (61) 99603.4846 -, ou diretamente no consultório da Dra. Talita Cruvinel, em Brasília.

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Dia de combate à hipertensão

Pressão alta: a doença silenciosa que mata 388 brasileiros por dia

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Ao Vivo de Brasília
Pressão alta - Hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Apesar de comum, a hipertensão arterial – ou pressão alta – é uma doença silenciosa e traiçoeira. Entre 2006 e 2016, mais de 489 mil mortes foram registradas no Brasil em decorrência da condição, segundo dados do Ministério da Saúde. Sem apresentar sintomas claros na maioria dos casos, a doença pode evoluir e se tornar um fator de risco para infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e comprometimento dos rins.

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26 de abril), o cardiologista Luciano Drager, do Hospital Sírio-Libanês, reforça a importância da conscientização e prevenção contínua. “A pressão alta pode não causar sintomas por muito tempo, e quando se manifesta, muitas vezes já está em um estágio avançado. Por isso, é fundamental aferir a pressão regularmente, manter uma alimentação com baixo teor de sal e praticar atividade física com frequência, de preferência sob a supervisão de um profissional de saúde”, orienta o especialista.

A hipertensão é caracterizada pela elevação persistente dos níveis de pressão arterial. Em adultos, ela é diagnosticada quando os valores estão iguais ou superiores a 140 mmHg na pressão sistólica (a chamada pressão máxima) e 90 mmHg na diastólica (a pressão mínima).

A pressão sistólica representa a força com que o coração bombeia o sangue; já a diastólica, a pressão nas artérias quando o coração relaxa entre os batimentos.2 “Quando a pressão está alta, o coração precisa trabalhar mais do que o normal para garantir que o sangue circule adequadamente pelo corpo”, explica Luciano.

Conheça a seguir os principais mitos sobre a hipertensão:

1. Apenas idosos podem desenvolver hipertensão

Essa ideia é equivocada e pode atrasar o diagnóstico. A hipertensão costuma aparecer entre os 30 e 50 anos, mas pode surgir em qualquer idade — até na infância. Antes dos 30, é chamada de hipertensão de início precoce e pode estar ligada a outras doenças, como obstrução das artérias dos rins ou apneia do sono, exigindo investigação. Estresse, ansiedade, depressão, insônia, consumo excessivo de sal e obesidade também elevam a pressão, o que explica o aumento de casos entre jovens.

2. A hipertensão é facilmente percebida pelos pacientes

A hipertensão é, na maioria das vezes, assintomática — por isso é conhecida como uma “doença silenciosa”. Um dos mitos mais comuns é que dor de cabeça seria um sintoma da pressão alta. Na verdade, é o contrário: a dor de cabeça pode contribuir para o aumento da pressão, e não ser causada por ela. Sinais de alerta que exigem atenção imediata incluem dor súbita no peito e fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo. Esses podem indicar infarto ou derrame, complicações graves da hipertensão.

3. O diagnóstico da hipertensão é feito apenas pela aferição da pressão em consultório

A aferição feita no consultório é o ponto de partida, mas nem sempre confiável. Algumas pessoas apresentam pressão alta apenas em ambientes médicos — é a chamada hipertensão do avental branco. Por isso, exames complementares são importantes, como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que mede a pressão por 24h, e a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), feita em casa, com orientação médica e equipamento calibrado.

4. A hipertensão não tem influência hereditária

A genética tem forte influência na hipertensão. Quem tem pai e mãe com hipertensão corre maior risco de desenvolver a doença. Embora não existam testes genéticos amplamente usados, o histórico familiar é um importante sinal de alerta. Nesses casos, é essencial monitorar a pressão, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física para prevenir ou controlar o problema.

5. Alimentação saudável e exercícios são suficientes para controlar a hipertensão

Mudanças no estilo de vida — como praticar exercícios, reduzir o sal, perder peso e moderar o álcool — ajudam a controlar a pressão, especialmente nos casos leves. Ainda assim, muitos pacientes precisarão de medicamentos, mesmo com hábitos saudáveis. Exercícios aeróbicos e a redução do consumo de sal e álcool estão entre as principais medidas de prevenção. Combinadas ao tratamento médico, essas ações tornam o controle da pressão mais eficaz.

O monitoramento regular da pressão, além da adoção de um estilo de vida equilibrado, são fundamentais para prevenir complicações da hipertensão arterial. Também é essencial buscar acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento precoces, mesmo na ausência de sintomas — já que se trata de uma doença silenciosa. “O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no momento certo e evitar problemas como infarto e AVC. Com orientação adequada, é possível controlar a pressão e manter uma boa qualidade de vida”, conclui o cardiologista.

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