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Ônibus, BRT e metrô

GDF quer aumentar número de usuários do transporte público

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Foto/Imagem: Joel Rodrigues/Agência Brasília


O Plano Estratégico 2019-2060 mira melhoria no transporte público do Distrito Federal para ampliar em 17% o número de usuários de ônibus, do BRT e do metrô. Para isso, prevê estratégias para redução no tempo de deslocamento, aumento na quantidade de linhas e implementação de bolsões de estacionamento pela capital. A batalha deve contribuir para desafogar as vias e aumentar a qualidade de vida da população.

Estudos indicam que o DF possui uma das maiores quilometragens e tempos médios de deslocamento de transporte público quando comparado com os demais grandes centros urbanos do Brasil e do mundo. Aqui, usuários percorrem em média 15,1 km por viagem e gastam cerca de 96 minutos por dia.

Ao mesmo tempo, entre 2005 e 2019, houve um aumento de 241% na frota de veículos. Nesse período, a população cresceu 130%, o que representa um aumento de 185% de veículos por habitante. Em junho, o Departamento de Trânsito (Detran) contabilizou mais de 1,8 milhão de veículos na capital.

O GDF traça planos para agregar mais consumidores do transporte público nos próximos 40 anos. A ideia é aumentar em 15% a quantidade de usuários de ônibus e em 25% os passageiros da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). Além disso, a meta é reduzir em 15% o tempo de deslocamento no transporte público e implementar 20 bolsões de estacionamento próximos a terminais da capital.

Carro na garagem

O agente de segurança Wagner Ferreira da Silva é um brasiliense que prefere usar o transporte público. Morador do Gama, ele sai de casa por volta de 8h30 e embarca em um circular que o leva até o terminal do BRT da cidade. “Acho mais vantajoso usar o ônibus do que tirar o carro de casa. É bem mais rápido, então ganho tempo. Além da economia de combustível. Com a integração, pago uma tarifa para ir e voltar”, conta.

“Penso que o governo acerta em tentar trazer mais gente para o transporte público, mas para conseguir é preciso fazer melhorias. O intervalo entre os ônibus tem que ser menor, o tumulto deve ser diminuído, o trânsito poderia ser mais rápido como é no BRT”, opina.

“Se melhorar o transporte, todo mundo vai querer deixar o carro em casa”, aposta, também, Cristina Valverde. A vigilante de 45 anos mora no Gama e usa o BRT diariamente enquanto o veículo fica na garagem. “Chego mais rápido, tenho mais comodidade, facilita a vida. Ter uma faixa exclusiva só para ele com certeza ajuda”, diz a passageira, que diminuiu o tempo de deslocamento de 1h15 para menos de 40 minutos.

Ela aponta melhorias que precisam entrar no planejamento do governo para que mais pessoas sejam beneficiadas, como ela, do transporte público. “Poderia aumentar a frota para diminuir o tempo de espera, que ainda é grande. Também tem que tentar ensinar a população a cuidar e ter educação, porque muitas vezes tem confusão nas filas e correria para entrar nos ônibus”, avisa.

Infraestrutura, sistema e priorização

Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro explica que divide a batalha em três eixos: infraestrutura, sistema e priorização do transporte público. O chefe da pasta explica que o primeiro deles trata-se de obras para melhorar a circulação e otimizar tempo do passageiro.

Ele aponta exemplos: “A construção do VLT da W3 e de novas faixas do BRT para poder ter rapidez e eficiência; ampliação da capacidade do Metrô, com expansão das linhas e novos trens; construção de terminais rodoviários e pontos de soltura em regiões administrativas com déficit, como Santa Maria, Itapoã, Varjão e Arapoanga”.

Além disso, o planejamento do governo inclui a construção de ciclovias para facilitar a integração dos modais. “Hoje, o usuário pode levar bicicleta no Metrô, por exemplo, mas ele precisa de infraestrutura para continuar o trajeto”, explica Casimiro.

A segunda vertente é sistemática, com a mudança do sistema de bilhetagem “para torná-lo mais eficiente, com mais confiabilidade e capilaridade para que o passageiro possa ser atendido, com maior opções para recarga”.  Ainda, é esperada uma ampliação da rede de atendimento com mais ônibus, trens e linhas complementares com foco na última milha, possibilitando desenvolvimento da integração dentro das cidades.

Para priorizar o transporte público, a ideia é criar novas faixas exclusivas e ampliar seus usos, implantar semáforos inteligentes, trazer os coletivos do Entorno para a integração feita no DF. Segundo o secretário, há preocupação específica com a demanda dessas regiões.

A determinação já foi feita pela Semob, que está em contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para direcionar especialmente às linhas expressas, que poderão ser agregadas ao BRT.

O secretário avisa: “A ideia é levar facilidade do usuário ao transporte coletivo, facilitando a vida de quem está usando o transporte coletivo e diminuindo o impacto no sistema viário”.

Ações executadas

Até julho de 2019, novas 20 linhas estrearam e outras 67 foram ampliadas ou otimizadas para melhorar o tempo de viagem e a oferta aos passageiros. O GDF também lançou edital para implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na W3 Sul e Norte via Parceria Público-Privada (PPP).

O projeto prevê a ligação entre os terminais Asa Sul, Asa Norte, passando pela via W3 e com extensão até o Aeroporto com extensão de 22km. A capacidade é transportar cerca de 200 mil passageiros por dia. A nova tecnologia irá integrar ao metrô, BRT Sul e ao BRT Oeste. Uma comissão da Semob avalia estudo de viabilidade entregues por consórcios.

Além disso, seguem as obras das estações 106 e 110 Sul e Estrada Parque do Metrô, estudos sobre a expansão para a Asa Norte, e as intervenções para a implementação do corredor do BRT Norte, que ligará o balão do Colorado ao Torto.

Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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