Auditoria do TCDF
Nos hospitais do DF, 80% dos equipamentos de UTI não têm manutenção adequada

Equipamentos hospitalares sem uso, amontoados em corredores e depósitos, enquanto milhares de pacientes que dependem deles deixam de receber atendimento, não são uma cena rara nos hospitais públicos do Distrito Federal. Porém, uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) revelou a real dimensão do problema: na rede pública de saúde do DF, apenas cerca de 20% dos equipamentos têm cobertura contratual para manutenção preventiva e corretiva, e os outros 80% não contam com manutenção adequada pela Secretaria de Saúde do DF (SES/DF).
Além de visitas a 11 hospitais, a auditoria também abrangeu unidades administrativas da SES/DF que controlam a execução dos contratos de prestação de serviços de manutenção de equipamentos médico-hospitalares. A fiscalização contemplou seis contratos vigentes no período de outubro de 2015 a março deste ano, relativos a equipamentos utilizados predominantemente em UTIs. Esses contratos cobriam 365 equipamentos, como monitores cardíacos e eletrocardiógrafos, ventiladores pulmonares, aspiradores cirúrgicos, oxímetros de pulso, incubadoras e berços aquecidos.
Depósitos de sucata – Algumas situações encontradas nas visitas aos hospitais chamaram a atenção dos técnicos. No Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), 11 incubadoras aguardavam há mais de um ano, num corredor, por manutenção corretiva, enquanto quatro leitos da UTI Neonatal do hospital estavam bloqueados, entre outros motivos, pela falta desse equipamento. No Hospital Regional de Santa Maria, mais de cem ventiladores pulmonares com defeito estão guardados em um depósito, sem previsão de conserto, já que não são cobertos por nenhum contrato de manutenção.
O relatório preliminar da auditoria informa que “em todos os hospitais públicos que dispõem de UTI, identificou-se a existência de diversos equipamentos médico-hospitalares inoperantes e aguardando manutenção, sem que houvesse perspectiva de conserto pela SES/DF, seja diretamente ou por meio da iniciativa privada.” (veja detalhamento abaixo).
O Regimento Interno da SES/DF prevê que os equipamentos médico-hospitalares não cobertos por contrato de manutenção devem ser mantidos, preventiva e/ou corretivamente, pela sua Diretoria de Engenharia Clínica, conforme rege o Decreto nº 34.213/2013. No entanto, a Secretaria de Saúde, além de não realizar o conserto dos equipamentos, em muitos casos sequer tem controle sobre quais máquinas têm ou não a cobertura contratual de manutenção.
A auditoria constatou que a Diretoria de Engenharia Clínica da SES/DF encontra-se inoperante devido, principalmente, a limitações em seu quadro de profissionais técnicos. Por causa disso, o dinheiro disponível para manutenção só é utilizado parcialmente. A Secretaria também não tem estrutura adequada – pessoal especializado e capacitado, estoque de peças, acessórios e insumos de reposição, etc. – para a realização direta de serviços de manutenção de equipamentos médico-hospitalares.
Gestão precária – Em relação à gestão e fiscalização dos contratos de manutenção, o problema se repete: não há servidores em quantidade suficiente e devidamente capacitados para controlar a execução dos serviços. “A SES/DF fiscaliza a execução dos serviços de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos médico-hospitalares por meio de executores designados para cada unidade hospitalar. Todavia, o acompanhamento é superficial e insuficiente”, atesta a auditoria. Os relatórios mensais de execução contratual são preenchidos e impressos pelas empresas contratadas, e os executores locais apenas assinam e os encaminham à Diretoria de Engenharia Clínica.
O resultado da má gestão é que até mesmo os poucos equipamentos cobertos pelos contratos de manutenção, quando quebram, ficam parados por meses, sem nenhuma ação das empresas e dos gestores responsáveis para solucionar os problemas. Com isso, aumentam os gastos da Secretaria de Saúde com o encaminhamento de pacientes à rede particular conveniada, devido à desativação de leitos de UTI por falta de manutenção. A falta de manutenção também leva a uma rápida deterioração de equipamentos médico-hospitalares cuja aquisição custou milhões aos cofres públicos.
No dia 25 de agosto, o Plenário do TCDF determinou um prazo improrrogável de 30 dias, contados da notificação, para que a Secretaria de Saúde se manifeste sobre todas as irregularidades encontradas. A SES/DF foi oficialmente notificada da decisão no último dia 5 de setembro. A Corte também fez uma série de determinações para melhorar o percentual de equipamentos cobertos por contrato de manutenção dos equipamentos, bem como elencou medidas necessárias para melhorar a gestão desses serviços.
Veja abaixo os principais achados da auditoria nas visitas aos hospitais:
Hospital Regional da Asa Norte – HRAN
No HRAN, quatro leitos de UTI Neonatal estão bloqueados, entre outros motivos, por falta de incubadoras. Enquanto isso, onze equipamentos desse tipo estão quebrados e aguardam, no hospital, pelo conserto. A equipe de enfermagem de plantão relatou que tais aparelhos estavam naquele local há mais de um ano e que não tinham sido enviados ao depósito do hospital para evitar a sua deterioração.
Foram identificados, ainda na UTI Neonatal do HRAN, diversos outros equipamentos médico-hospitalares sem manutenção contratada e inoperantes por apresentarem falhas em seu funcionamento: oxímetros, ventiladores, berços aquecidos, aspiradores e aparelhos de fototerapia.
Enquanto isso, na UTI Adulto do mesmo hospital, há 1 aspirador cirúrgico amparado por contrato de manutenção, mas que, segundo o corpo clínico entrevistado, é pouco utilizado pelas equipes de saúde do local, a não ser quando o vácuo do próprio hospital não está funcionando.
Hospital Regional de Taguatinga – HRT
Na UTI Neonatal foram observados equipamentos médico-hospitalares defeituosos e sem contrato de manutenção vigente, havendo diversas incubadoras e berços aquecidos no corredor da unidade. Imagem 6 – Incubadoras e berços aquecidos no corredor do HRT. Ainda na UTI Neonatal, dos oito ventiladores pulmonares disponíveis, apenas dois tinham cobertura contratual. Situação análoga se verifica em relação aos demais ventiladores pulmonares deste hospital: das 49 unidades, 32 (aproximadamente 65%) não estavam cobertos por contratos de manutenção.
Hospital Regional de Ceilândia – HRC
Neste hospital, constatou-se que 62% dos equipamentos cobertos pelo Contrato de manutenção estavam com defeitos, aguardando manutenção corretiva nessa unidade de saúde ou na empresa contratada.
Hospital Regional de Sobradinho – HRS
Na UTI adulto, 36% dos ventiladores pulmonares cobertos por contratos de manutenção estavam com defeito, sem previsão de conserto. Além disso, verificou-se diversos leitos de UTI Neonatal bloqueados, por falta de servidores e de contratos de manutenção dos equipamentos.
Hospital Regional de Santa Maria – HRSM
No depósito de bens desta unidade de saúde havia mais de cem ventiladores pulmonares inoperantes, que nunca tiveram manutenção contratada pela SES/DF. Além desses, constavam outros cinco ventiladores pulmonares cobertos por contrato de manutenção e, ainda assim, guardados e inutilizados em depósito.

Segurança Pública
Sol Nascente vai ganhar delegacia e batalhão da Polícia Militar

O governador Ibaneis Rocha determinou a construção de uma delegacia da Polícia Civil e um batalhão da Polícia Militar no Sol Nascente/Pôr do Sol. O anúncio ocorreu durante reunião com a comandante da Polícia Militar (PMDF), Ana Paula Habka, na última terça-feira (29), no Palácio do Buriti.
“Vamos construir um batalhão da PMDF, um quartel no Sol Nascente. É uma grande necessidade, temos que levar benefícios para a população. Temos um projeto da Polícia Civil para termos uma delegacia e o grupamento do Corpo de Bombeiros já está sendo construído na cidade”, afirmou Ibaneis Rocha.
Segundo o governador Ibaneis Rocha, os equipamentos públicos são essenciais para o desenvolvimento e a segurança da cidade e da população. “É muito importante essa presença do Estado junto a essa população mais carente. Temos um trabalho muito grande a ser feito [na segurança pública], principalmente no combate ao tráfico de entorpecentes”, acrescentou.
Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem investido R$ 690 milhões na cidade. Além das obras de infraestrutura em andamento nos três trechos da região administrativa, foram entregues um restaurante comunitário, rodoviária, escola (EC JK), creches (Cepi Jandaia e Cepi Sarah Kubitschek), campo de futebol society. A cidade está em vias de ganhar uma unidade da Casa da Mulher Brasileira e terá uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) e uma sede definitiva para a administração regional.
Se beber, não dirija!
Maio Amarelo 2025: Detran-DF intensifica fiscalização para evitar acidentes no trânsito

Durante o mês de maio, em apoio ao movimento Maio Amarelo, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) irá intensificar as ações de fiscalização e policiamento nas vias urbanas do DF. Ao todo, estão previstas 605 atividades em pontos estratégicos do Distrito Federal, incluindo 250 patrulhamentos, 250 pontos de demonstração e 105 blitzes.
O objetivo é coibir infrações e reduzir os sinistros de trânsito, promovendo mais segurança nas vias. A ampliação da presença de viaturas e agentes em locais e horários de grande circulação contribui para aumentar a percepção de fiscalização por parte da população, desestimulando comportamentos de risco e, consequentemente, diminuindo a ocorrência de acidentes.
Além do combate à embriaguez ao volante, as ações buscam conscientizar os condutores sobre outras infrações recorrentes, como o uso de celular enquanto dirige, o desrespeito à faixa de pedestres e o excesso de velocidade.
Segundo o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Glauber Peixoto, a intensificação das ações durante o Maio Amarelo é fundamental para reforçar a presença do Detran-DF nas ruas e lembrar a todos sobre a importância de adotar comportamentos seguros no trânsito: “Nosso objetivo vai além da fiscalização, queremos salvar vidas e promover uma cultura de responsabilidade e respeito entre condutores e pedestres. Para isso, serão empregados 400 agentes de trânsito com atuação prevista em todas as regiões administrativas”, destacou o diretor.
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