Pirá-brasília, peixe que só existe no DF, está ameaçado de extinção

É dentro de pequenas poças d’água, em regiões pantanosas do Distrito Federal, que vive um dos mais curiosos habitantes de Brasília. Descoberto ainda durante a construção da capital, o pirá-brasília, peixe de cor vibrante e que não existe em ambientes naturais de nenhum outro lugar do Brasil ou do mundo, tem um ciclo de vida intrigante, que segue o regime de chuvas do Cerrado.
Antes de cada estiagem, os pirás-brasília deixam ovos enterrados em meio ao lodo das poças d’água. Quando estas secam, a população adulta, inevitavelmente, acaba morrendo. Mas basta que o habitat se refaça, com a volta das chuvas, para que os ovos se rompam e uma nova geração povoe os brejos. O sumiço e o reaparecimento dos pequenos peixes — que chegam em média a cinco centímetros de comprimento, na vida adulta — fazem com que eles também sejam conhecidos como peixes das nuvens, por “caírem do céu” com as chuvas.
“Esse peixe é genuinamente brasiliense”, conta orgulhoso José Buitoni. A semelhança entre o sobrenome do zoonaturalista de 85 anos e o nome científico do pirá-brasília (Simpsonichthys boitonei) não é coincidência. Ex-funcionário do Museu Nacional e do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, ele chegou à região onde seria construída a capital federal, em 1956, para fazer o levantamento das espécies animais. Foi durante uma expedição ao córrego Riacho Fundo, nas proximidades do Jardim Zoológico — instituição que Buitoni também tinha como missão organizar e estruturar — que ele se deparou com o pirá-brasília.
“Era muito bonito, mas o coletei pelo hábito de coletar; não fui atrás dele. Mandei o material para o Rio de Janeiro, e me disseram que se tratava de um gênero novo”, recorda. “O pessoal me pediu permissão para colocar o nome do gênero de Simpson, em homenagem a um pesquisador norte-americano, e para botar o meu nome na espécie”, completa Buitoni, que devido a um erro de cartório carregava à época o sobrenome Boitone — distorção corrigida já neste século.
Riscos
Apesar dos esforços do zoonaturalista, que por 25 anos tentou espalhar o peixe pelos brejos do DF, fatores como a ocupação desordenada do solo e a poluição da água acabaram levando o pirá-brasília à lista de animais ameaçados de extinção. “Muito do ambiente dele foi destruído e apenas algumas ilhas de vegetação com cursos d’água preservados são adequados para manter as populações”, explica o biólogo da Universidade de Brasília e pesquisador da espécie, Pedro De Podestà. Segundo ele, é muito difícil estimar quantos indivíduos existem hoje. “Esse é um desafio: identificar os locais de ocorrência e monitorá-los.”
Buitoni e De Podestà mostram grande preocupação com o futuro do pirá-brasília, que em 1995 quase foi escolhido como símbolo da capital — acabou perdendo uma disputa polêmica e apertada para o lobo-guará. Os estudiosos concordam que se não fossem as unidades de conservação (áreas de proteção da natureza), o peixe não seria mais encontrado. Os únicos locais em que se tem certeza da existência de pirás-brasília na atualidade são a Reserva Biológica (Rebio) do Guará, próximo ao Setor Lúcio Costa e onde nasce o Córrego Guará, afluente do Riacho Fundo, e a Reserva Ecológica do IBGE, no Jardim Botânico, cortada pelo Córrego Taquara.
“Apesar de tão ilhada dentro da matriz urbana, a Rebio do Guará ainda consegue ter espécies raras de flora e fauna, como o pirá-brasília”, observa Ana Lira, gerente de unidades de conservação de proteção integral do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A instituição gere a reserva do Guará, cujo plano de manejo deve ser concluído ainda em 2015. “Ele prevê o zoneamento, com a indicação das áreas mais sensíveis — como na qual o pirá-brasília ocorre — e contempla programas de monitoramento e de educação ambiental, inclusive um específico para a conservação de rivulídeos (tipo de peixe de água doce) como o pirá-brasília”, explica a engenheira florestal.
Reserva Biológica do Guará
A proteção dos 202 hectares da Rebio do Guará garante a manutenção das matas em torno da nascente do Córrego do Guará, integrante da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, assim como de um tipo de vegetação típica do Cerrado, os campos de murundus. Além disso, com o Parque Ezechias Heringer, o Jardim Zoológico e a Área de Relevante Interesse Ecológico Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo, forma um corredor ecológico que alcança o Lago Paranoá.

A partir de 11 de maio
Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.
Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.
Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:
– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h
Inscrições até 04 de maio
IGESDF abre novo processo seletivo para enfermeiros; confira os cargos

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pela gestão do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) abriu inscrições para processo seletivo de cadastro reserva em dois cargos: Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica e Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente. As oportunidades são destinadas a profissionais com formação específica e experiência comprovada na área.
Para a função de Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica, a carga horária mínima semanal é de 36 horas, com remuneração bruta de R$ 2.818,34. Entre os benefícios oferecidos estão auxílio transporte, alimentação (conforme Acordo Coletivo de Trabalho), clube de benefícios, abono semestral e folga no aniversário.
Já para a vaga de Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente, a carga horária mínima é de 40 horas semanais, e a remuneração bruta é de R$ 5.187,84. Os benefícios são os mesmos ofertados para ambas as funções.
Requisitos
Entre as exigências para Técnico em Enfermagem estão diploma reconhecido pelo MEC, registro no COREN/DF, experiência mínima de seis meses em UTI Pediátrica e Unidade de Cuidados Paliativos, além de cursos específicos para cuidados de pacientes pediátricos críticos e paliativos.
Para a vaga de Enfermeiro Administrativo, é necessário possuir diploma de Enfermagem, pós-graduação em área da saúde, registro no COREN/DF e experiência de seis meses na área assistencial e na educação em saúde. Requisitos desejáveis incluem residência na área de saúde, experiência em simulação realística e atuação em Pediatria ou Oncologia.
Inscrições
As inscrições para ambos os cargos serão realizadas no período de 28 de abril de 2025 até 04 de maio de 2025. Os interessados devem acessar os editais e realizar a inscrição no site oficial do processo seletivo do IGESDF.
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