Balanço da Segurança
Números de crimes contra a vida seguem ladeira abaixo em 2019

Os crimes violentos letais intencionais, os chamados CVLIs – que reúnem homicídio, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte – apresentaram redução de 13,9%, nos dez primeiros meses deste ano, no comparativo com o mesmo período de 2018. Já os seis crimes contra o patrimônio, os CCPs – furto em veículo, roubos a pedestre, veículo, residência, transporte coletivo e a comércio – , monitorados de forma prioritária pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), seguiram a tendência e apresentaram queda de 13% no período.
Investimento do GDF, diretrizes traçadas pela atual gestão da SSP/DF, ações integradas entre as forças de segurança, capacitação do efetivo e estudos para fundamentar políticas públicas contribuíram para o resultado positivo. De janeiro a outubro, foram registradas 359 ocorrências de CVLIs. No mesmo período do ano passado, foram 417 crimes. Do total, 307 foram homicídios – o que representa uma redução de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 360 casos.
Outubro de 2019 registrou o menor número de homicídios do mesmo mês nos últimos 20 anos. Houve, também, queda de registros de latrocínio de 24 para 21, no comparativo do período. Os casos de lesão corporal seguida de morte, no mesmo recorte, caíram pela metade, de oito para quatro vítimas. O índice de elucidação de homicídios, por parte da Polícia Civil (PCDF), chegou a 54%, entre os meses de janeiro a novembro. Já o de feminicídio chegou à marca de 93%.
Dos crimes contra o patrimônio analisados, o roubo em residência foi a modalidade que apresentou a maior queda, com redução de 24,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De 516 para 390 registros, representando 126 ocorrências a menos.
A redução do roubo em comércio chegou a 23,9% na comparação dos dez primeiros meses deste ano com 2018: de 1.526 para 1.161 ocorrências em todo o DF – ou 365 casos a menos. Nos casos de roubo em transporte coletivo, houve 6,1% de redução no mesmo período; de furto em veículo e a pedestre caíram 14,9%, 15,3% e 11,7%, respectivamente.
“O trabalho de integração entre as Forças de Segurança, determinado desde o começo da gestão do governador Ibaneis Rocha, refletiu na queda nos principais índices de criminalidade do DF. Muitos estudos, planejamento tático e operacional, junto à firme voz de comando dos chefes das corporações, garantiram o balanço positivo que apresentamos”, afirma o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres.
Atenção máxima para proteger a mulher
Segundo estudo elaborado pela Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI), no acumulado de janeiro a outubro houve 27 crimes de feminicídio contra 25 no mesmo período do ano. “Neste ano abrimos o debate para esse problema. Fizemos um estudo que serve de base para as polícias definirem estratégias, em que pontuamos, caso a caso, todos os feminicídios ocorridos no Distrito Federal desde 2015, quando a lei que passou a prever a condição de gênero como qualificadora para o homicídio foi promulgada”, disse o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres.
Em março deste ano, a SSP/DF lançou a campanha #MetaaColher. O objetivo principal foi expor o papel de responsabilidade de cada cidadão no combate ao feminicídio. Com o slogan A melhor arma contra o feminicídio é a colher, o movimento se pautou em estatísticas da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF) e um dos dados constatados é que, até setembro deste ano, 84% dos crimes de feminicídio no DF aconteceram dentro de casa, em contexto de violência no ambiente familiar.
Para atender as vítimas de violência, a Segurança Pública conta com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), da PCDF, que funciona 24 horas por dia.
Já a Polícia Militar (PMDF) oferece policiamento especializado para atendimento às mulheres vítimas de violência por meio do programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid). Até outubro, o programa realizou 9.664 atendimentos.
Os registros de estupros diminuíram 15,3%, de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2018 foram 619 casos, 371 deles cometidos contra vulneráveis, ou seja, vítimas menores de 14 anos. Este ano foram 524, sendo 308 contra vulneráveis.
Cabe destacar, ainda, que, de acordo com estudos da SSP/DF, cerca de 80% dos casos de estupro de vulnerável – menores de 14 anos (independentemente do sexo), com alguma enfermidade ou deficiência mental, sem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência – acontecem no interior das residências.
Colégios Cívico-Militar
A portaria que regulamenta as escolas de Gestão Compartilhada foi publicada em outubro deste ano. A medida dá uniformidade para a utilização do modelo nas escolas que fazem parte do projeto ou que estão passando pelo processo de escolha. A regulamentação foi feita por um grupo de trabalho com representantes das secretarias de Segurança Pública (SSP/DF) e de Educação (SEE).
Com a mudança, as Escolas de Gestão Compartilhada passam a ser denominadas de Colégio Cívico-Militar do Distrito Federal – CCMDF. O modelo de compartilhamento de responsabilidade entre as secretarias envolvidas permanece: a SSP/DF é responsável pela gestão disciplinar e SEEDF é pela gestão administrativa e pedagógica.
A Gestão Estratégica será de responsabilidade conjunta da SEEDF e da SSP/DF, que irão atuar por meio do Comitê Gestor. Este comitê será responsável por estabelecer diretrizes, realizar o monitoramento e avaliar os resultados das Escolas Cívico-Militares.
Rotina mais segura
O ano foi marcado pela presença mais atuante das forças de segurança nas ruas de Brasília. A Subsecretaria de Operações Integradas (Sopi) comandou a Operação SOS Área Central.
Foi ela a responsável pela organização dessa ação, em conformidade com as 21 agências que compõem o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). O objetivo foi reduzir índices criminais e transporte irregular na área central da capital. O Ciob, por sua vez, monitorou eventos de grande porte como as posses presidencial e distrital, Carnaval, prova do Enem e reunião dos Brics.
Até novembro, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil fez 2.899 vistorias, sendo 1.501 em eventos como shows, congressos e festas. O órgão ainda realizou 78 visitas de acolhimento e ajuda humanitária às famílias afetadas por alagamentos, destelhamentos, incêndios ou em vulnerabilidade social.
A política de conscientização e educação do motorista chegou a 803 mil pessoas. Desde o início do ano, os servidores do órgão promoveram campanhas educativas de trânsito nas ruas, grandes eventos, empresas, escolas e órgãos públicos.
Sistema Penitenciário
Em abril deste ano, a obra para construção dos quatro Centros de Detenção Provisória (CDPs) foi retomada. As unidades prisionais fazem parte de um contrato entre o governo federal e o GDF, por meio da SSP/DF, no valor de R$ 112,9 milhões.
Também em abril deste ano, 161 agentes de atividades penitenciárias foram nomeados. E foram adquiridos 12 scanners corporais, por meio de convênio com o Ministério da Justiça (MJ). Outros cinco equipamentos foram doados pelo mesmo órgão ao Sistema Penitenciário do DF.
Detran
Ao longo do ano, foram feitas várias inovações nas ações de fiscalização do Detran. Em julho, foi criado o Portal de Serviços do Detran. Por meio da nova ferramenta online, o usuário poderá se cadastrar e ter acesso a mais 11 serviços que antes eram oferecidos somente com atendimento presencial. O agendamento é um deles.
O projeto Detran nas Cidades disponibilizou à população um ônibus equipado para realizar atendimentos presenciais, oferecendo consulta de débitos, impressão de boletos, emissão do CRLV, comunicação de venda e alteração do endereço. O projeto atendeu cerca de 11 mil usuários até 20 de novembro.
O horário de atendimento ao público aumentou em uma hora, no período de entrega de CRLV. O atendimento ao público passou a funcionar uma hora mais cedo, de 7h às 18h, seguindo o mesmo expediente do setor de vistorias.

Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
Transporte público
Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).
“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.
O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”
Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.
“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.
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