Faltam 10 dias
Sem sinal analógico, 100 mil casas podem ficar sem TV no Distrito Federal

O Distrito Federal será a primeira região metropolitana a desligar o sinal analógico de televisão, no próximo dia 26. A dez dias do fim do capítulo final dessa tecnologia, a migração para o sistema digital continua, mas autoridades já preveem que até 10% das residências de Brasília e região ficarão desconectadas porque os telespectadores não conseguirão instalar os equipamentos a tempo. Ninguém fala em adiamento do calendário, mas problemas, como a perspectiva de que 100 mil domicílios fiquem sem televisão e o ritmo lento da distribuição de conversores para famílias de baixa renda, têm criado impasse entre emissoras de TV e autoridades.
Basta assistir a alguns minutos da televisão analógica na capital do Brasil para ser exposto a um verdadeiro tsunami de alertas de que tudo mudará em poucos dias. Com uma grande letra “A” – de analógico – no canto da tela, que frequentemente cresce e ocupa boa parte do visor, e mensagens que irrompem em meio a comerciais e programas, as emissoras têm avisado quase à exaustão que esse sinal deixará de ser transmitido. Tanta insistência se explica pelo fato de que há muitas dúvidas sobre a adesão das famílias à nova tecnologia.
O problema está no número de residências consideradas aptas a receber o novo sinal digital. Pela legislação, o sinal analógico só pode ser desligado quando 93% dos domicílios de cada região estiverem prontos para o sistema. “É muito difícil precisar e é sempre bom ter cautela, mas a gente trabalha com projeções acima de 90%”, explica o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e presidente do grupo que conduz a migração dos canais, o Gired, Rodrigo Zerbone.
As emissoras de televisão, porém, são mais cautelosas. No fim de agosto, o critério usado pelo governo apontava que 85% das residências estavam prontas para receber o sinal digital. Já o parâmetro defendido pelas emissoras mostrava apenas 79%. A distinção entre os dois números pode ser a diferença suficiente para que se atinja ou não o mínimo exigido de 93% no prazo.
Impasse. “Estamos alertando o governo federal de que seria um risco muito grande”, diz o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Luis Roberto Antonik. “Na melhor das hipóteses, poderia significar que você teria quase 100 mil casas sem televisão aberta em 27 de outubro” A divergência entre as partes tem sido discutida desde meados do ano e Antonik classifica a situação como “impasse de difícil solução”.
Uma das divergências está no modelo da televisão das casas consultadas. Se o pesquisador encontrar um equipamento moderno de corpo fino, o local é considerado apto para o sinal digital. As emissoras alertam, porém, que nem todos os modelos desse tipo têm o conversor digital integrado. Por outro lado, uma casa com os equipamentos instalados, mas antena direcionada para o lado errado, pode ser considerada inapta. Nesse caso, o governo argumenta que o problema é de fácil solução.
Distribuição
Outro problema está na distribuição dos conversores para famílias de baixa renda. Há 360 mil kits disponíveis em Brasília, mas 90 mil equipamentos ainda precisam ser entregues. Famílias beneficiadas por programas sociais têm sido contatadas, mas 25% do grupo ainda não procurou a entidade que entrega gratuitamente os equipamentos.
Enquanto as partes ainda discutem parâmetros, o grupo responsável pela migração decidiu adotar a margem de erro de três pontos a favor do sinal digital. Assim, explica Zerbone, o desligamento acontecerá mesmo se a pesquisa final mostrar que 90% das casas estão prontas – abaixo dos 93% exigidos pela lei.
O levantamento final da pesquisa será conhecido no dia 24 de outubro e a decisão final será do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab.

Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
Transporte público
Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).
“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.
O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”
Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.
“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.
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