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É preciso se cuidar

No Brasil, nº de mortes por doenças do coração aumentou na pandemia

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Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, com primeiro caso no Brasil em fevereiro de 2020, é sabido que os cardiopatas, pacientes que possuem algum problema no funcionamento do coração, fazem parte do grupo de maior risco para a doença. A taxa de mortalidade para infectados pode ser três vezes maior que a média, chegando a 10,5%, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Contudo, ainda que a Covid-19 represente um risco maior para os pacientes, somente ela, não é a responsável pelo aumento no número de mortes por doenças cardiovasculares no país.

Informações do Portal da Transparência, atualizado pela Arpen Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e com médicos e pesquisadores das Universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revelam que houve um aumento de 31,82% no número de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares, incluindo Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e doenças cardiovasculares inespecíficas. Os dados mostram que, no período de 16 de março – mês em que ocorreu a primeira morte por Covid – até o final de junho de 2020, ocorreram 23.342 mortes por doenças cardíacas em domicílio em 2020, no mesmo período no ano anterior, foram registradas 17.707 mortes.

“Essa elevação no número de mortes pode ser, também, um reflexo de questões observadas ao longo da pandemia e alertadas pela SBC e profissionais de saúde como, por exemplo, o acesso limitado a hospitais em locais onde houve sobrecarga do sistema de saúde e a redução da procura por cuidados médicos preventivos e rotineiros devido ao distanciamento social ou por preocupação de contrair a Covid-19”, pontua a cardiologia eletrofisiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Carla Septimo Margalho.

No caso da Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus entra pela via respiratória e pode provocar uma sobrecarga fatal aos pacientes cardiopatas. Isso acontece porque o paciente já é portador de uma doença cardíaca e, por si só, ele possui uma reserva funcional do sistema cardíaco menor que as suas necessidades frente à doença. Por este motivo é fundamental que o paciente siga rigorosamente com o tratamento indicado pelo cardiologista.

Já com relação às doenças cardiovasculares, de modo geral, é importante ressaltar que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, morrem mais pessoas por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. O indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aponta que, apenas nos primeiros dias de janeiro deste ano, mais de quatorze mil pessoas vieram a óbito.

Para o cardiologista hemodinamicista também do corpo clínico do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos.

“Se as pessoas mudassem seus hábitos e fizessem o acompanhamento médico da forma correta, os números poderiam ser diferentes. Mudanças no cotidiano fazem toda a diferença, não têm contraindicações e podem e devem ser adotadas por jovens e idosos”, alerta o especialista.

Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. O infarto agudo do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são as duas causas que mais matam no País. Somados, o índice representa quase 40% dos óbitos. Entretanto, o médico Ernesto Osterne ressalta que, a arritmia cardíaca, o mal súbito e tumores no coração também podem levar a óbito se não forem tratados.

O diagnóstico para tais enfermidades se dá por meio das consultas regulares ao médico e a realização de exames, conforme orientação e supervisão do profissional de saúde. Por mais corriqueiro que possa parecer, manter hábitos saudáveis e o check-up em dia são os pilares mais importantes para cuidar da saúde do coração.

O especialista explica que os cuidados e a atenção não devem ser apenas preventivos. Mesmo os pacientes já diagnosticados com problemas cardiovasculares devem continuar o acompanhamento médico. E relembra que, atualmente, há uma série de procedimentos que, caso seja necessário, podem ser realizados para uma melhor qualidade de vida.

“A convivência com a doença requer o que chamamos de modificação de estilo de vida, sempre focado em hábitos mais saudáveis, tudo para a prevenção secundária de novos eventos cardiovasculares”, pontua.

Saiba mais sobre alguns procedimentos utilizados no tratamento das doenças cardiovasculares:

Angioplastia – é a intervenção realizada para a abertura da artéria coronária obstruída. A obstrução é confirmada por meio da realização do cateterismo.

Crioablação de Arritmia Cardíaca – procedimento utilizado em quem sofre com Fibrilação Atrial. É realizado via cateterismo e oferece a correção do ritmo cardíaco, cauterizando as veias por meio de um sistema de congelamento. O Instituto do Coração de Taguatinga é pioneiro neste método inovador em Brasília.

Implante de marcapasso – é recomendado para pacientes com frequência cardíaca lenta, causada pelo desgaste do sistema elétrico do coração, que pode acontecer pelo envelhecimento ou por alguma doença cardíaca.

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Beleza do Olhar

Conheça o método que está redefinindo o transplante de sobrancelhas

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Ao Vivo de Brasília
Beleza do Olhar - Dra. Talita Cruvinel Marra
Foto/Imagem: Arquivo pessoal

Durante muito tempo, o transplante de sobrancelhas foi cercado de estigmas: resultados artificiais, desenhos sem proporção e cicatrizes visíveis afastaram pacientes que buscavam soluções definitivas para falhas na região. Mas esse cenário começou a mudar silenciosamente nos últimos anos — e uma das protagonistas dessa transformação atende em Brasília: Dra. Talita Cruvinel, médica especialista em tricologia e transplantes capilares.

Referência em transplante de sobrancelhas, barba e couro cabeludo, Dra. Talita desenvolveu um protocolo próprio e exclusivo: o método Beleza do Olhar — uma abordagem que une ciência, arte, precisão cirúrgica e bom senso estético para transformar o olhar de seus pacientes de forma natural, harmônica e sofisticada.

De procedimento técnico à expressão de identidade

O método Beleza do Olhar parte de uma premissa simples, mas profunda: a sobrancelha não é um detalhe — é uma assinatura visual. “Elas moldam o olhar, equilibram as expressões e carregam histórias. Corrigir uma falha ou redefinir um arco é, muitas vezes, devolver identidade e confiança a alguém”, explica a Dra. Talita.

Utilizando a técnica FUE (Follicular Unit Excision), que permite a extração individualizada de folículos sem cicatriz linear, o procedimento é realizado em centro cirúrgico, com sedação endovenosa monitorada por anestesista e acompanhamento rigoroso da equipe durante todo o processo.

Dentre os diferenciais do método, está a personalização absoluta do design: cada implante segue a curvatura, angulação e direção natural do fio, respeitando as proporções faciais de cada paciente. A versão Long Hair, aplicada nos casos indicados, permite até a visualização antecipada do resultado final.

Dra. Talita Cruvinel

Arquivo pessoal

Alta demanda e sofisticação clínica

Cada detalhe é pensado para proporcionar não apenas segurança, mas também conforto e previsibilidade. “Não é sobre simplesmente preencher uma sobrancelha — é sobre devolver presença, simetria e leveza ao olhar, com a naturalidade de quem nunca perdeu um fio sequer”, reforça Dra. Talita.

A recuperação é rápida, e os resultados começam a aparecer nos primeiros meses, tornando-se visíveis e duradouros em até 12 meses. Por se tratar de fios vivos, implantados de forma precisa, o crescimento segue o comportamento fisiológico da região.

O atendimento de Dra. Talita atrai pacientes de todo o Brasil e do exterior. Multilíngue, com vivência internacional e sólida formação em medicina e nutrição, ela alia conhecimento técnico a uma escuta refinada e empática — marca registrada de sua atuação em Brasília.

Sob medida para quem exige excelência

O transplante de sobrancelhas, antes subestimado, hoje figura entre os procedimentos estéticos mais requisitados — especialmente por mulheres e homens que buscam um resultado definitivo, elegante e discreto. Para esse público, o protocolo Beleza do Olhar oferece o que há de mais moderno em medicina estética: ciência com sensibilidade, beleza com propósito, técnica com verdade.

Agendamentos para avaliação podem ser feitos via WhatsApp – (61) 99603.4846 -, ou diretamente no consultório da Dra. Talita Cruvinel, em Brasília.

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Dia de combate à hipertensão

Pressão alta: a doença silenciosa que mata 388 brasileiros por dia

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Ao Vivo de Brasília
Pressão alta - Hipertensão arterial
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Apesar de comum, a hipertensão arterial – ou pressão alta – é uma doença silenciosa e traiçoeira. Entre 2006 e 2016, mais de 489 mil mortes foram registradas no Brasil em decorrência da condição, segundo dados do Ministério da Saúde. Sem apresentar sintomas claros na maioria dos casos, a doença pode evoluir e se tornar um fator de risco para infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e comprometimento dos rins.

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26 de abril), o cardiologista Luciano Drager, do Hospital Sírio-Libanês, reforça a importância da conscientização e prevenção contínua. “A pressão alta pode não causar sintomas por muito tempo, e quando se manifesta, muitas vezes já está em um estágio avançado. Por isso, é fundamental aferir a pressão regularmente, manter uma alimentação com baixo teor de sal e praticar atividade física com frequência, de preferência sob a supervisão de um profissional de saúde”, orienta o especialista.

A hipertensão é caracterizada pela elevação persistente dos níveis de pressão arterial. Em adultos, ela é diagnosticada quando os valores estão iguais ou superiores a 140 mmHg na pressão sistólica (a chamada pressão máxima) e 90 mmHg na diastólica (a pressão mínima).

A pressão sistólica representa a força com que o coração bombeia o sangue; já a diastólica, a pressão nas artérias quando o coração relaxa entre os batimentos.2 “Quando a pressão está alta, o coração precisa trabalhar mais do que o normal para garantir que o sangue circule adequadamente pelo corpo”, explica Luciano.

Conheça a seguir os principais mitos sobre a hipertensão:

1. Apenas idosos podem desenvolver hipertensão

Essa ideia é equivocada e pode atrasar o diagnóstico. A hipertensão costuma aparecer entre os 30 e 50 anos, mas pode surgir em qualquer idade — até na infância. Antes dos 30, é chamada de hipertensão de início precoce e pode estar ligada a outras doenças, como obstrução das artérias dos rins ou apneia do sono, exigindo investigação. Estresse, ansiedade, depressão, insônia, consumo excessivo de sal e obesidade também elevam a pressão, o que explica o aumento de casos entre jovens.

2. A hipertensão é facilmente percebida pelos pacientes

A hipertensão é, na maioria das vezes, assintomática — por isso é conhecida como uma “doença silenciosa”. Um dos mitos mais comuns é que dor de cabeça seria um sintoma da pressão alta. Na verdade, é o contrário: a dor de cabeça pode contribuir para o aumento da pressão, e não ser causada por ela. Sinais de alerta que exigem atenção imediata incluem dor súbita no peito e fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo. Esses podem indicar infarto ou derrame, complicações graves da hipertensão.

3. O diagnóstico da hipertensão é feito apenas pela aferição da pressão em consultório

A aferição feita no consultório é o ponto de partida, mas nem sempre confiável. Algumas pessoas apresentam pressão alta apenas em ambientes médicos — é a chamada hipertensão do avental branco. Por isso, exames complementares são importantes, como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que mede a pressão por 24h, e a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), feita em casa, com orientação médica e equipamento calibrado.

4. A hipertensão não tem influência hereditária

A genética tem forte influência na hipertensão. Quem tem pai e mãe com hipertensão corre maior risco de desenvolver a doença. Embora não existam testes genéticos amplamente usados, o histórico familiar é um importante sinal de alerta. Nesses casos, é essencial monitorar a pressão, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física para prevenir ou controlar o problema.

5. Alimentação saudável e exercícios são suficientes para controlar a hipertensão

Mudanças no estilo de vida — como praticar exercícios, reduzir o sal, perder peso e moderar o álcool — ajudam a controlar a pressão, especialmente nos casos leves. Ainda assim, muitos pacientes precisarão de medicamentos, mesmo com hábitos saudáveis. Exercícios aeróbicos e a redução do consumo de sal e álcool estão entre as principais medidas de prevenção. Combinadas ao tratamento médico, essas ações tornam o controle da pressão mais eficaz.

O monitoramento regular da pressão, além da adoção de um estilo de vida equilibrado, são fundamentais para prevenir complicações da hipertensão arterial. Também é essencial buscar acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento precoces, mesmo na ausência de sintomas — já que se trata de uma doença silenciosa. “O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no momento certo e evitar problemas como infarto e AVC. Com orientação adequada, é possível controlar a pressão e manter uma boa qualidade de vida”, conclui o cardiologista.

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