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Para toda a população

Refeição a 1 real é sucesso nos restaurantes comunitários do DF

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restaurante comunitario
Foto/Imagem: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Gizella Rodrigues

Angelina Ângela do Nascimento Caetano, 26 anos, vende salgadinhos na rua e, em dias de boas vendas, fatura R$ 30. Com o orçamento apertado, ela almoça diariamente no Restaurante Comunitário de Planaltina com os dois filhos, Lucas, 7 anos, e Yasmin, de 3, antes de deixá-los na escola. Menos quando esquecia o cartão que comprovava que ela era inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) e tinha que pagar R$ 6 nas três refeições.

“Eu venho de ônibus, não ia voltar em casa e gastar mais uma passagem. Já teve dia que o comércio não estava bom e tirei apenas R$ 10”, conta.

Naqueles dias em que o cartão ficava em casa, as crianças chegavam na escola sem comer nada. “Eles ficavam sem almoçar e comiam um lanche reforçado quando chegavam”, diz. Agora, as crianças e a mãe têm a refeição garantida. Desde ontem, segunda-feira (30), por determinação do governador Ibaneis Rocha, o prato custa R$ 1 para toda a população. Angelina compra três marmitas e o que sobra é levado para casa e vira janta.

Em Planaltina, o relógio marca 11h e já tem fila na porta. Nesta terça-feira (1º), mais de 700 refeições tinham sido vendidas 48 minutos depois do restaurante ter sido aberto. Diariamente, cerca de 1,8 mil pratos e marmitas são consumidos. Na segunda-feira da semana passada (23), 1.934 pessoas almoçaram no local. No primeiro dia em que os preços foram reduzidos pela metade do preço, o número subiu para 2.132 — 10% a mais.

“A gente vê rostos conhecidos, mas que deixaram de comer aqui e agora voltaram”, afirma a gerente do Restaurante Comunitário de Planaltina, Laíza Barbosa. Em 2015, a então gestão do GDF aumentou o valor da refeição de R$ 1 para R$ 3. Após perceber que o preço era inviável para pessoas de baixa renda, em junho de 2016, o governo à época instituiu que seriam R$ 2 para o público geral e R$ 1 para os inscritos no CadÚnico.

Na volta à cobrança de R$ 1 para todos os consumidores, aumentou 23,8%, em média, a procura da população nos 11 restaurantes comunitários do DF. Foram vendidas 15.492 refeições nos restaurantes populares, quase 3 mil a mais do mesmo dia da semana passada, quando 12.678 pessoas almoçaram com o preço antigo.

A população faz fila para comer uma refeição saudável e balanceada, com salada, sobremesa e um copo de suco incluídos no valor de R$ 1. O cardápio desta terça era carne bovina cozida com mandioca, farofa de cenoura e cebola, tomate e acelga, arroz branco, feijão (preto ou carioca), um tablete de doce e suco. “A comida é muito boa. Quando a gente come na rua, a comida tem muito sal”, diz Antônia Serafim dos Santos, 36 anos.

Ela almoça no Restaurante Comunitário de Sobradinho II quase todos os dias com o filho Maicon Santos da Silva, 9 anos, que é fã da feijoada servida às sextas-feiras. Quando não vai ao restaurante, ela compra uma marmita vendida perto da casa dela por R$ 10. “Prefiro vir almoçar aqui. Com a diferença do preço que gasto com a marmita, faço um lanche melhor em casa”, afirma.

A aposentada Raimunda Vieira dos Santos Nogueira, 77 anos, é cliente do Restaurante Comunitário de Sobradinho II desde que ele foi inaugurado, em 2011. Ela come no local todos os dias. “Quando não venho, minha irmã leva marmita para mim”, explica. O preço de R$ 2 não inviabilizava que ela almoçasse ali, mas ela confessa já ter planos para os cerca de R$ 25 que vai economizar.

“Vai me ajudar a comprar meus remédios. Tomo três medicamentos para a pressão e apenas um consigo na farmácia popular”, diz. “Minha aposentadoria é de apenas um salário. A gente que ganha pouco tem que se virar”, completa.

A estudante Misalene de Souza Santos, 42 anos, também fazia esforço para pagar os R$ 2, mas reconhece que o novo preço faz diferença no orçamento. Todos os dias ela vai ao restaurante de Planaltina e leva comida para os três filhos.

“Pagava os R$ 2, mas com sacrifício”, conta a mulher que está desempregada há 4 anos. “Eu sou brigadista, mas desisti de procurar emprego na área e estou fazendo curso de técnico de enfermagem e de bombeiro civil. A gente vive com a renda do meu marido que também está desempregado, mas faz uns bicos”, relata.

Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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