21 e 28 de novembro
Enem 2021: estudantes se preparam para o segundo exame do ano

Estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, aplicadas em janeiro e fevereiro deste ano, e ainda não conseguiram uma vaga no ensino superior, preparam-se para fazer o segundo Enem do ano. A menos de um mês para as provas do Enem 2021, marcadas para os dias 21 e 28 de novembro, eles contam que, apesar da ansiedade, sentem-se um pouco mais preparados para o exame.
O caminho não está sendo fácil. É a primeira vez que o exame é aplicado duas vezes no mesmo ano, por causa da pandemia de Covid-19. Será também o segundo Enem de Kailane Kelly da Silva Brito, 18 anos de idade, valendo uma vaga no ensino superior. Antes disso, a estudante participou apenas como treineira, sem o diploma do ensino médio, para testar os conhecimentos.
“Na edição do ano passado, eu não obtive o resultado que eu esperava. Eu até conseguiria entrar em outros cursos, mas que não eram do meu interesse”, disse. A estudante ainda não definiu o curso que pretende cursar, mas busca uma nota alta suficiente para ter opções.
“Tem sido bem complicado. O meu problema, em toda minha preparação, é a questão de ser muito ansiosa. Isso me atrapalha no momento da prova”, disse, acrescentando que “no Enem 2020, eu acredito que fui com uma base de conteúdo boa, mas minha ansiedade me atrapalhou muito. Meu psicológico atrapalhou”.
A estudante de Cocal dos Alves (PI) buscou, então, tratamentos que a ajudasse a lidar com a ansiedade e acredita que está mais preparada este ano. “O Enem virou, para mim, uma grande oportunidade de mudar as coisas, mudar minha vida. É como eu posso ter a possibilidade de mudar as coisas também para minha família. Virou algo muito além da prova”.
O fato de já conhecer como é a prova é uma vantagem, segundo o técnico em informática Franklyn Pinheiro, 29 anos de idade, do Rio de Janeiro. No Enem 2020, ele participou da primeira aplicação no formato digital. Ele tinha muitas dúvidas e se surpreendeu, por exemplo, com o fato da prova de redação ser feita em papel. Ele havia se preparado para digitar o texto no computador.
“Estou tentando de novo para ver se consigo uma nota mais alta”, disse o estudante que, com o Enem, pretende cursar ciências da computação. Na reta final, ele usa a internet para estudar e para refazer provas de anos anteriores do Enem.
Pinheiro está inscrito novamente na modalidade digital. “A diferença do Enem no papel é que não precisa pintar as bolinhas [do cartão de respostas], ficou mais fácil. No digital, você apenas clica na resposta correta”.
Veteranos do Enem
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a porcentagem de estudantes que fazem o Enem mais de uma vez vem caindo ao longo dos anos.
Em 2014, do total de inscritos confirmados no Enem, 16% estavam fazendo o Enem pela primeira vez, o que significa que 84% já tinham feito a prova anteriormente. Em 2019, a porcentagem de novatos subiu para 47%, o que mostra que a porcentagem daqueles que estavam fazendo as provas pelo menos pela segunda vez caiu para 53%.
Os dados foram divulgados em outubro de 2019. Na época, o Inep explicou que os números mostram que está aumentando a participação de novatos. Um dos motivos, segundo a autarquia, é a mudança nas regras da isenção do pagamento da inscrição, que ocorreu em 2017. Desde 2018, os participantes precisam justificar a ausência na edição anterior para estarem aptos a pedir uma nova isenção. Aqueles que não têm a justificativa aceita, precisam pagar a taxa, que atualmente é R$ 85.
Excepcionalmente em 2021, por causa da pandemia da covid-19, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a necessidade de justificativa. O STF entendeu que a exigência de comprovação documental para os ausentes viola diversos preceitos fundamentais, entre eles o do acesso à educação e o de erradicação da pobreza. Além disso, a obrigação imposta pelo edital penaliza os estudantes que fizeram a “difícil escolha” de faltar às provas para atender às recomendações das autoridades sanitárias de evitar aglomerações.
O exame de 2020, realizado em meio à pandemia, registrou abstenção recorde de participantes. Mais da metade dos inscritos não compareceu a nenhum dia de prova. Já o Enem de 2021 teve queda no número total de inscritos em relação a exames anteriores. De acordo com o Inep, são mais de 3 milhões de inscritos confirmados. Em 2020, foram 5,8 milhões de inscritos.
Foco no Enem
No começo deste ano, Suelen Carvalho, de 23 anos de idade, foi uma das primeiras a chegar à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), local em que fez o Enem 2020, para evitar aglomerações no transporte público e se proteger da covid-19. A estudante disse na época que, apesar de considerar arriscado, foi fazer a prova porque temia não conseguir isenção novamente na edição de 2021.
“A prova para mim representa uma oportunidade”, disse a estudante do Rio de Janeiro. Suelen disse que conseguiu se preparar ao longo do ano melhor do que conseguiu em 2020. Ainda assim, foram muitas as dificuldades. Ela precisou conciliar trabalho e estudo. Ela entra no trabalho às 8h, e só quando sai começa a estudar para as provas. As aulas vão até as 22h. Mas só depois desse horário, ela disse que consegue fazer exercícios para fixar o conteúdo.
A estudante quer cursar medicina. “Eu estou focando em passar, porque eu sei que só vou ter uma realidade diferente através da educação. A minha sociedade, o país em que eu vivo, e o meu lugar como mulher negra e favelada, e eu quero muito uma realidade diferente disso. Eu quero ter conhecimento, ocupar outros lugares e quero abrir caminhos para mulheres como eu terem acesso à universidade”, disse.
Sonho realizado
Em 2021, Sergio Manoel Passos Cardoso, 18 anos de idade, pode descansar dos estudos. Ele não vai fazer o segundo Enem do ano, pois conquistou uma vaga em odontologia na Universidade Estadual do Piauí Parnaíba (Uespi), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O ex-estudante da Escola Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), conversou com a Agência Brasil no início do ano, antes de prestar o Enem 2020.
Na época, disse que estava tendo aulas pelo WhatsApp e com uma série de dificuldades nos estudos.
O sonho de ingressar no ensino superior não era apenas dele, mas também do pai, que faleceu este ano, vítima de câncer. “Passei por um ano bastante conturbado, com a morte do meu pai, e ele sempre quis me ver passando em uma universidade, principalmente em odontologia. E consegui fazer com que ele visse isso acontecendo”, disse o estudante.
As aulas do primeiro período da Uespi começam no próximo dia 9. Aos demais estudantes, ele deixa uma mensagem de esperança: “Buscar sempre se manter focado, e pensar que apesar das dificuldades, tudo é possível”.

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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